Parte 109

407 32 0
                                    

O choro da Ramona aumentava ainda mais o meu estresse , e ver meu pai surtar na sala querendo chamar a polícia me deixou ainda mais estressado. Estava tudo saindo dos eichos , não era pra nenhum deles estar aqui , não era. Nem mesmo a Emma.

passo a mão na nuca andando de um lado para o outro encarando aquele sangue manchando meu piso e mordo o lábio encarando a escada e dava pra ouvir daqui o choro da Ramona e a Emma chorando , e sua mãe gritando de dois em dois minutos pra calarem a boca.

- aquele é o seu pai ? - Turco pergunta me fazendo encarar ele.

- não é da sua conta - digo frio - e até agora não entendi como passou por aqueles caras lá fora sem levar um tiro.

- esqueceu quem eu sou garoto ? Acha mesmo que vão me matar ? - ele debocha se sentando na poltrona ao lado.

- e oque eles querem ? - digo encarando ele - pois moro nessa porra a anos e nunca tentaram uma invasão.

- antes você não tinha uma gângster procurada dentro do seu terreno - ele fala dando de ombros e eu me sento negando com raiva.

- e está aqui com seus homens por que ? - pergunto e ele me encara e coça seu queixo.

- tenho muita coisa pra acertar com a Cristina , ela não vai morrer hoje. Não antes de me contar algumas coisas - ele diz seco e eu molho meus lábios me levantando ao ver o Thomas e a Scar descerem a escada.

- como ela está ? - pergunto direto e a Scar seca o rosto.

- ela desmaiou - ela diz e eu encaro o Thomas - a mãe dela aplicou um bagulho nela.

- como assim porra ? - digo dando passos e eles terminam de descer os degraus.

- ela disse que é pra manter ela acordada - Scar diz e eu encaro o Thomas que responde tudo com apenas um olhar , a mãe dela tinha injetado alguma droga nela.

- ela acordou ? - pergunto e ele nega e eu subo a escada esbarrando neles antes de subir os degraus depressa.

no quarto estava meu pai e a Rita ao lado da cama enquanto Ramona estava no sofá ao lado encolhida com as almofadas , vi minha empregada sair do banheiro com uma toalha pequena molhada e por sobre a testa da Emma.

- por que ela desmaiou ? - pergunto sério fazendo todos me encarar.

- sua irmã levou um tiro e não querem chamar a ambulância ? - meu pai fala novamente desesperado com a situação.

- por que ela desmaiou ? - encaro a empregada e ela tira a mão do rosto da Emma.

- ela não aguentou a dor , a bala estava quase alojada , ela... não aguentou - ela tenta me explicar - a pomada de anestesia que o senhor mantém junto ao kit de emergência nem sempre funciona. O senhor sabe.

- vai me dizer que é normal ser baleado nessa casa ? - meu pai diz alto e eu encaro a Emma na cama , ela estava molhada de suor , sua barriga estava a mostra com a faixa branca já enrolada em sua costela cobrindo a barriga que ainda estava suja de sangue.

- o médico está a caminho - o Turco diz entrando no quarto e eu encaro ele.

- e como ele vai passar por essa merda ai na frente ? - digo rouco e ele entra no quarto.

- em poucos minutos meus homens cuidam disso , mais a polícia logo vai bater aqui - ele diz sério - tem que sair da mansão.

- ela vai pra um hospital - meu pai diz apontando pra Emma - e não estou nem ai com a polícia , não fizemos nada de errado. Minha filha foi baleada, ela precisa de ajuda de um profissional , e não ser costurada por uma empregada.

 • Condenados pelo amor || PARTE 01 Onde histórias criam vida. Descubra agora