Prólogo: Outro ano em Hogwarts

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Primeiramente, mais uma? Sim, mais uma kkkk Snamione é Vida!

Segundo: Essa é uma fanfic enooorme. Sério, são mais de 140 capítulos.
Quem gosta de histórias longas tem uma razão a mais para comemorar.

Terceiro: As coisas acontecerão mais lentas do que qualquer outra fic que eu já tenha postado aqui.
Leeeeentas mesmo, viu?
Então, não se preocupem, Snamione vai acontecer.

Quarto: História no ponto de vista do Severus, então estejam preparados.

Quinto: Um grande abraço na Rinoaebastel por me permitir traduzir essa história incrível. Vocês podem encontrar a versão original na minha lista de leituras/indicações.

Agora, espero que vocês gostem, votem e comentem bastante.

Beijos

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SETEMBRO DE 1975

O barulho do trem se repetiu com um ritmo familiar enquanto ele tentava encontrar a garota que estava procurando. Ele não foi capaz de encontrá-la na plataforma. Estava lotado de famílias felizes que vieram se despedir de seus filhos. Às vezes, ele os invejava porque sua família era o oposto.

Ele tinha que vir para a estação sozinho todos os anos, exceto no primeiro. Sua mãe ousou acompanhá-lo naquele primeiro ano e sofreu as consequências nas mãos de seu pai nojento.

Ele temia voltar para casa todos os anos. Tendo que abandonar a relativa paz de Hogwarts por uma casa cheia de gritos, dor e os sons de seu pai batendo em sua mãe.

O cheiro de álcool no hálito de seu pai trouxa atingiu seu nariz junto com as memórias, e seu estômago se contraiu por um momento. Ele estava grato porque o ano tinha acabado de começar e logo ele não precisaria mais dos pais. Ele estaria livre. Ele teria sua própria casa, um emprego e um manto novo. Talvez ele também tivesse uma capa. Ele sempre amou como eles se moviam com o usuário. Seu pai nunca gastaria dinheiro com roupas quando o álcool era muito mais do seu agrado.

Um arrepio percorreu sua espinha e ele tentou remover a imagem de seu pai alcoólatra de sua mente.

Agora ele tinha Lily.

Ele não estava mais sozinho.

Ele ainda achava um milagre poder conhecer uma garota tão maravilhosa que o entendia. Eles eram vizinhos e compartilhavam a habilidade de fazer magia. Isso os uniu quando suas famílias os rejeitaram. Ela era a única companhia que ele procuraria. Ele não conseguiu sair e vê-la durante as férias de verão, então ele sentiu sua falta.

Caminhando pelo estreito corredor do trem, ele olhou nos diferentes compartimentos. Ele viu alguns de seus companheiros sonserinos, mas não reconheceu muitas pessoas. Não era surpreendente, considerando que ele sempre preferiu a companhia de um livro.

Depois de olhar em várias cabines, e receber alguns olhares estranhos das pessoas nelas, ele finalmente viu uma garota com longos cabelos ruivos quase no final da carreta. Quando o rosto dela virou para o lado, ele pôde ver o quanto ela havia mudado e o quão bonita ela ficou.

Embora ele a visse de onde estava, ela ainda não o notara. Um sorriso se espalhou em seu rosto. Talvez ele pudesse surpreendê-la. Talvez ela também tivesse sentido saudades dele...

Ele ergueu a mão com a intenção de bater na janela, mas percebeu que algumas garotas da Grifinória estavam olhando para ele de dentro. Seu sorriso desapareceu.

Ele conhecia aquele olhar. Zombaria, presunção, ódio, nojo.

Então os sussurros começaram e sempre que muitas vezes eles atiravam sorrisos para ele, como se fossem cúmplices de algo que só traria tristeza para ele. Lily olhou para a janela e, com um gesto muito educado, o reconheceu inclinando a cabeça.

Ele só podia se curvar para trás e remover sua presença da janela enquanto recuperava a compostura. Ele ficou desapontado, mas esperaria para ver se ela se sentava para cumprimentá-lo adequadamente.

"Sério, Lily, como você aguenta a presença dele? A maneira como ele olha para você o tempo todo é tão assustadora." Ele ouviu a voz abafada de dentro e fechou os olhos enquanto se abstinha de socar a parede.

"Sim! E não se esqueça daquela cara feia dele. Isso me faz querer vomitar." Sua carranca escureceu quando outra garota apontou a realidade cruel de sua aparência.

"Você deve ter cuidado com aquele perseguidor Sonserino."

Rangendo os dentes, ele se afastou da parede do compartimento e foi embora, não querendo ouvir mais.

Perseguidor? Ele só queria compartilhar um pequeno momento com sua amiga. Essas meninas eram simplesmente insuportáveis ​​e adoravam zombar dele.

Todos os anos, isso acontecia de uma forma ou de outra.

O que havia de errado em querer passar mais tempo com sua amiga? Se fosse qualquer um além dele, nada haveria de errado com isso, mas ele era uma vergonha aos olhos de todos. Não importa quantas vezes ele ouviu as zombarias, os insultos, ou viu os olhares odiosos dirigidos a ele, ele nunca se acostumou com isso. Ser abusado nunca foi algo a que alguém se acostumava. Ele desejou poder amaldiçoá-los por cada pedaço de dor que sentia.

Ele encontrou um compartimento vazio e entrou, fechando a porta com força suficiente para ouvir a vibração da porta e da janela por alguns segundos depois.

Ele afundou no assento e olhou pela janela para as paisagens verdes. Mesmo se ele estivesse indo para outra forma de tortura, pelo menos em Hogwarts ele poderia usar magia e aprender.

Ele mal podia esperar por isso.

When All Is Lost One Is Found by Rinoaebastel - TraduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora