Quando a porta se abriu e eu vi ele novamente senti mas nojo do que eu já sentia antes , ele estava sozinho e isso significava que ele tinha feito oque Evan pediu , desvio o olhar dele ao notar que ele me encarava e seguro a mão da minha mãe que estava com aquele olhar triste.
- Cristina - é a primeira coisa que ele diz ao entrar e o Evan fica ao lado da porta com a mão enfrente a cintura , com certeza pronto pra sacar sua arma.
- Eliotte - minha mãe diz séria e eu continuo encarando apenas nossas mãos juntas sobre o lençol branco da cama do hospital.
- temos muito oque conversar - ele diz e minha mãe nega.
- não , não temos - ela diz firme e eu engulo seco.
- podiam sair pra mim falar com ela a sós ?
- não - digo encarando ele que apenas passa a mão sobre a boca meio sério e eu encaro o Evan que continuava ali ouvindo tudo.
- deve saber quem eu sou - ele diz me olhando e eu continuo séria.
- você não é nada Eliotte - minha mãe corta ele e ele ri negando.
- pode continuar me odiando se quiser Cristina - ele diz com raiva - mas não pode mudar o passado.
- se acha que vindo aqui vai ter algo , está enganado - digo fazendo ele me encarar - minha mãe vai se recuperar e ir embora daqui , e nunca mas vai ouvir falar dela novamente.
- como não notei antes - ele nega meio que rindo e o Evan se aproxima - tem os olhos dela , e a boca também.
eu tento ignorar e olho pra minha mãe que estava preocupada e eu engulo seco.
- deveria ter notado quando me sequestrou e colocou um chip no meu pescoço pra me matar - digo fria e ele concorda pensativo.
- por culpa dela eu não sabia quem era você - ele diz encarando minha mãe com raiva.
- quase matou ela - minha mãe nega - como sempre Eliotte , como sempre foi.
- você fugiu com um filho meu na barriga sua puta de merda - ele altera a voz e Evan entra no meio.
- acho melhor abaixar o tom , não vai dar nada certo assim - ele diz e o Turco encara ele.
- e acha que pode me dar ordens Tarlley ?
- oque quer aqui ? - pergunto e ele me encara.
- falar com ela - ele diz sério - e isso pode acontecer por bem ou por mal.
ele ameaça e minha mãe respira fundo e me olha de lado e eu nego sabendo oque ela iria me pedir.
- não vou te deixar sozinha com esse homem - digo nervosa.
- por favor - ela insisti e eu nego - tire-a daqui Evan.
e como sempre Evan me arrasta dali contra minha vontade e eu encaro o Turco antes de sair , e empurro o Evan assim que ele me solta no corredor.
- ficou louco de deixar ela lá com ele ? - digo furiosa.
- não é assunto nosso - ele diz rouco e eu sinto vontade de esmurra-ló , lógico que era assunto meu.
Rita/Cristina
Quando a Emma foi tirada da sala e a porta se fechou , eu senti o medo que sentia a 18 anos atrás quando eu era dele.
- oque contou a ela ? - ele pergunta frio.
- apenas oque ela precisa saber - digo firme e ele ri passando a mão sobre o queixo.
- sabe Cristina , parei de te procurar um ano depois que fugiu - ele diz andando pelo quarto - por que sabemos que se eu te quisesse morta , eu teria te encontrado.
- confessa ao menos uma vez na vida Eliotte , não conseguiu me encontrar - digo e ele me encara.
- vim aqui hoje pra saber apenas de uma coisa - ele diz me encarando e eu respiro fundo.
- não vai tocar na minha filha - digo e ele ri negando.
- sua filha não me interessa - ele diz e eu franzo o cenho.
- eu quero saber o motivo de ter fugido todos esses anos - ele fala e eu reviro os olhos.
- por que isso ?
- por que eu mudei por você , fiz tudo que me pediu. Estava prestes a abandonar a vida que eu levava por você - ele diz frio e eu sinto meu peito doer e nego.
- os anos se passaram Eliotte, não tem por que tudo isso voltar.
- mas voltou , e pelo que vejo. Nosso fruto vingou , e está ali fora esperando eu sair pra me ofender de novo - ele diz rindo enquanto fala - e eu não consigo acreditar que vi ela e não a conheci.
- talvez seja por que ela não é sua - provoco e ele vem pra cima de mim me puxando pelo braço me fazendo sentar na cama de uma vez.
- não brinca comigo tina , sabe muito bem do que sou capaz , os anos passaram mas contínuo o mesmo - ele diz apertando meu braço e eu me solto dele em seguida.
- não trisca em mim - digo amarga.
- a garota pode não ser minha , isso pouco me importa - ele diz e eu molho meus lábios.
- isso é bom , pois eu nunca quis que vocês se conhececem - digo e ele concorda.
- por que fugiu ?
- como sempre , seu orgulho de macho não pode continuar amargurado não é mesmo ? depois de 18 anos está aqui querendo saber a razão de ter te abandonado.
- podemos mudar isso - ele diz pegando sua arma e eu engulo seco e fecho meus olhos por alguns segundos.
- aquela vida não era pra mim , eu não queria ter minha filha num lugar como aquele - digo e ele continua me encarando.
- eu iria pra qualquer lugar contigo , pra se sentir bem comigo - ele diz e eu nego.
- você não ia Eliotte, não minta pra si mesmo.
- a garota é minha ? - ele pergunta e eu encaro seus olhos e respiro fundo.
- como pode me perguntar isso ? a garota é sua cara seu babaca.
ele engole seco e molha os lábios negando e coloca sua arma na cintura novamente enquanto caminha pensativo.
- a Emma não precisa de você , ela nunca precisou.
- eu quase matei minha própria filha , tem noção disso ?
- matar adolescentes sempre foi seu estilo - murmurro e ele vem pra cima de mim novamente.
- acha isso engraçado ? - ele me aperta e eu fecho meus punhos com raiva e a porta do quarto se abre com a Emma nos encarando.
- solta a minha mãe - ela diz e ele a encara e pelo olhar dele , eu sabia que algo nele estava nascendo e era tudo que eu não queria.
- vai embora Eliotte , não tem nada aqui pra você - digo firme e ele me solta.
- isso é oque você pensa - ele diz e eu franzo o cenho.
VOCÊ ESTÁ LENDO
• Condenados pelo amor || PARTE 01
Teen FictionA história de dois corações que já foram inocentes um dia , hoje não mas. Onde eles não esperavam sentir sentimentos que seram expostos a eles , algo que vai causar bagunça na vida de cada um deles. Mas até quando poderam negar que esse sentimento n...