When All Is Lost One Is Found by Rinoaebastel - Tradução

Bem

MARÇO DE 1999

Conforme o mês passou e o novo começou, as cartas começaram a cair para cerca de uma dúzia ou duas por dia. Nada que eles não pudessem lidar. Valeria a pena passar por elas, pois algumas poderiam ser importantes. Seu comportamento em público nunca mudou, pois eles não eram o tipo de pessoas que mostravam afeto na frente dos outros. As pessoas ainda olhavam atentamente para eles, esperando que fizessem alguma coisa, qualquer coisa, para confirmar os rumores, mas não era nada perto de ser uma curiosidade maliciosa. Ela até disse que algumas garotas disseram que tinham muito ciúme dela e ela começou a rir disso. Eles mantiveram suas rotinas normais, apesar de seu relacionamento. Ela assistia às aulas, estudava e executava seus projetos com o fervor de sempre.

Ele ainda era chamado de herói negro, quente, alguns o chamavam de morcego "sexy" das masmorras. Ele aprendeu a aceitar alguns desses títulos com um pouco de humor também. Hermione costumava provocá-lo sobre eles.

Quando o dia acabou, ela cruzou a porta do escritório e seus papéis desapareceram. Eles eram eles mesmos. Eles eram amantes e iguais.

Ele murmurou baixinho enquanto jogava uma carta na lareira. Ela estava encostada nele lendo uma carta. Tinha se tornado uma rotina noturna, que provavelmente mudaria em alguns meses, mas por enquanto ele viveria no presente. Era muito mais do que ele jamais imaginou ter. Era perfeito.

Ele jogou mais um envelope no fogo. A mágica chama azul imediatamente consumiu o pergaminho. Apesar da quantidade que estavam queimando, ainda tinham uma pilha para ver. Sua correspondência era uma mistura de maldições, mensagens de felicitações e ameaças de morte. A correspondência dela também continha algumas ameaças de morte, mas a maioria de suas mensagens dizia que ela estava desperdiçando sua vida. Essas mensagens eram de completos estranhos que achavam que podiam enfiar o nariz onde não deveriam. Ela até recebeu alguns chamando-a de destruidora de corações por não retribuir os sentimentos de Ronald Weasley.

"Oh, que coisa," ela disse e começou a rir. Ele ergueu uma sobrancelha.

"O que é isso?" ele perguntou.

"Para Severus Snape,

Nós, da revista Throb, gostaríamos de solicitar sua presença para uma sessão fotográfica e um artigo para nossos 30 bruxos mais sexy com mais de 30 anos. Nossos leitores mostraram um interesse cada vez maior por você."

"Que diabos é a revista Throb?" ele perguntou.

Quando ela parou de rir, ela disse: "É uma revista feminina que contém bruxos sensuais. Eles cobrem suas... varinhas... com itens mágicos aleatórios. Fora isso, é..."

"E você lê essas coisas?" ele perguntou. Ele sabia que ela não lia, mas também sabia que seria uma boa maneira de fazê-la não ler o resto da carta...

Ela jogou a carta no fogo e passou para outra.

Ele sorriu e pegou a próxima carta da pilha ao lado dele. Ele estava prestes a jogá-lo fora sem abri-lo, mas parou quando viu de quem era. Ele não esperava uma coruja daquela família. Ele pegou sua varinha e bateu na carta, procurando por qualquer vestígio de magia ou proteção prejudicial. Quando seu feitiço não reagiu, ele largou a varinha.

"Recebi uma carta de Arthur Weasley."

Ela endureceu e largou o livro. Ela se virou ligeiramente em seus braços.

"A... algo ruim?"

"Nada foi mostrado com o primeiro teste de mágica."

Seus olhos se fixaram no envelope e seus lábios se separaram. "Abra?"

Ele quebrou o selo de cera e estendeu a carta, seus braços indo para os lados de Hermione. Ela se recostou no peito dele. Apesar do envelope ser endereçado a ele, a carta foi dirigida a ambos. Ele imaginou que Arthur provavelmente pensava que abordá-lo era mais fácil do que tentar alcançar Hermione. Foi inteligente.

Ele limpou a garganta e leu a carta em voz alta.

"Saudações, Severus e Hermione,

Presumo que vocês não esperam palavras boas de mim depois do que Molly enviou. Estou escrevendo esta carta para pedir desculpas em seu nome. Ela é orgulhosa, mas mencionou seu terrível arrependimento por suas ações. Isso é especialmente verdade depois de descobrir o que Ron fez com Hermione. Nosso filho não nos contou a verdade sobre o ocorrido e tivemos que descobrir em outro lugar. Ron será punido pelo que fez.

Harry e Ginny nos informaram de tudo o que havia acontecido, incluindo o estado de seu relacionamento. Eu imploro que vocês nos perdoe. Se precisarem de alguma coisa, não hesite em me contatar.

Atenciosamente, Arthur e Molly Weasley."

Ele largou a carta e esperou por uma resposta de Hermione.

"Eu não esperava por isso." Ele sorriu suavemente ao ver que ela estava tentando controlar as lágrimas. "Eu adoro os Weasley, mas não acho que eles vão tentar entrar em contato comigo novamente."

"Os Weasley são.. pessoas razoáveis. Achei que eles eventualmente verão a razão." Ele gostava um pouco de Arthur, era difícil não gostar. Era o mesmo para os gêmeos, que em sua opinião deveriam ser sonserinos. Ele fez uma nota mental para visitar o túmulo de Fred.

Hermione acenou com a cabeça e enxugou as lágrimas.

"Sim, mas os Weasley também são o tipo de pessoa que protege seus filhos e os defende até a morte, aconteça o que acontecer. Achei que Molly estaria em negação o suficiente para não permitir que seu nome aparecesse na carta. Ela tinha uma ideia errada sobre Ron e eu." Ela suspirou. "Eu deveria ter deixado mais claro que não gostava dele mais do que como um amigo, mas isso nunca passou pela minha cabeça."

"Você não pode estar na cabeça deles, Hermione. A menos que você esteja constantemente usando Legilimência." Ele se inclinou sobre ela e a beijou. "Você não tem culpa aqui, então não se culpe." Sua voz era áspera de uma forma preocupada, mas não com raiva.

"Eu sei. Obrigado por me lembrar desse fato quando eu preciso que você o faça.'

"É um prazer sacudir seu cérebro Grifinório."

Ela riu, relaxando a tensão de seu corpo. Ela se virou e se encostou em seu peito. Seus braços se moveram ao redor dela, puxando-a para mais perto dele.

E foi então que percebeu que as coisas iam ficar bem.