Algo impossivel acontece

2K 223 24
                                    

Olá, pessoal!!

Desculpem a demora, mas até eu terminar o meu TCC vai ser assim mesmo, na verdade eu quase nunca escrevo toda semana. Juro que estou tentando.

Espero que gostem!

Beijão EJ!

59. Algo impossível acontece

No final não consegui me distanciar dos meus deveres. Eu tentei hipoteticamente, pensei em dezenas, centenas, milhares de maneiras de contar aos Cullen, mais em especifico ao Edward, de que eu precisava de um tempo longe das emoções humanas. Nenhuma das visões que eu tive acabava bem, nem uma única vez.

Edward sempre ficava nervoso e acabava surtando de alguma forma. Ele sempre mantinha a compostura e nunca gritava, mas eu via através da sua expressão, quando eu falava que o resto da gravidez eu precisava ficar longe, quero dizer, sem sugar as emoções e dores da Bella, seu olhar se tornava visceral como se eu falasse que iria esfolar sua esposa viva diante dos seus olhos.

Decide que poderia aguentar mais algum tempo sentindo aquilo, se eu tivesse pausas mais regulares e me alimenta-se com mais frequência, eu ficaria bem. Não iria levar muito tempo de qualquer maneira. Depois que a Bella começou a beber sangue a criança começou a se desenvolver com mais rapidez, sua barriga está ficando cada vez maior.

Carlisle estava montando um estoque de sangue na casa para a Bella. Eu sempre pegava um pouco para a Bree, assim ela não precisaria caçar ou ir ao hospital comigo, porém eu não poderia pegar para mim. Tirar tanto sangue assim do hospital poderia deixar o Carlisle com problemas, então não me atrevi a pedir para mim também.

Então decide pegar por conta própria, a noite eu sair sozinha, caçar na verdade, todos sabiam para onde eu estava indo, mas ninguém falava sobre isso, quando o sol se levantava eu voltava, tão impecável quanto havia saído, os Cullen olham para mim, mas não perguntavam nada.

Essa parte é sempre a mais delicada da nossa amizade. Eu não mudaria meus hábitos alimentares por eles e por isso eles nunca me pediriam tal coisa. Esse é um dos únicos assuntos que não discutíamos.

Edward é mais maleável sobre isso. Nesses três dias em que tenho caçado todas as noites, ele me espera na varanda e tem repetido a mesma pergunta:

— Como foi a sua noite? — Nunca com um tom irônico, maldoso ou acusatório. Talvez eu tenha deixado meus escudos baixos por algum tempo, porque sempre que ele pergunta isso, eu vejo em sua expressão que ele sabe o porquê de eu estar caçando tanto.

Será que estou deixando transparecer o quanto estou cansada?

— Deliciosa. — Tenho respondido com um pequeno sorriso. Então eu subo as escadas tomo banho, escovo os dentes para que não reste nenhum cheiro do sangue fresco em minha boca e me sento na mesa esperando a Bella descer para tomar café.

Essa tem sido minha rotina desde a galeria. O lobo não voltou para me visitar. Eu também não o chamei. Deve estar ocupado, possivelmente irá aparecer em algum momento.

— Bom dia. — Bella se senta com a ajuda da Rosalie ao meu lado. Ela imediatamente coloca sua mão esquerda em minha coxa como de costume.

Retiro sua mão da minha coxa e a pouso com cuidado em cima da mesa, dobro um pouco sua blusa para que seu antebraço fique descoberto e colo meu braço ao seu. Tenho notado que muitas vezes ela precisa das duas mãos para comer o que acaba resultando na minha calça suja, então hoje preferi não usar roupas de mangas compridas.

— Bom dia. — Esme e eu respondemos juntas. Esme pousa um prato com ovos mexidos e torradas na sua frente. Edward traz um copo escuro e coloca ao seu lado, seu sangue de café da manhã.

PeregrinaOnde histórias criam vida. Descubra agora