Mudando o Natal

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DEZEMBRO DE 1996


Lençóis verdes e um cobertor grosso pressionado contra seu corpo o mantinham aquecido contra o ambiente frio de suas masmorras. Aquela era uma agradável manhã fria de dezembro. Era uma pena que o Natal teve que ir e bagunçar tudo.

Ele nunca gostou do Natal. Nunca teve um motivo para isso. Quando criança, ele queria comemorar, mas nunca foi capaz. Ele nunca teve uma árvore de Natal porque sempre era muito esforço para colocar, ou uma perda de tempo, um desperdício de eletricidade ou qualquer desculpa que seu pai tivesse. Se sua mãe fizesse um esforço, isso resultaria em abuso bêbado de seu pai. Presentes nunca existiram até que ele se tornou professor em Hogwarts. E os únicos que ousaram dar algo a ele foram Minerva e Dumbledore.

O desejo de ficar na cama era atraente. No final, ele decidiu ceder à tentação e se aconchegou ainda mais nas cobertas. Ele fechou os olhos e estava prestes a cochilar novamente quando um ronronar chegou a seus ouvidos. Seus olhos se abriram.

O gato de Granger estava lá, com seu pelo ruivo e seu rosto achatado olhando para ele com seus olhos laranja. Como diabos aquela bola fofa entrou em seus aposentos? Examinando-o mais enquanto duelavam com os olhos, percebeu que o animal balançava a cauda, ​​confortável e feliz em sua presença. Mas por que o animal estava lá? O que ele queria?

Aproximou-se dele, espremeu-se por baixo de uma pequena fenda nos cobertores e começou a acariciar seu pescoço. Ele acariciou a cabeça peluda. Um sorriso se espalhou em seu rosto enquanto o animal miava em aceitação.

"O que você está fazendo aqui, bola de pêlo?" ele disse com uma voz áspera, uma consequência de apenas acordar. "Você não deveria estar com ela? É Natal e ela está sozinha naquela torre."

O gato usou todo o seu corpo para acariciá-lo até que ele se virou, acertando-o no rosto com a cauda. O animal deixou o calor da manta e trotou em direção ao pé da cama. Ele olhou na direção. Havia presentes lá como todo Natal, mas em vez de dois, haviam três.

Será que...?

Os elfos colocariam os presentes lá, então ela provavelmente mandou o gato para garantir que ele o abrisse. Uma estranha sensação de excitação o atingiu. Ele se sentou e se aproximou dos presentes. O gato deu um tapinha no pacote de prata com a pata. Os outros pacotes eram verdes como sempre. Ele sabia que a longa caixa continha uísque escocês que Minerva mandou. Ele só usava quando ela visitava e queria uma bebida. Ele acenou com a mão e mandou para a cozinha.

Ele moveu sua mão para agarrar a outra verde e o gato assobiou.

"Eu vou chegar lá. Seja paciente."

O gato sentou-se rudemente e Severus quase riu. O animal era tão parecido com ela que ele não podia deixar de gostar dele.

Ele abriu o pacote e, como esperado, havia as meias Sonserinas que Dumbledore sempre lhe dava. Ele acenou e as meias foram para seu malão.

Uma súbita onda de nervosismo tocou seu corpo. Ele não podia acreditar que estava tendo esse tipo de sentimento sobre um presente.

O gato moveu o pacote de prata em sua direção com a pata.

Depois de respirar fundo, ele pegou o pacote. Era macio. Ele desembrulhou o papel e viu um material preto e um cartão. Ele pegou o cartão primeiro.

"Para o meu amigo, da sua amiga", ele leu em voz alta e o ronronar do gato recomeçou.

Ele não merecia um tratamento tão bom.

Ele colocou o cartão de lado com a intenção de mantê-lo em uma seção de sua mesa, onde guardava coisas importantes, e pegou o pano preto.

When All Is Lost One Is Found by Rinoaebastel - TraduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora