A Visita

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 AGOSTO DE 1996


Agosto. O calor do sol era brutal e o vento inexistente. Sua camisa branca estava grudada em seu torso e seu cabelo estava grudando em seu rosto com o suor. Não importa quantos feitiços refrescantes ele colocasse em volta da casa, os raios ardentes do sol sempre a transformavam em um inferno. Ele mal podia esperar para voltar a Hogwarts em uma semana. Mesmo que ele tivesse que ir a reuniões chatas sobre as aulas do próximo semestre, pelo menos o castelo estava mais frio.

Ele precisava de outro banho.

"Severus."

Ele olhou para a entrada da sala. O Lorde das Trevas estava lá.

"Meu Senhor." Ele se curvou. "A que devo o prazer da sua presença em minha casa?"

O Lorde das Trevas se moveu, estudando seus arredores enquanto andava. Ele parou para acariciar algumas capas dos livros de Arte das Trevas nas prateleiras.

"Você e eu somos tão parecidos. Nós até compartilhamos um pai trouxa nojento." O homem sibilou e baixou a mão. Ele se virou para ele. "Vim aqui para informá-lo de sua tarefa. Aquela da qual falamos em julho. É uma das coisas mais importantes que realizaremos. Se o menino tem capacidade para isso, muito bem, mas, se não, Severus, acredito que você saberá o que fazer."

Severus olhou para ele e acenou com a cabeça. "Eu não vou falhar com você, meu senhor."

"Veremos, Severus." O Lord das Trevas sorriu para ele, mas seus olhos ainda eram cruéis. "Draco vai nos ajudar a atacar Hogwarts e vai matar Alvo Dumbledore."

"Meu Senhor?" Isso era uma loucura. Mesmo que ele não estivesse do lado de Dumbledore, ele achava uma tolice confiar algo assim a Draco. Ele não sabia exatamente qual processo de pensamento o Lorde das Trevas estava usando, mas era um pobre. Fazia sentido que ele não confiasse no menino, pelo menos.

"Você vai ajudá-lo. Sua posição em Hogwarts é valiosa e vantajosa. É por isso que você vai garantir que este plano não falhe."

Ele se certificou de que seus ombros não ficassem tensos com o pensamento do que iria acontecer. Se isso fosse bem-sucedido, se eles conseguissem se livrar de Albus... Ele teria estremecido com o pensamento se o Lorde das Trevas não estivesse olhando para ele.

"Meu Senhor, se eu tiver que cuidar do assunto, meu disfarce será descoberto. Não serei mais útil para você como espião."

"Talvez não como um espião, mas você tem muitos usos. Você se vende baixo, modesto como sempre, Severus. Se Dumbledore cair, você colocará Hogwarts no controle. Você é um mago habilidoso, Severus. "

Aparentemente, o Lorde das Trevas já tinha sua vida planejada e ele só podia concordar. Em certa época, esse elogio o teria emocionado. "Sinto-me honrado por ser valioso de várias maneiras, meu senhor."

Sua voz baixou em um tom ameaçador. "Se você falhar, você vai pagar junto com Draco. Tenha isso em mente."

"Claro, mestre." Ele se curvou, aceitando seu destino.

"Oh, e sabendo que você precisará de alguma ajuda lá, eu darei a você Rabicho como recompensa por suas informações com Bones."

"Não há necessidade, meu senhor," ele respondeu suavemente, não querendo um espião covarde em sua casa. Ele sabia que ainda estava sendo testado. "Tenho que voltar para Hogwarts logo, e este mês tenho muitas reuniões antes do início das aulas."

"Então ele virá pelo menos até você começar seu trabalho, Severus. Ele será seu servo." A maneira como ele falou não deixou espaço para discussão.

"Então você tem minha gratidão, meu senhor."

Ele tinha que obedecer. Isso significava noites sem dormir e nenhum relaxamento. Ele teria que estar em guarda o tempo todo.

"Nós temos algumas outras informações sobre um de seus alunos, Severus. A amiga sangue-ruim de Potter. Estou me perguntando se devemos nos livrar dela."

Não. Merlin, ela de novo não.

"Seria benéfico? Talvez isso só tornasse a cruzada de Potter contra você mais brutal." Ele respondeu suavemente, tentando remover a ideia. "Você daria a eles algo para se unir."

"É possível," ele disse como se refletisse sobre o que ele disse. "Mas, chegou ao meu conhecimento que ela está sozinha agora. Aparentemente, ela não está ficando com seus amigos e a ordem não a está protegendo. Se ela não fosse uma sangue-ruim, valeria a pena tentar recrutá-la."

Ele quase vomitou ali mesmo. Não só com a ideia de ela ser um deles, mas também com o quão irresponsável ela estava sendo. Ela sabia como era arriscado ficar sozinha hoje em dia com tudo que está acontecendo, especialmente considerando seus laços próximos com Potter. Isso teria que ser consertado.

"Talvez seja uma armadilha da qual não estou ciente, meu senhor. É improvável que a ordem desista de observá-la considerando seus laços. Ela não é sangue puro, mas por mais que me enoja dizer isso, ela não é uma idiota como os outros sangues-ruins. Ela não é estúpida o suficiente para se expor de repente, quando era extremamente cuidadosa antes."

O Lorde das Trevas fez um zumbido baixo. "Veja, outra razão pela qual você é valioso, Severus. De fato, parece suspeito. Não vamos arriscar. Afinal, ela morrerá mais cedo ou mais tarde. Quando terminarmos, nenhum sangue-ruim estará respirando."

Ele ficou aliviado que o Lorde das Trevas era astuto e não impulsivo.

"Eu irei agora. Mandarei Rabicho em breve e entrarei em contato com você conforme nossa missão progredir."

"Eu estarei esperando, meu senhor."

"E lembre-se, seja discreto. Esta operação não deve ser descoberta, nem mesmo por seus companheiros Comensais da Morte."

"Como você manda."

Voldemort olhou para ele e acenou com a cabeça antes de desaparecer.

When All Is Lost One Is Found by Rinoaebastel - TraduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora