Parte 121

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Quando pisamos em Ibiza eu sabia que corria o risco de todos que estavam naquele barco não voltarem mas , Evan me encarou com certeza me lembrando que eu não sairia do barco , Raul pegou uma das armas naquela maleta enorme onde os capangas do Evan e do Turco carregavam as suas.

- Não posso mesmo ir ? - murmurro e o Raul me olha.

- Será melhor se ficar - ele diz se aproximando - já basta sua mãe e as meninas nas mãos dessas pessoas.

Raul diz pensativo e vejo dor em seu olhar , abraço ele e sinto ele beijar minha testa.

- Eu te amo pai - digo com vontade de chorar e ele concorda.

-  Eu sei filha , eu também amo você -  ele diz e eu o olho e ele seca meu rosto com seu polegar e molho meus lábios notando o Evan nos encarar de longe e ele logo desvia o olhar.

Turco e eles saiem do barco e o Evan nem se quer se despede , e eu sinto vontade de xinga-ló antes dele sumir da minha visão.

-  Garota -  o cara que fica no barco me chama e eu o encaro -  o patrão mandou você ficar aqui dentro.

-  Vai me amarrar por acaso ? -  digo e ele franze o cenho e eu apenas reviro os meus olhos o ignorando e entro no barco me sentando , mas eu não conseguiria ficar quieta , não tinha como. Não nessa situação toda lá fora.

-  Quer ouvir ? -  o cara diz me mostrando um fone pequeno sem fio e eu apenas concordo , sabia que aquilo era um tipo de escuta , vi eles colocarem antes de saírem. O homem coloca um e se senta encarando o notebook ao lado onde mostrava as rotas.

-  Tudo limpo aqui chefe -  a voz rouca de um dos capangas me faz respirar fundo.

-  Lado oeste -  a voz do Evan sooa.

-  Limpo também -  outro cara responde.

-  Está tudo quieto demais -  reconheço a voz do Turco.

-  Continuem -  Evan diz rouco e eu mordo meu lábio meio que agoniada.

-  Movimentação do prédio do Plâncton -  alguém diz -  chefe , tem uma garota grávida lá.

-  Porra -  Evan diz com uma voz de raiva e eu saio do barco encarando a ilha por alguns segundos -  não avancem.

-  Vai amarelar Tarlley ? -  A voz irritante do Turco me deixa nervosa.

-  Se virem um de nós , ela morre -  Evan diz.

-  E qual sua idéia ? Vestir uma tanguinha ?

-  Estou pensando , se você calar a merda da sua boca talvez ajude -  Evan diz e eu encaro o cara ainda concentrado no notebook , olhando em volta da ilha com algum tipo de drone , com certeza vigiando a área.

Corro até minha bolsa e pego a droga do único biquini que enfiei aqui , e desço até lá embaixo o vestindo e pego um short jeans o vestindo por cima do biquíni e enfrente o espelho pequeno do barco eu umideço meu cabelo passando creme para cachea-lo , coisa que é bem difícil , mas dá pro gasto , tento formar cachos com os dedos e acabo que conseguindo ao menos deixá-lo ondulado pela quantidade de creme passada. Calço sandálias e pego a arma que Evan me deu meio que sentindo meu coração disparar , e enfio entre o short pegando uma blusinha de praia a vestindo por cima.

Não foi difícil sair do barco , o idiota nem se quer notou minha ausência.

-  Estão na escuta ? -  a voz do Evan me faz colocar a mão na orelha ajeitando o aparelho -  não façam nada ainda , preciso ver uma coisa antes.

 • Condenados pelo amor || PARTE 01 Onde histórias criam vida. Descubra agora