Eu e o Evan ficamos naquele clima até o amanhecer , confesso que eu nunca imaginaria transar com alguém no lugar aberto , mas com o Evan. Eu nem se quer pensei nisso ou me lembrei que poderia chegar alguém ali , mas aliás. Ninguém andaria pelo lago meio que distante da cidade na madrugada não é mesmo ?
- precisamos ir embora - digo vestindo a jaqueta dele por cima da minha roupa e o olho ainda sem camisa escorado na árvore.
- ainda nem amanheceu - ele diz rouco e eu concordo.
- exatamente por isso precisamos ir - digo e ele puxa a camisa dele e apenas concorda e eu me levanto olhando pra ele que se vestia e sorri de canto , éramos mesmo malucos.
- já sabe oque vai dizer pro seu pai ? - pergunto e ele me olha.
- que aquele filho da puta estava pegando onde não devia - ele diz dando de ombros - simples assim.
- e vai dizer oque , que é ciúme de irmão ? - pergunto e ele me olha novamente , mas não responde.
- ele veio com onda , apenas reagi - ele diz e eu reviro os olhos.
- não está convencendo ninguém com essa história.
- foda se , não tô nem aí pro que o meu pai vai pensar ou não - ele diz ficando em pé na minha frente.
- Evan , eles pensam que você e a Megan são um casal.
- sei disso , e também sei que não é disso que você se preocupa - ele diz guardando as coisas na bolsa e eu respiro fundo.
- todos nos tratam como se fossem realmente irmãos , vai ser bem complicado pra todo mundo entender.
- não precisam entender nada - ele da de ombros -Tem dezoito anos agora.
- você não entende.
- Emma , ninguém tem que achar nada sobre a gente ficar , entende isso.
- mas não quero que pensem que... estamos traindo a Megan.
- depois falamos disso , vamos embora - ele diz segurando meu braço e recebo um selinho nos lábios.
a caminho do Hotel , não trocamos muitas palavras , eu estava com sono e imagino que ele também estava. Chegamos no Hotel ainda escuro , e quando entrei no quarto dele fui direto pro banheiro , e não demorou muito pra ele invadir o box , tomando banho comigo.
mas não aconteceu nada , nada além de alguns beijos e mãos bobas. Estávamos com sono demais pra rolar algo além disso , sai do banheiro com o roupão do hotel e deitei na cama lendo algumas mensagens e acabei que dormindo ali mesmo.
[...]
- Evan - a voz sooa dentro da minha cabeça e as batidas continuam , tento abrir meus olhos mas o sono estava tão maravilhoso que desisto.
- Emma , você está aí ? - a voz da minha mãe me faz abrir os olhos de uma vez e ouço as batidas fortes na porta e encaro em volta me lembrando de onde estávamos.
- merda - resmungo e vejo o Evan dormindo ao meu lado usando apenas uma cueca preta.
- acorda , anda - digo chacoalhando ele que resmunga algo - Evan , nossos pais estão na porta.
digo baixo e ele abre os olhos meio que sério olhando pra mim e depois em volta e acho que ele escuta a voz do Raul e tem noção do que eu disse.
corro pelo quarto pegando minhas roupas enquanto ouço a minha mãe dizer algo sobre ligação e me visto deixando o roupão no chão enquanto o Evan veste apenas uma bermuda me encarando.
- não precisa disso tudo - ele resmunga e eu o encaro.
- estou no seu quarto , toda desarrumada. Olha meu cabelo , acha que eles não vão notar ?
- Emma , relaxa - ele diz rouco e eu nego com raiva e tento arrumar a cama ao máximo que consigo em dois minutos e ele abre a porta me fazendo querer matar ele.
- não ouviu a gente bater ? - a voz da minha mãe é a primeira a ser ouvida.
- filho... ligamos pra você e não nos atendeu - Raul diz normalmente e eu mordo meu lábio preocupada.
- cade a Emma ? - minha mãe pergunta e logo entra passando pelo Evan me olhando sentada no sofá , e droga. Ela saberia só de me olhar.
- por que demônios não me atende ?
- eu , peguei no sono - digo e ela franze o cenho - não quis ir pra casa de madrugada.
- nem deveria ter saído de lá Emma , sabe a vergonha que passei com os convidados ?
- a gente saiu pra beber , só isso - Evan diz e eu olho pra ele conversando com o Raul.
- oque ? beber ?
- tenho dezoito anos agora - me levanto e ela me encara e nega com raiva e encara a cama e depois a mim.
- vamos conversar mocinha , vamos agora mesmo pra casa - ela diz e eu reviro os olhos e ela me puxa pelo braço.
- mãe não precisa disso - resmungo e Raul me olha.
- vou conversar com o Evan - ele diz ignorando meu olhar e eu olho pro Evan que não diz nada e respiro fundo. Era agora que iriam descobrir tudo mesmo e nos julgar até a morte.
descemos as escadas do hotel comigo sendo arrastada até a porta de saída com minha mãe resmungando algo sobre irresponsabilidade.
- onde estava com a cabeça em sair com ele naquele carro daquele jeito Emma , onde já se viu - ela diz abrindo o carro do Raul e eu me sento séria e ela entra batendo a porta.
- mãe , menos.
digo e ela me encara e ri negando.
- eu estou tentando não começar a dizer que sei oque está acontecendo Emma , por que se eu começar eu nem quero me ouvir , pra não pensar que realmente é verdade essa safadeza.
- mãe - digo e ela nega.
- não quero ouvir , isso vai acabar - ela diz e eu reviro meus olhos.
- não somos irmãos - digo e ela me encara.
- quantas vezes eu perguntei Emma , quantas ? eu disse que desconfiava , perguntava e você sempre dizia que não. Que jamais , e agora... dorme no quarto dele e sai de um hotel com essa aparência ?
ela dizia tudo alto e nervosa e eu apenas mexo no cabelo que dormiu molhado e estava bem alto por sinal.
- mãe , não é de agora - digo e ela nega.
- que vergonha meu Deus - ela coloca a mão sobre o rosto - a menina grávida em casa , e vocês... Eu nem sei com que cara vou olhar pra ela.
- deixa eu explicar - digo e ela me encara.
- é melhor ficar calada , calada me ouviu ? - ela diz e eu escoro no banco emburrada e logo Raul sai do Hotel com um olhar meio desagradável e entra no carro dirigindo pra casa sem dizer uma palavra , e eu pego meu celular mandando uma mensagem ao Evan.
" minha mãe sabe."
assim que a mensagem é enviada vejo minha mãe me encarar pelo espelho do carro e logo meu celular vibra com uma mensagem dele.
" meu pai também."
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• Condenados pelo amor || PARTE 01
Подростковая литератураA história de dois corações que já foram inocentes um dia , hoje não mas. Onde eles não esperavam sentir sentimentos que seram expostos a eles , algo que vai causar bagunça na vida de cada um deles. Mas até quando poderam negar que esse sentimento n...