De volta a uma vida dupla - Parte 2

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AGOSTO DE 1995


O verão foi tão horrível quanto ele esperava, e ter Sirius Black sentado na frente dele agora o lembrava de todos aqueles anos de sofrimento. Era a cereja do bolo ter que lidar com o Lorde das Trevas enquanto espiava.

"Então nos diga, Severus. Como foi seu encontro com o Lorde das Trevas?" A voz de Dumbledore o fez desviar os olhos de tentar fazer um buraco no crânio de Black. "Você teve algum problema?"

Sua voz era tão fria quanto sua expressão. "Não," ele disse, mentindo. O Lorde das Trevas concedeu a ele, e a alguns outros, uma tortura Cruciatus que durou horas. "Os Comensais da Morte, como eu esperava, estão preocupados com meu retorno, mas o Lorde das Trevas aceitou minha explicação." Dumbledore acenou com a cabeça. "Eles não me deixam entrar nas reuniões mais privadas, a menos que o Lord das Trevas solicite minha presença, e ele não tem desde seu retorno."

"Então você é inútil como sempre." A intervenção de Sirius o fez voltar os olhos para o cachorro. Ele não conteve seu ódio pelo vira-lata.

Seus nervos ainda estavam tremendo devido ao "bem-vindo" do Lorde das Trevas, então foi especialmente difícil evitar lançar aquela maldição sobre o vira-lata.

Ele pode estar impotente agora, mas ele sabia que o Lorde das Trevas começaria a chamá-lo novamente.

Convencer seu mestre tinha sido uma tarefa terrível, mas ele conseguiu torcer as ordens que o monstro lhe deu há muito tempo e usá-las em seu benefício. Ele nunca deixou de ser um espião. Ele havia coletado informações e estava dentro de Hogwarts, ganhando a confiança de Dumbledore. Ele fez o Lorde das Trevas dar a ele o benefício da dúvida.

Além disso, ele sabia que o Lord das Trevas precisava de qualquer apoio que pudesse obter e não negaria a ninguém "leal" o suficiente para voltar para ele.

"Pelo menos eu saio e faço alguma coisa, vira-lata."

"Quietos, vocês dois," Dumbledore interrompeu. 'Severus, você sabe que sua posição é importante. Seja cauteloso e continue como está. Não podemos permitir que você baixe a guarda agora, meu amigo."

"Isso não vai acontecer, diretor." O vira-lata bufou. Sua tentação de azará-lo aumentou a ponto de ele ter que pegar uma xícara de chá para não pegar sua varinha. "Você precisa dizer algo ou engasgou com um osso de galinha cru? Talvez você devesse comprar um brinquedo de plástico da próxima vez." Ele se inclinou para frente. "E alguns deles rangem!"

O sorriso de Sirius desapareceu.

"Se não houver mais necessidade de mim, eu irei. Tenho um trabalho a fazer."

"Voltar para suas pequenas poções?"

Snape sorriu. "Ora, Sirius, alguém tem que fazer o spray para evitar de você defecar dentro de casa."

Dumbledore suspirou. "Tenha cuidado, Severus."

Ele colocou sua xícara na mesa e se levantou. O diretor sabia que deveria deixá-lo ir antes que o vira-lata tentasse matá-lo. Além disso, ele sabia que os Comensais da Morte estavam monitorando uns aos outros e era melhor ficar visível para eles. Ele faria o de sempre em Hogwarts. Preparando, juntando ingredientes e amaldiçoando o calor enquanto caminhava para Hogsmeade uma vez por semana.

Ele esperava que pudesse reunir informações em breve para ajudar, mas temia ter que se tornar um participante ativo novamente. Ele não tinha certeza se poderia destruir outra alma para um bem maior.

Mas se ele estava preparado ou não, não importava. Ele precisava cair na escuridão para dar aos outros uma chance de destruí-lo.

Quando ele fechou a porta atrás de si, ele deixou escapar um longo suspiro de seus pulmões.

Ainda segurando a maçaneta da porta, ele descansou a cabeça na madeira, fixando os olhos no topo da escada escura. Ele encontrou um par de olhos castanhos olhando para ele.

Ele tinha esquecido que a garota Granger estava aqui.

Era perturbador que ela o visse assim. Visse sua vulnerabilidade.

Esta garota deveria tentar ficar segura com seus pais trouxas. Se ela fosse pega durante a guerra, sua morte seria particularmente tortuosa, já que ela era uma nascida trouxa.

Ela só estava lá porque era amiga de Potter e, mais uma vez, uma centelha de admiração por sua lealdade brilhou nele.

Soltando a mão da maçaneta, ele se endireitou. Ele se virou apenas para deixá-la ver suas costas, enquanto caminhava em direção à porta.




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Último de Domingo, amores
O próximo é o de Segunda, pois não postarei por motivos de fazer as minhas homenagens aos meus parentes que já partiram.
Obrigada por tudo. Boa leitura

When All Is Lost One Is Found by Rinoaebastel - TraduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora