Olá pessoal, olha quem voltou. Sei que hoje não é quarta, mas fazer o que?
Espero que gostem do capitulo que estejam aderindo a quarentena.
Lembrem: vocês não são vampiros nem as suas famílias são, ou seja, podem ficar doentes e transmitir a doença também .Se cuidem!
Beijão EJ!
71. Última conversa
Voltar a casa dos Cullen foi mais difícil do que imaginei. O peso dessa notícia parece tentar me impedir a cada passo, mas eu continuo seguindo.
Jacob me acompanha. Seus pensamentos se tornam altos demais e incoerentes, então deixo de ouvir. Meus próprios pensamentos são barulhentos o bastante.
Quando a casa aparece e suas vozes me alcançam, paro por um momento. Eu não estou segura sobre isso. Cada pedaço de mim não quer entrar naquela casa. Não é medo deles, mas sim de perder a sua confiança.
Eu não quero contar, quero guardar isso apenas para mim e inventar alguma outra desculpa para o meu comportamento. Eu até tenho algumas ideias, porém não é correto.
Se eu não contasse, se eu escondesse isso, quando eles descobrirem ficarão muito chateados comigo e com toda razão.
Volto a andar. Entro na casa primeiro enquanto Jacob volta a forma humana. Todos me encaram esperando.
Me sento no chão, sujando o tapete com a pequena porção de areia que ficou em meus jeans e apoiando minha cabeça na mesa de vidro. Os Cullen se sentam ao meu redor. Bree se senta na minha frente com Seth em pé ao seu lado, ela segura minha mão e sorri para mim.
— Se sente melhor agora?
— Eu... na verdade não. Há algo que eu percebei agora, quando vi Caius nas memorias do Edward.
Anthony se aproxima e toca meu rosto. A minha imagem saindo da sala por seus olhos passa em minha mente.
Tiro sua pequena mão de meu rosto e o escondo com o meu cabelo. Se estiver olhando para eles talvez não consiga falar.
Escuto Jacob entrar.
— Caius... — Respiro fundo, mais para tomar coragem do que precisar de folego. — Caius é o meu criador. — As palavras saem rápido de minha boca. Isso precisa ser rápido como tirar um curativo.
Assim que falei senti alívio por ter conseguido falar a verdade, porém dura pouco tempo, assim que ouço a reação dos Cullen o alívio é substituído pelo nervosismo. Com pouca vontade tiro a cabeça da mesa e me viro para encarar a todos.
Ninguém diz nada, mas eu pude ver a desconfiança e surpresa em seus olhos.
— Ele me disse que o seu nome era Lucius. Eu só fiquei ao seu lado por duas semanas. Eu contei que ele me salvou. Minha transformação foi muito parecida com a da Rosalie, mas ele não chegou depois. Ele matou aqueles homens na minha frente e só por isso eu lhe devo mais do que poderia pagar. — Eu consigo ver cada sentimento que passa por eles. Seus olhos entregam tudo. Ao menos nenhum deles pensou em me atacar. — Ele me tornou quem eu sou hoje também. Ele me ensinou a me controlar, me ensinou que eu valia a pena. Eu só consegui estudar porque era uma vampira. Entrar na faculdade fui quase impossível. Se não tivesse trabalhado tanto para conseguir pagá-la eu nunca teria ido, e eu só consegui trabalhar porque era mais rápida, mais forte e não precisava dormi. Eu não precisava pegar o ônibus e nunca gastava com comida para mim. Nunca precisei estudar depois da aula e sempre fui a melhor da turma o que me garantiu uma bolsa integral nos três últimos semestres, o que me possibilitou juntar dinheiro para abrir a minha empresa quando eu terminei a faculdade.
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Peregrina
FanfictionJezelia Marc é uma vampira a mais de 45 anos. Ela sempre seguiu sua vida se mesclado ao mundo humano, vivendo escondida por ordens de seu criador. Lia, por vezes, já encontrou outros da sua espécie, mas nunca fez nenhum esforço para manter contato o...