Parte 72

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Fiquei por mais de duas horas trancada no banheiro , não sei quantos minutos durou meu choro sentada no chão do banheiro enquanto a água caia sobre mim , mas sei que meus olhos estavam fundos e vermelhos , por causa do choro e também da água. Sequei meu cabelo e sai do banheiro enrolada na toalha branca , sequei meu pés e olhei pra cama notando o Evan concentrado em alguma coisa no notebook , apenas arrastei minha mala até o closet e puxei um pijama , com blusa comprida e um short curto de pano fino , me vesti e deixei meu cabelo solto e bagunçado mesmo.

- eu estou com sono - digo entrando no quarto novamente e ele não me olha.

- se quiser descer pra comer , o jantar deve estar pronto. Mandei fazerem , já que você precisa comer.

- não comia antes ? - pergunto e ele me olha de relance.

- muito raro comer em casa - ele diz e volta sua atenção pra tela e eu respiro fundo mordendo meu lábio , pego meu celular e vejo a mensagem da Scar que estava surtando por que soube da ameaça que estamos passando , com certeza pela boca do Thomas.

- Evan eu preciso dormir - digo deixando o celular de lado.

- pode dormir - ele diz sério e eu me levanto.

- está na cama - digo e ele sai da cama indo pra poltrona ao lado , e me ignora e eu faço o mesmo. Apenas me jogo na cama e me cubro com o edredom.

- tem mas quartos de hóspedes ? - pergunto e ele concorda sério.

- ótimo , assim você não precisa dormir no sofá.

- quem disse que vou dormir no sofá ? - ele diz e eu o encaro.

- não vai dormir comigo - digo e ele ri debochado.

- está me zoando ?

- não - digo normal e ele ri negando.

- é a minha cama - ele diz e eu dou de ombros - e qual a razão de não podermos dormir juntos se já fiz muito mas que dormir contigo numa cama ?

ele debocha e eu reviro os olhos me virando e deito a cabeça no travesseiro me posicionando na cama , e acabo que dormindo alguns minutos depois. Estava exausta.

[…]

No meio da noite acordei com frio , não estava acostumada a dormir com ar condicionado tão gelado , olhei pro lado notando o Evan dormindo sem camisa e com o edredon apenas da cintura pra baixo , e não entendia como ele não estava tremendo de frio. Me levantei procurando o botão do abaju e o acendi procurando o controle do ar , mas não achei. Então voltei pra cama me cobrindo com o edredon.

- você está bem ? - a voz rouca do Evan me faz olhar pra ele que estava com aquele olhar de sono.

- estou com frio - resmungo - procurei o controle do ar e não encontrei.

- vem aqui - ele diz rouco e eu o encaro e decido aceitar , e chego perto dele me virando de costas ficando de conchinha com ele , que apenas me abraçou e pareceu adormecer novamente e eu fiz o mesmo.

[…]

No outro dia , acordei com a voz do Evan meio alterada no celular , mas não quis me intrometer. Apenas tomei um banho e vesti a roupa e desci lá pra baixo. A casa dele era magnífica , mas era bem tediosa.

na sala tinha mas de 10 homens espalhados enquanto ouviam um homem negro e alto explicar algo em volta de um mapa , com certeza planejando sobre o "serviço" que o Evan precisava fazer.

assim que ele me viu fez sinal com a cabeça pra que eu o encontrasse lá fora , e assim eu fiz. Passando pela sala ignorando todos e saindo da casa dele notando os pivores agoarem todo aquele gramado.

 • Condenados pelo amor || PARTE 01 Onde histórias criam vida. Descubra agora