Sua penitência por ela

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Seu corpo bateu no chão lamacento e ele permaneceu lá por alguns segundos antes de se levantar, suas mãos afundando no chão enquanto o fazia. A chuva fria foi implacável em atingi-lo, gelando-o até os ossos. Os céus da Escócia haviam decidido chorar com ele ou estavam ajudando-o a esconder suas lágrimas.


Respirando fundo, ele conseguiu se levantar. Ele avistou os portões de Hogwarts à sua frente. Os portões se abriram para ele como se tivessem percebido sua necessidade de entrar e buscar ajuda. Hoje à noite ele realizaria a última boa ação que ele faria em sua vida indigna.

Ele não sabia por quanto tempo mais poderia lidar com a perda dela, mas ele o faria pelo tempo que levasse para pelo menos falar com Dumbledore. As portas do castelo se abriram para ele e as velas acenderam quando ele chegou a cada uma. O castelo o estava ajudando.

Ele. Um Comensal da morte. Ou um antigo. Ele ainda não tinha certeza.

"Senhor Snape?" Uma áspera voz feminina chegou a seus ouvidos. Ele parou seus passos. "É você?"

"Sim, Professora McGonagall." Sua voz era um sussurro, e ele escondeu o rosto dela. "Eu preciso falar com o diretor, por favor. É... é urgente." Ele tentou manter a voz firme, mas falhou miseravelmente.

Ela acenou com a cabeça e agarrou o braço dele. Em seus olhos ele viu pena. Ele odiava pena.

"Siga-me, Senhor Snape," ela disse com uma voz suave e soltou o braço dele.

Eles não falaram enquanto caminhavam, então apenas o eco de seus passos enchia os corredores do castelo. Isso o fez andar um pouco mais leve e respirar um pouco mais fácil.

Quando chegaram à estátua da gárgula, ela murmurou algumas palavras suaves e o convidou a segui-la com um gesto de cabeça. Pelo menos ela não o estava julgando como fazia quando ele era um Comensal da Morte em potencial sob sua tutela.

Quando ele colocou o pé na escada, eles se moveram sozinhos, carregando-os até que ele viu a porta do escritório do diretor. Ela empurrou a porta depois de bater duas vezes, e ele entrou atrás dela.

Já era tempo.

A última vez.

"Minerva?" O velho ergueu os olhos dos pergaminhos confuso até que seus olhos se voltaram para ele. "Oh, vejo que você tem companhia. Severus, o que posso fazer por você?"

Sua respiração parou e seus olhos se arregalaram. Aparentemente, ele ainda estava alheio aos eventos que aconteceram naquela noite. Merlin, não foi ruim o suficiente ela ter morrido. Agora, ele tinha que contar a Dumbledore.

"O..." Ele tentou controlar a umidade se formando em seus olhos. Ele não queria chorar na frente deles. "Os Potter estão mortos. O filho deles está vivo."

McGonagall engasgou. "Isso não é possível. Eles tinham um encantamento de fidelius e o Sr. Black nunca..."

Dumbledore interrompeu as palavras de McGonagall ao levantar a mão.

Phineas, vá ver se seu parente está em casa. Fawkes, vá e alerte a ordem. Transporte-os para Godric's Hollow," Albus ordenou, sua voz muito mais baixa do que normalmente era. A imagem desapareceu ao mesmo tempo que a fênix. "Você disse que o bebê estava vivo?" Severus concordou. "E seu antigo Senhor? Você sabe de alguma coisa, Severus?"

Em sua pergunta, ele estendeu o braço esquerdo e o descobriu. A marca ainda estava lá, mas parecia uma cicatriz.

"Queimou antes de eu ir verificar os Potters. Quando cheguei, descobri que ele os assassinou. Eu pensei que ia me matar no começo, mas a dor diminuiu." Ele ouviu os passos do velho se aproximando dele.

When All Is Lost One Is Found by Rinoaebastel - TraduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora