Neve

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Olá, pessoal! Tudo bem?
Aqui estou mais uma quinta.
Atrasada, mas eu já desisti do horário, o importante é postar.
Espero que gostem!
Beijão EJ!


69. Neve

Eu senti que aquele não seria um bom dia. Algo no modo como as nuvens se abriram e o sol brilhou durante o amanhecer. Geralmente sei que é um bom sinal, mas não em Forks. Fazer sol nessa cidade não parece natural. A culpa foi dele. Se o sol não tivesse brilhando seria um dia normal de inverno. Mas ele insistiu em brilhar tornando os flocos de neve mais atraentes. Eu não poderia culpar o pobre Antony por querer tocá-los. Ele tem apenas oito meses de vida, mas já tem o corpo de uma criança de cinco ou seis anos, sua inteligência não fica para trás. É óbvio que a casa seria um lugar pequeno em pouco tempo. Então ele insistiu em ir a floresta para ver a neve no sol.

Se eu fosse sua mãe não teriam negado, então também não condeno a Bella por isso. O sol é o culpado.

O sol e ela. Irina estava na lista das pessoas que eu mais odiaria em minha vida e ainda mal a conhecia. Depois de vê-la na mente de todos ficou claro a pessoa egoísta que ela poderia ser.

Anthony havia acordado e visto o sol, ele quis sair e brincar. Bella o acompanhou já que Edward está em uma viagem de caça. Eu mandei o lobo ir junto. Nunca se teria segurança o bastante e também eu sei o quanto ele gosta da Bella, achei que poderiam ter um bom momento juntos.

Irina veio para visitar, ou assim pensamos, e encontrou a Bella e o lobo na floresta com uma criança que estava brincando entre a neve. Anthony é parecido demais com Edward, com a nossa espécie também para se passar por uma criança humana, o fato de estar pulando metros para pegar flocos de neve também não ajudou, pelo menos foi o que o lobo me disse.

Bree e eu, estávamos na casa, na varanda curtindo o sol, quando ouvimos o som de algo se quebrando. Bella havia voltado com Anthony e nos contado sobre a visita da Irina há menos de duas horas.

Corremos para dentro para encontrar todos em volta da Alice. Seu olhar estava distante e com os restos do que parecia ser um vaso espalhado pelo chão assim como algumas flores.

Entrei em sua mente para entender o que estava acontecendo.

Irina estava entrando em um lugar escuro. Eu a reconheci do casamento imediatamente.

Ela parecia muito decidida, como se nunca tivesse tido um propósito antes. Ela andou entre corredores escuros, passou por alguns vampiros, finalmente encontrou seu objetivo.

Um homem sentado em um trono de madeira negra. Até para os vampiros aquele parecida aterrorizante. Cabelos muito negros contrastando com sua pele branca como papel. Seus olhos carregavam o mesmo tom de vermelho que carrego, ele havia acabado de se alimentar, sua roupa negra se mesclava ao ambiente perfeitamente. Ele trazia um sorriso assassino e perverso que é difícil de encontrar até mesmo entre psicopatas.

Ele sorriu com a sua aproximação. Ignorou todos ao seu redor e ouviu as palavras de Irina.

— Preciso relatar um crime muito grave... os Cullen... — Ela se calou com o olhar que lhe foi lançado. O homem olhou para os lados como se procurasse alguém. Seu sorriso desapareceu.

— Venha, minha criança. — Sou voz era calma e serena demais, um pouco grossa, mas ainda atraente como deveria ser. Porém não é algo que eu queira ouvir pessoalmente.

Irina se aproximou e deu sua mão direita a ele. Ele a trouxe mais para perto a envolvendo em suas duas mãos e pareceu ouvir atentamente. Seus olhos se fecharam e quando voltaram a se abrir eu estremeci. Ver a expressão de felicidade no rosto de alguém tão perverso é a própria definição de medo, seus dentes brancos deixaram uma marca sem ao menos precisar me morder. Foi quando eu soube quem ele era.

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