O primeiro da lista negra

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Point of view of Miranda Priestly

O galpão conhecido por mim, abrigava nesse exato momento um grupo de pessoas, cada um tinha raiva dentro de si.

Na cadeira a minha frente se encontrava Jimmy, foi pego em uma emboscada feita por Christine e seus homens. O mesmo estava desacordado, o sangue escorria pelo seu rosto. Eu estava parada de braços cruzados na sua frente.

Ouvi o barulho do isqueiro e olhei para trás daquele homem, Christine acendia um cigarro. Do meu lado, Roy se encontrava, ele estava agachado no chão e brincava com seu relógio no pulso.

Virei meu corpo, Douglas estava na entrada do galpão, olhando para a rua. O mesmo queria e ao mesmo tempo não participar de tudo isso. Mas uma coisa me surpreendeu, Emily. Ela estava mais atrás de mim, e não estava apavorada e muito menos horrorizada, quando descobriu o que estava por vir, Emily proferiu às seguintes palavras. Quero ir junto.

E quando perguntada por que? A resposta veio logo em seguida. Por mais que seja o meu pior inimigo, pessoa nenhuma merece ser atacada assim.

Aqui está ela com seu salto Chanel, esperando os próximos passos.

A emboscada foi mais simples que a reunião que tive ontem com Irv. O pneu furou do carro de Christine em frente ao estabelecimento onde se encontrava Jimmy, ele foi trocar o pneu e levou uma coronhada na cabeça. Christine riu da minha cara quando disse que podia ter matado ele.

A tosse dele forte me tirou dos meus devaneios, seu rosto foi virando devagar até ele olhar completamente para mim.

- Olá, querido. - Seus olhos se arregaralam.

- Me solta, sua cretina. Filha da puta. - Christine veio com um pano por trás e colocou na boca dele.

- A mãe dela não está aqui para se defender. - Ele levou um susto.

- Vamos brincar? - Perguntei para Christine.

- Amooo. - Disse ela sorrindo, apenas revirei os olhos.

- Jimmy... - Me agachei na sua frente. - ... Pensei que nunca mais ia te ver na minha vida. Mas por sua intromissão nela, vou ser obrigada a te mandar para outro plano. - Mais uma vez ele arregalou os olhos.

- Por aqui... - Ouvi a voz de Douglas.

Cinco homens adentraram o galpão, virei meu corpo e logo após me levantei.

- Christine. - Um deles comprimentou a ruiva.

- Rapazes. - Fui até Emily.

- Está tudo bem? - Apenas confirmou.

- Esse homem aqui, o delito dele foi ter ajudado a dopar uma mulher, foi ter levado ela para um quarto de motel e com ela grávida. - Virei e olhei para Douglas que olhava tudo atentamente, como se fosse a melhor vingança. - Eu quero os dois tornozelos dele quebrado, e ele rastejando aqui dentro desse galpão.

Ouvi os murmúrios de Jimmy, como se pedisse ajuda.

Ajuda?

Ajuda?

Ninguém quer ajudar.

Nesse momento, assisti apenas aos socos, chutes e o mais esperado, a quebra dos tornozelos.

Todo mundo assistiu, ninguém piscou e por muitos saiu dali.

A minha raiva, ódio e tudo que estava sentindo era com ele que ia começar e a minha redenção ia ser com Andrea, às gêmeas e Augustine.

E se ainda for permitido a mim, Andrea vai fechar essa vingança com chave de ouro.

Uns quinze minutos de espancamento sem parar, Roy sorria, Douglas se pudesse gravava e mandava para Andrea. Olhei para Emily mas ela estava com seus olhos fixados em Christine, a outra ruiva fumava e não perdia um chute sequer.

- Rapazes, chega. - Disse me aproximando deles. - Roy, pague eles por favor. - O mesmo confirmou.

- Qualquer coisa nos chame, senhoras. - Disse um dos homens apenas confirmei.

Olhei para Jimmy, estava com seu rosto desfigurado, a cadeira caida ao chão e seus tornozelos quebrados. Me aproximei dele e novamente me agachei.

- Consegue conversar, querido? - Sua respiração estava falha.

- Sua.... vagabunda. - Murmurou.

- Christine, será que vale a pena dar choque? - Fingi preocupação.

- Se ele não falar, acho melhor. - Confirmei.

- Ouviu isso? Vou perguntar novamente. Consegue conversar? - Jimmy começou a chorar alto.

- Miranda? - Olhei para Douglas. - Deixa comigo. - Confirmei, sabia das dores e raiva de Douglas, me levantei novamente. - Christine me alcança a algema. - Disse ele para a ruiva, que atendeu o pedido.

Algemas de eletrochoque, fábricas na Europa e contrabandeada por Christine.

- Então, Jimmy. - Disse Douglas colocando a algema no homem. - Tem algo a nos contar? - Jimmy negou, então Douglas apertou o dispositivo fazendo uma descarga de 50.000 volts atravessar o corpo do capacho de Valerie.

Depois do choque, o corpo de Jimmy ainda convulsionava e ele tentava gritar pela dor mas era impedido pelos espasmos.

Após alguns segundos, a respiração dele ainda era falha, o suor tomava conta do seu corpo e lágrimas escorriam pelo seu rosto.

- Tenho... tenho...por favor... Não.. me..matem..

- Tic tac.. - Disse.

- ..Augustine...ela está a caça de Augustine... - Roy veio caminhando rápido e socou o rosto de Jimmy.

- Vamos ver quem vai encostar um dedo na Augustine. - Falou, eu assisti. Meu coração estava na minha mão.

- Valerie... vai encontrar... e matar aquela velha... e eu vou ajudar. - Caminhei rapidamente até Christine e puxei a arma que eu sabia que estava na sua cintura. Voltei ao meu lugar, engatilhei e disparei três vezes na cabeça dele.

- Essa é a minha garota. - Disse Christine.

- Christine, pelo amor. Você tem que falar onde está Augustine. - Falei me tremendo.

- Queria, sabe que eu queria. Mas Augustine só apareceu uma vez no meu escritório e nunca mais a vi. - Disse sinceramente.

- Temos que achar Augustine, Miranda. - Disse Roy.

- Ruiva, me ajuda a enterrar o corpo. - Disse Christine para Emily.

❄❄❄❄❄❄

Enquanto isso, no Texas...

"Às minhas botas reconheciam aquele solo, aquele terreno. Já estive por aqui, sentia saudades depois da entrada da fazenda, às lembranças me invadiram.

Meus pés subiam o degrau e a madeira fazia um ruído, por estar velha. Essa fazenda já é velha. O outro degrau, a casa dos patrões laranja, essa parte não mudou nenhum pouco.

Enquanto, meu corpo reconhecia aquele lugar. Ouço, relinchar do cavalo e me viro lentamente. O dono desce em um pulo do seu animal preto e vem caminhando na minha direção.

Meu sorriso por saber quem é mas não sei o mesmo dele sobre mim. Estou velha, quase chegando aos meus 80 anos.

- Zeca. - Digo em uma voz grossa. Ele me conhece, seu sorriso vai de orelha a orelha.

- Quanto tempo, Augustine."

( Trecho tirado do diário de Augustine.)





Deu a louca na autora!! Kkkkk
Amo vocês ❤

Dez Invernos (Mirandy - Intersexual)Onde histórias criam vida. Descubra agora