Parte 71

455 36 0
                                    

Evan passou o resto do tempo trancado na sala menor ao lado com o Thomas e mas pessoas que eu não fazia idéia de quem fosse , eu comi um pouco e fiquei na sala respondendo as mensagens da Ramona que dizia que minha mãe iria me deserdar.

após esse pensamento , leio o nome "mãe" na tela do celular e respiro fundo passando a unha na capinha pensando se atendo ou se ignoro como ela ignorava minhas mensagens.

- Oi mãe.

- como pode fazer isso comigo Emma ? como pode ?

- mãe , eu já expliquei - digo respirando fundo.

- está falando daquelas mensagens ? onde diz que precisa de um tempo pra ver oque fazer ? minha filha , você acabou de fazer dezoito anos , você não é uma garota rebelde Emma. Nunca foi , agora o Evan aparece e você acha que o ama o bastante pra sumir com ele. Mas não ama , sabe oque é isso ? paixonite , eu já tive milhares Emma. Acorda enquanto há tempo filha , seus planos , seus sonhos. Não os abandone por causa de um garoto que nem se quer sente o mesmo.

- mãe - digo molhando os lábios e ouço ela chorar.

- eu me dediquei tanto em te criar Emma , pra se tornar uma mulher direita.

- eu sou uma garota direita mãe , nunca fiz nada de tão errado assim.

- será mesmo Emma ?

- você me conhece bem mãe , sabe disso.

- depois que começou a se envolver com o Evan , eu juro que não a conheço mas filha. Você está se envolvendo sem pensar. Ele vai ser pai daqui alguns meses , como vai ser ? hein ? ele com um filho. Aliás , ele nem lembra do filho.

- mãe , sobre isso. É coisa dele , não minha.

- acredite , quando nos envolvemos com alguém que tem filhos , é coisa da "gente".

- a Megan é legal , ela entendeu sobre nós dois.

- isso eu deixei de lado , não quero nem pensar em entender. Pois ela está agindo como se nada tivesse acontecendo , pelo contrário.  Está preocupada com você. Como pode meu Deus.

- viu , até ela entende - digo e ela respira fundo.

- onde está com ele ? num hotel fulero ? num motel ?

- não - digo olhando em volta - estou na casa dele.

- na Europa ? - ela parece engasgar - como chegou tão rápido ? Emma ?

- mãe , eu te amo tá bom ? - respiro fundo - eu vou ficar bem. E eu prometo voltar em breve.

- ele vai te destruir em mil pedacinhos.

- e eu sei que estará ai pra me ajudar a colar cada um desses pedacinhos - sorrio fraco e sinto meus olhos marejarem - eu te amo.

ela só respira fundo e se despede , e eu finalizo a ligação molhando meus lábios e fecho os olhos com calma deixando algumas lágrimas rolarem pelo meu rosto.

- fiquem ligados , amanhã ligo pra cada um - Evan diz saindo da sala dele e eu seco meu rosto notando ele falar com os homens que estavam com ele.

e seu olhar vem contra mim , e eu volto a encarar meu celular que ainda estava nas mensagens , e leio a da Megan onde se desculpava , mas não queria responde-la. Não agora.

- cara , preciso de um banho - Thomas diz e eu olho pra ele - e ligar pra minha gata.

- gata ? é assim que se refere a ela ? - digo seca e ele me olha , assim como o Evan.

- é um elogio - Thomas diz dando de ombros e eu reviro os olhos.

- eu arrumei o quarto de hóspedes que o senhor Tarlley pediu - a empregada diz e o Thomas apenas concorda e me olha antes de sair da sala , subindo a escada.

Evan me olha e se aproxima sentando no sofá de frente para o que eu estava.

- está bem ? - ele pergunta e eu concordo.

- super bem , com uma granada no pescoço - sou grossa e ele coça o queixo meio paciente.

- amanhã mesmo começo tudo , até o final da semana que vem , pretendo já ter tirado isso de você.

- semana que vem ? - digo e ele concorda.

- é o máximo que consigo Emma - ele diz e eu respiro fundo olhando em volta.

- esse lugar é sempre vazio ?

- bom , moro sozinho - ele diz e eu mordo o lábio e o olho de canto - oque foi ?

- quando estava realmente sozinho aqui , deve que recebia muitas visitas - digo e ele ri olhando pras mãos e depois pra mim.

- já recebi muitas visitas - ele diz me olhando e eu molho os lábios desviando o olhar para os quadros na parede ao lado - mas relaxa , enquanto estiver aqui , não vai ter essas visitas.

- eu vou pro quarto - me levanto meio irritada e ele se levanta também ficando de frente pra mim.

- eu estava brincando - ele diz sorrindo e eu continuo séria.

- não me importo - minto.

- certeza ? por que me pareceu bem putinha.

- você é ridículo Evan - resmungo pra sair e ele segura meu braço.

- não trago prostitutas pra cá , e as mulheres que eu ficava não passavam disso - ele diz sério e continuo o encarando - a Megan e você foram as únicas que pisaram aqui.

- aqui e na sua cama não é ? - digo me soltando dele e ele ri se afastando.

- ainda tem ciúme dela ? - ele pergunta me olhando.

- não sei - digo séria - aliás , ela está gravida da sua filha.

- filha ? - ele franze o cenho e eu molho meus lábios notando que eu tinha falado demais - é uma menina ?

- é - respiro fundo - e eu não deveria ter dito nada.

- qual é Emma , sabe que não sou o pai - ele se aproxima.

- não me importo com isso Evan - digo sincera.

- com oque se importa então ? pois não entendo sua cabeça - ele diz sério demais e eu o encaro - numa hora sou o cara que você diz estar apaixonada e me quer por perto , depois sou o que você odeia e quer longe. Ai não dá caramba. Se você mesma não sabe oque quer , não dar pra mim tentar te agradar.

- não quero que me agrade - digo.

- então me diz oque quer Emma ? - ele diz próximo e eu molho meus lábios - fiquei três meses focado nas merdas que eu tinha que fazer , sem pensar em mulher alguma. Pois a que eu queria estava longe pra porra , e a meta era ver ela no final de tudo.

- não acredito em você - digo encarando seu rosto.

- então não acredite - ele concorda sério - só que não vou ficar esperando você decidir oque quer.

- eu sei bem oque eu quero - digo séria - ir pra casa e voltar pra minha vida normal. Sem armas , mortes , criminosos ,  jatinhos e chips assassinos.

- isso significa...

- sim Evan , significa que a minha vida normal não há você - falo sem pensar e ele concorda , e saio dali trombando nele. Subindo a escada mordendo a boca de nervosismo.

 • Condenados pelo amor || PARTE 01 Onde histórias criam vida. Descubra agora