Proteção

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DEZEMBRO DE 1996


Ele estava a ponto de querer jogar o caldeirão contra a parede. Todos os ingredientes eram inúteis contra aquela maldição. Ele havia isolado todos os vestígios que podia, mas nada podia ser feito. Ele sabia disso, mas não queria admitir. Dumbledore morreria não importa quantas poções ele bebesse. Sua natureza era como a maldição da morte. Só diminuiu a velocidade porque Dumbledore conseguiu quebrar o anel que o segurava.

Ele falhou. Nem mesmo seu conhecimento era suficiente. Essa imitação de uma serpente negra movendo-se em torno de seu caldeirão era a prova.

Ele exalou e cobriu o rosto com uma das mãos. Era impossível salvá-lo.

Um pequeno ruído fora de seu laboratório fez sua cabeça levantar. Alguém estava em seus aposentos.

O único que se atreveu a entrar sem ser anunciado foi o diretor, e ele não queria ver ou falar com ele agora. Mesmo que ele fosse apenas um peão para o velho, ele não queria que o homem morresse e o deixasse sozinho neste plano.

Mas ele não estava sozinho. Ele tinha Granger agora. Ele não deveria esquecer que ela também estava em seus planos. Isso também seria difícil para ela.

Ele convocou sua varinha e foi até a porta. Com o planejamento de Draco, ele tinha que ser ainda mais cuidadoso com as pessoas entrando em seus aposentos sem avisar.

Ele abriu a porta. Sem fazer barulho, ele espiou pela esquina e suspirou de alívio quando viu quem olhava para suas estantes. O surpreendeu que ela não tivesse voltado antes.

Com um sorriso malicioso, ele se moveu, seus passos como uma sombra acariciando seu chão de pedra. Quando ele estava mais perto de sua figura, ele parou. Essa garota precisava aguçar seus sentidos.

"Srta. Granger."

Ela saltou e se virou, seu cabelo fofo batendo em seu peito.

"P-Professor! Não faça isso! Você quase me deu um ataque cardíaco!"

"Eu disse que você não deveria tentar se aproximar de mim." Seu tom era divertido desta vez, ao invés de severo.

"Eu não sabia onde você estava e não queria me intrometer em lugares que não deveria."

"Invadir meus aposentos já é se intrometet."

"Oh, vamos, professor, eu já estive aqui antes. Sou uma bruxa responsável. Eu não vou quebrar suas coisas ou-"

"Você já tomou a liberdade de pegar um livro," ele disse, interrompendo seu balbucio.

Ela murmurou e depois de alguns segundos, ela balançou a cabeça. "Deixa pra lá. Eu estava procurando por você."

"O que posso fazer por você, Srta. Granger?"

Ele não teve tempo de registrar que ela agarrou seu pulso, até que ela o puxou para a porta de seu escritório. Foi anormalmente fácil deixá-la guiá-lo, já que o pegou desprevenido.

"Srta. Granger." Seu tom tornou-se ameaçador enquanto ele recuperava os movimentos do corpo, parando e não deixando que ela o movesse mais.

Ninguém se atreveu a fazer algo assim antes.

O sorriso dela brilhou em sua relutância. "Vamos," ela disse.

"Para onde eu deveria estar indo?"

"Estou apenas sendo uma boa amiga e tentando pegar um pouco de ar fresco para você", explicou ela, sem vergonha, ao se atrever a puxá-lo novamente. "Está nevando, calmo e frio. É perfeito para você!"

When All Is Lost One Is Found by Rinoaebastel - TraduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora