Maldição - Parte 1

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JUNHO DE 1996

Ele não tinha certeza de quanto tempo estava se movendo para frente e para trás, embora ocasionalmente olhasse para o relógio na parede. Ele não teve qualquer notícia. Sua marca não tinha queimado nenhuma vez, então isso era um bom sinal, pelo menos.

Ele temia mais pelas crianças. Eles não estavam preparados para entrar em batalha com alguns dos mais temíveis Comensais da Morte. Esta escola não os treinou adequadamente para esse tipo de luta.

Dando uma longa olhada na lareira novamente, ele finalmente parou seus movimentos e se deixou cair no sofá, fazendo um pequeno som quando seu corpo colidiu com o material macio.

Ele moveu a mão ao redor do cabelo, massageando o couro cabeludo no processo.

Se o menino tivesse causado a morte de outros alunos, ele mesmo o mataria...

Enquanto ele deixava os pensamentos correrem soltos em seu cérebro, uma pequena faísca ganhou vida na lareira, chamando sua atenção por um instante. Ele se levantou do sofá para cruzar a distância em alguns passos.

"Severus?" Uma pequena voz veio das brasas, mas um rosto não apareceu.

"Eu estou aqui, Madame Pomfrey. Você tem alguma notícia?" Ele tentou parecer sem emoção.

"Sim, eles estão de volta, Severus, mas preciso de sua ajuda agora. Um dos alunos foi atingido por uma maldição das trevas."

Ele ouviu a preocupação em sua voz. Para ela o estar chamando, o aluno devia estar à beira da morte. Ela era a medibruxa mais habilidosa que ele já conheceu.

"Afaste-se, por favor, para que eu possa entrar", ele respondeu e respirou fundo. Agora ele precisava se concentrar em salvar uma vida ao invés de tirar uma.

Ele entrou na lareira e seu corpo foi sugado pela chaminé. Em um instante, ele estava no escritório da ala hospitalar. Pomfrey estava esperando por ele. Os olhos da mulher estavam vermelhos e olheiras sob eles. Suas mãos estavam segurando o pequeno avental que ela usava.

Ela caminhou até ele e tirou o pó de suas vestes com as mãos. Esta mulher o tratou como se ele ainda fosse um menino de quem ela deveria cuidar. Ele só admitiria para si mesmo que foi tocado por seus cuidados.

"Venha comigo, Severus. Ela estava inconsciente quando chegou."

Ele seguiu seus passos rápidos. Mais perguntas surgiram em sua mente com a breve explicação dela. Quando ele cruzou a ala hospitalar, ele avistou o garoto Weasley, que tinha algumas marcas de queimadura na pele. Sua irmã estava sentada com ele, preocupação em seu rosto. Longbottom tinha um galo sangrando na cabeça e Lovegood tinha alguns cortes. Potter não estava em lugar nenhum, então provavelmente estava com Albus.

Se Potter tivesse morrido, o Lord das Trevas já o teria convocado.

Mas faltava alguém nesse grupo. Seu estômago afundou. De todas as pessoas... Pomfrey lentamente abriu a cortina e revelou que ele estava certo.

Eles se aproximaram da cama e Pomfrey fechou a cortina para dar privacidade a ela. A garota parecia pálida, mas relaxada.

"Sintomas?" As bruxas mais espertas sempre foram as que sofreram. Ela é quem sempre paga o preço pela estupidez do Potter.

"Ela não reage ao estímulo e seus músculos indicam perda de força, mas por enquanto, ela respira normalmente."

"Você sabe quem fez isso?" Ele puxou sua varinha para examiná-la ele mesmo, checando seus sinais vitais com pequenos pulsos de magia.

When All Is Lost One Is Found by Rinoaebastel - TraduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora