A festa

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Point of view of Miranda Priestly

Meus olhos foram abrindo aos poucos, se acostumando com a claridade daquele quarto que não era o meu, pisquei algumas vezes, tentando me lembrar do sonho do qual eu tive na madrugada. Franzi as sobrancelhas, conseguindo despertar melhor. Meu braço estava dormente e mal conseguia mexer, olhei para o meu lado esquerdo.

Andrea.

A morena estava com o rosto enfiado no meu pescoço e sua coxa por cima da minha barriga, encostada de leve na qual julguei ser minha ereção matinal e aquela posição fazia um atrito gostoso. Olhei para o teto, mordendo os lábios com força, teria que me desfazer daquele contato.

Voltei minha visão para o seu corpo, subindo desde a coxa, passando por a bunda que estava empinada para trás, um pouco para cima, percebi que seu braço estava pendurado do outro lado do meu pescoço enquanto sua respiração fazia cócegas na parte que a mesma se encontrava com o rosto.

Levantei minha mão em direção aos seus cabelos que caíam por sua face e o afastei para o lado, tendo uma visão perfeita da minha assistente.

Linda.

Lembranças invadiram minha mente daquele que eu achei que fosse meu sonho e pelo visto não era. Respirei fundo e fui me afastando do seu corpo com cuidado para não machuca-la mais, o que foi impossivel. Pois assim que afastei seu braço, Andrea soltou um gemido forte, que fez meu pau pulsar e também fechar meus olhos para aquilo. Minha boca estava seca e não saberia dizer se era por ter acordado ou acordado daquela forma.

Ainda com os olhos fechados, levei minha mão para sua coxa para tira-la de cima, não me contive muito e apertei aquela carne com força, outro gemido escapou da boca de Andrea, só que agora mais fraco e perto do meu ouvido.

Não estava mais aguentando, e levantei o mais rápido que pude. Olhei para as minhas vestes, usando um robbe branco e aparecendo o volume que a ereção causará. Pousei a mão em cima daquela parte elevada e fiz uma massagem, dessa vez eu soltei um gemido.

Coloquei a mão na boca abafando o som e já dando por conta do local onde me encontrava, olhei para a porta fechada e olhei para Andrea. Dormindo toda torta. Eu poderia ter ajeitado ela mas não quis, não queria que ela acordasse e sua primeira visão fosse eu. Fui saindo do quarto e antes de deixa-la dei uma última olhada.

Linda.

Ontem, quando disse aquelas palavras rudes para Andrea, só estava sendo eu de verdade. E para ser eu de verdade, não precisa de muito, uma Valerie adiando sua vinda para casa, já é um bom motivo.

Parei encostada na porta, coloquei meus dedos em meus lábios e me veio logo a mensagem de Christine.

Flashback On:

"Liguei algumas vezes para ti agora mais cedo e também tem uma mensagem minha no seu celular."

Franzi de leve a sobrancelha, levando um pouco a cabeça para o lado. Não tinha visto nada disso.

"Acha que se tivesse algo eu estaria perguntando."

A resposta demorou alguns minutos para vir, uma verdadeira eternidade.

"Jimmy Vergara, trabalha num mercadinho do Brooklyn, onde fica a residência das imagens. Não paga imposto de renda, salário minimo. Solteiro e sem filhos. Seu pai morreu na guerra e sua mãe trabalha em loja de utensílios na quinta avenida. Não tem irmãos também"

Fitei alguns segundos meu celular, deslizando meus dedos sobre a tela. Meu pé batia freneticamente no chão enquanto meu ponto fixo ainda estava no celular.

Dez Invernos (Mirandy - Intersexual)Onde histórias criam vida. Descubra agora