Parte 43

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Assim que o Evan sai do carro , eu escoro a cabeça no banco apenas olhando as pessoas passarem pelas ruas , eu nunca quis viajar o mundo. Nem conhecer cidades novas. Eu sei , todos estranham isso e até desacreditam. Mas , eu amo Buffords , e não me imagino fora dela. Vejo o celular do Evan vibrar e encaro ele caído no lugar onde ele estava , e o pego olhando as horas e mordo o lábio lendo a mensagem com apenas um "Soarez" escrito , deve ser criminoso que nem ele que se chamam apenas por sobrenomes. Reviro os olhos ao pensar nisso , e passo o dedo na tela que não tinha senha alguma. Abro a mensagem lendo as mensagens aleatoriamente e vejo que era apenas ordens como "Faz isso e aquilo" e homem só respondia um "beleza."

saio das mensagens vendo uma foto nojenta na tela de seu celular , com duas garotas praticamente semi nuas sobre um carro que eu tinha quase certeza que era o dele. E isso me deixa uma pouco "putinha" como ele mesmo diria.

procuro algo que me interesse nas mensagens , mas eram sempre removidas. E oque tinha eram apenas de hoje. Nas chamadas oque mais tinha era "turco" e outros sobrenomes. Mas parei ao ler "Megan" , desci mais e mais e percebi que tinham ligações do mês inteiro e até do mês passado. Abri o contato olhando a foto e ouvi as vozes deles e travei o celular colocando no mesmo local.

Evan apenas abriu a porta e me olhou de relance e pegou seu celular conectando um tipo de tablet nele , e voltaram pra LanHouse e eu respirei fundo mordendo a cabeça do meu dedo pensativa.


[…]

demoraram quase 15 minutos e voltaram pro carro , e o cheiro de Xisbúrguer veio acompanhado por ele.

- toma - ele diz me entregando e eu pego sem dizer nada , e antes dele dar partida ele mexe no celular antes e eu como calada , estava mesmo com fome.

a caminho da pousada não falamos nada , fiquei calada e percebia que ele me encarava algumas vezes.

- eu sei que viu o contato - ele fala e eu olho pra ele de lado.

- oque ?

- no meu celular - ele diz dirigindo sem me olhar e eu só molho os lábios desviando o olhar do dele.

- me desculpa - digo sem graça e entramos na pousada , mas ele não diz nada - eu só tava entediada.

digo e ele aponta a mão pra mim e eu franzo o cenho e eu encaro a pousada notando a Monalisa caída de frente pra recepção.

- fica no carro - ele diz saindo e eu fico sem entender , e o Thomas sai do carro dele batendo a porta e observo eles tirarem as armas indo devagar pra recepção e saio do carro deixando a porta aberta mesmo. Cada passo que eu dava eu sentia meu coração disparar.

- Evan - o chamo e ele me ignora , me aproximo deles que param na entrada da recepção , vejo o Thomas encarar o Evan e ele me olhar meio que preocupado.

- Emma - ele nega e eu dou passos mais rápido trombando dele e paro colocando a mão sobre meu peito ao ver a senhora da pousada debruçada sobre a mesinha com uma poça de sangue embaixo dela.

- precisamos meter o pé daqui agora - Thomas diz e eu nego assustada e sinto apenas a mão do Evan em meu braço me puxando dali , tento me soltar dele , mas não consigo.

- pega as malas , anda - ele grita pro Thomas e me arrasta até o carro me colocando de uma vez dentro dele e bate a porta passando pela frente dele e só consigo olhar pra Monalisa caída sem vida no chão ali amostra para qualquer um que viesse nessa pousada.

- me avisa quando o carregamento chegar porra , agiliza isso - Evan grita no celular e entra batendo a porta.

- elas estão mortas - digo sentindo meus lábios tremerem e olho pra ele que não diz nada , e choro calada escorada naquele banco.

Thomas joga nossas malas no banco de trás e saímos em alta velocidade dali , e não demora pra ouvirmos as sirenes da polícia se aproximar da pousada.

Eu estava totalmente em choque , sentia apenas meu coração acelerado e meus ouvidos como se tivessem entupidos , ouvia o Evan gritar no celular mas nem fiz questão de tentar entender oque era , choro negando e coloco as mãos sobre o rosto lembrando da imagem que vi minutos atrás , elas não fizeram nada. Nada. Não mereciam morrer assim , não mereciam.

- anda Emma - a voz do Evan me faz encarar ele e encaro a frente notando que tínhamos estacionado em um tipo de campo verde com apenas uma casa que parecia ser de pessoas simples e um galpão.

saio do carro agarrada na minha bolsa e o homem encara o Evan e depois a mim.

- e o dinheiro ? - ele pergunta e eu encaro o Thomas que se aproxima.

- vem comigo - ele diz pela primeira vez meio educado e eu olho pro Evan que apenas tirava notas de dinheiro de sua carteira , e seguro a minha bolsa contra meu peito notando o Thomas com minha mala em sua mão , ele não disse nada. Mas quando passamos do galpão consegui ver oque tinha no campo enorme.

- Isso é um…

- jatinho - Thomas completa me levando até lá - acha que iriamos de carro pra Buffords ?

- sim - digo e ele ri negando.

- nossos carros são comprados , mas logo vendidos também - ele diz e me ajuda a subir no jatinho que era lindo por dentro , e me sento na poltrona encarando tudo em volta.

- são bem mais ricos do que imaginei - digo e ele ri colocando as coisas em um canto e encara o relógio.

- vou ver por que o Tarlley está demorando - ele diz e sai em seguida e eu pego uma garrafinha de água que estava ali e bebo sem parar , sem me importar se estava ali a muito tempo. E vejo os carros deles serem colocados dentro do galpão enorme de madeira.

não demora muito e eles voltam , e vejo o mesmo homem que pediu dinheiro ao Evan entrar para a cabide de piloto.

- quem é ele ? - pergunto e o Evan se senta na poltrona de frente pra mim.

- meu piloto - ele diz sério mas não presta atenção em mim.

- aonde vamos ? - pergunto e ele me encara.

- buscar sua amiga.

ele diz e volta sua atenção pro seu celular e eu não digo mas nada , apenas escoro a cabeça no banco encarando tudo pela janela , e eu sabia que meus pais estariam loucos atrás de mim se eu não voltasse pra casa amanhã.

- acha que foi o turco ? - Thomas diz  conversando com o Evan e eu presto atenção na conversa deles.

- não acho que tenha sido uma ordem dele - Evan diz rouco - mas foi os caras dele.

- o Ray por exemplo ?

- é , aquele filho da puta me quer fora de jogo - ele diz e eu respiro fundo passando uma mão na outra , isso tudo estava começando a me deixar maluca.

 • Condenados pelo amor || PARTE 01 Onde histórias criam vida. Descubra agora