Quase aqui

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Olá, pessoal!

Me desculpem por não aparecer ontem, mas aqui estou.

Espero que gostem! Não esqueçam de votar, comentar e compartilhar.

Beijão EJ!


27. Quase aqui

Descobri tarde demais que Alice não podia ver o futuro quando os lobos estavam envolvidos. Quando saímos da casa, no dia seguinte, havia nevado novamente, duas noites de nevasca seguidas, embora eu ainda não conseguisse ver a neve na clareira, quando começou a chover eu entende o porquê, perguntei se Alice tinha visto alguma coisa quando ela me contou que não podia ver os lobos. Entramos em uma conversa paralela enquanto corríamos, ela estava tentando me explicar o porquê, mas na verdade ela também não sabia o motivo com tanta certeza.

O sol ainda está longe de surgir no horizonte de Forks. A luz não é de grande ajuda, as nuvens nunca a deixam ultrapassar mais do que uma leve claridade, é bom. Há anos não fico tanto tempo ao ar livre durante o dia. A sensação é boa.

— Talvez você não consiga ver também. É como se eles não existissem e se entram no seu caminho você também desaparece. É bem frustrante, na verdade.

Saltamos um pequeno rio, devemos estar perto. Diminuímos a velocidade para entrar em uma clareira enorme. Há terra remexida no chão, não parece recente, parece que já estiveram aqui.

Todos se espalham procurando vestígios de alguma pessoa, mas apenas os pequenos animais estavam por perto e logo fogem em disparada como a nossa presença.

— Talvez, mas eu vi a clareira. — Ela pensa um pouco, olhando para o outro lado da clareira onde Jasper e Emmett discutem baixinho, mas ainda podemos ouvir.

— Você viu mesmo quando os lobos faziam parte do plano, mas disse que não foi uma visão realmente. Talvez pela incerteza, eu só parei de ver depois da reunião com os lobos.

— Talvez. — Sorri para ela que correu para junto do Jasper, mas eu sabia que não era isso, eu ainda via o Edward em perigo, o fato dos lobos estarem no futuro não o isolava de mim.

Esperamos por cerca de vinte minutos, até ouvir a aproximação dos lobos. O bando todo correndo é bem impressionante de se ouvir, parecem mais com uma manada de rinocerontes do que uma alcateia de lobos, talvez pelo peso e tamanho.

Me recosto em uma árvore caída do outro lado da clareira. Os lobos se aproximam com cuidado rosnando um pouco, é bem explicito seu desconforto. Os Cullen respiram fundo pela última vez, antes que os cheiros fortes deles inundassem todo o ar.

Eles fungam em nossa direção e se entreolham, mas não atacam, apenas se sentam nas patas traseiras e olham para nós. Não sei se a visão deles é tão boa quanto a nossa na escuridão. Eles parecem bem à vontade em sua forma de lobo, posso reconhecer o Sam, Leah e Paul. Não conheço os outros, mas devem ser as outras vozes. São seis, então ainda faltam dois. Olho para além da floresta, mas não parece estar vindo mais ninguém.

Me recosto ainda mais na árvore. Espero que a Sam esteja confortável. Ela não gosta muito de ambientes fechados, e aquele quarto parece o único na casa dos Culen que não possui janelas. Isso é bom, vai manter ela escondida e o nossos cheiros irá manter qualquer vampiro longe.

Carlisle está muito diplomático, conversando em voz baixa com todos do seu clã, como se não pudéssemos ouvir. Ele está falando sobre as implicações de se matar, como se nenhum deles tivesse matado antes! Eu entendo seus pensamentos. Ele é o vampiro mais puro de coração que já conheci, parece mais um santo do que um assassino.

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