Passado

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Olá, pessoal!

Aqui o estou com o primeiro capitulo dessa semana.

Estão gostando?

Obrigada por todos os votos e visualizações, estamos chegando a quase 500 votos e 3k, vamos fazer isso acontecer!

Espero que gostem!

Beijão EJ!


43. Passado

— Não trouxe nada para comer? — Pergunto. Não senti nenhum cheiro de comida no carro.

— Não, eu comi bem antes de sair de casa, e como você não come, não trouxe nada. — Ele assente com a cabeça e desvia o olhar.

— Me fale mais sobre você. — Sussurro não deixando que ele fuja da conversa, preciso que fale para que quando chegar a minha vez possa ser bem destoante as informações trocadas.

Ele dá um pequeno sorriso e olha para mim. Seus olhos castanhos se prendem aos meus e eu posso vê-los brilhar um pouco. Ele está mesmo feliz.

— Eu nasci aqui. Vivi aqui, fora virar um lobo gigante de vez em quando não há muito a contar. — Ele dá de ombros. — Estou mais interessado em você.

— Imagino que sim. — Falo dispensando sua ideia com um aceno de mão. — São só você e seu pai?

— Tenho mais duas irmãs mais velhas. Rebecca está no Havaí com o marido e Rachel em um colégio interno. Ela ganhou uma bolsa.

— Sua mãe?

Ele abaixa a cabeça e balança de um lado para o outro, não precisa ser nenhum gênio para entender a mensagem. Sinto uma pontada de dor em meu peito e inspiro fundo tentando me acalmar.

— A minha também. Há poucas semanas, na verdade.

— Sinto muito.

— Eu também. — Não falamos nada por alguns segundos, nem olhamos um para o outro, ficamos ambos em nossa dor. Apenas um pequeno momento que não pode ser compartilhado com ninguém.

Quando volto a levantar a cabeça ele me encara. Dou um pequeno sorriso. Não sei o porquê. Talvez para me livrar do clima tenso e pesado, ou apenas pelo modo gentil que ele me olha.

Estou acostumada a olhares de homens, mas eles nunca são tão gentis ou quase puro como o que ele está me lançando agora. Esse negócio de imprinting deveria ser estudado. Duvido que qualquer um dos lobos olharia para alguém da minha espécie desse jeito se tivesse escolha.

Talvez eu deva investigar sua mente um pouco mais, parece um bom material de pesquisa.

— Quando isso aconteceu? — Ele levanta a sobrancelhas. — Quando você se transformou pela primeira vez?

— Alguns meses atrás. Logo depois que eu fiz dezesseis. Victoria estava rondando quando os Cullen foram embora e ela ativou o processo.

— Dói? — É uma pergunta boba. Eu vi os ossos dele. Sei que deve doer.

— Dói, mas não tanto quanto parece. As primeiras vezes são mais doloridas.

— Deve ter sido bem assustador.

— Não, Sam estava lá. Ele já sabia que iria acontecer. Acho que por ter sido o primeiro ele via os sinais. Ele me disse o que esperar. Os outros me ajudaram também. — Sinto que ele não está tão inclinado a falar como parece. — E você?

PeregrinaOnde histórias criam vida. Descubra agora