Número 34

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L O G A N   C A M E R O N 
A Final

O apito dizia que o jogo tinha acabado.

Eu me joguei no chão e escondi meu rosto nas mãos, desacreditado. 

Eu estava chorando, e isso não era problema nenhum. Apesar de meu corpo está pegando fogo e minha camisa molhada de suor, eu chorava. Porque com toda certeza aquela vitória ia marcar a minha vida eternamente e eu não seria esquecido mesmo sendo tão jovem. A arquibancada gritava, comemorando. Senti alguém se jogar ao meu lado, me abraçando. 

Levantei um pouco o rosto, vendo Nath me abraçar pelos ombros. Não demorou muito até Nick e John se aproximar e todos estarmos abraçados no meio do campo de lacrosse. Josh, Hugo e Joshua foram chegando depois, e mais os outros que estavam no banco de reserva.

Tínhamos ganhado as temporadas e o troféu era nosso. Levaríamos aquele troféu de ouro pra casa e ele seria adicionado na estante da Universidade. Eu não conseguia ainda processar o que acabou de acontecer. Não conseguia pensar que caso Nathan não tivesse passado a bola pra mim, e eu passado pelo goleiro e jogado ela no gol, teríamos perdido.

Foi por um minuto. Um único minuto e tudo mudou.

Eu finalmente me levanto do gramado, junto com meus melhores amigos, nós damos mais um abraço coletivo. Não vi Christopher chegar, mas ele entrou no meio do abraço também, me dando um olhar cheio de significado. Eu podia não ter um pai muito presente na minha vida, mas o meu treinador está orgulhoso de mim. Nada é melhor que isso.

— No três? — Como sempre, é Nathan que fazer a pergunta. 

— Um... — Nick começa.

— Dois... — John olha pra mim e pisca.

— Três! — Exclamo, animado.

— Vai, Rebeldes! — Gritamos. Só que dessa vez a arquibancada grita junto com a gente, fazendo o barulho ecoar por todos os lados. É a sensação que você jamais esquece.

Nós entramos nos vestiários pra dar uma respirada e trocar de roupa antes da comemoração e pra segurar em mãos o troféu. Meu corpo está tremendo pelo esforço físico, e não consigo nem me sentar no banco direito. 

— Caramba! Nós ganhamos, mano. Tem noção disso? — Josh pergunta. Eu sorrio pra ele, também ainda sem acreditar. Isso só pode ser um sonho. 

Eles começam uma conversa enquanto eu entro no chuveiro, fico lá por uns três minutos, com a água fria mesmo. Finalmente quando saio, vejo Nathan e Nick tentando arrombar meu armário onde deixei meu celular e minhas coisas.  Franzo a testa, querendo saber o que eles querem.

— Vocês não estão cansados? Eu sinto que fui triturado. — Falo com eles, apontando pra as duas lesões que tenho na barriga e outra no peito. Está meio esverdeado, o que significa que em pouco minutos vai ficar um belo roxo.

— Seu celular tá tocando faz um tempão! — Nath diz, exagerado. Eu só passei alguns minutos no banheiro, não uma hora. Reviro os olhos, colocando a senha no cadeado e abrindo. Meu celular realmente está tocando e ao verificar, abro um sorriso.

— É a Ally. — Informo. É uma chamada de vídeo, mas não sou doido de deixar ela ver todos os meus colegas de time de toalha. 

Ela já ficou com todos eles dentro de um quarto, viu o Jonathan de cueca, te viu de toalha e ainda está achando que isso vai ficar estranho? 

— Atende logo, velhote. — John reclama. Ele cruza os braços, já irritado pela demora. 

Aperto em atender e a cara da Allyson surge, com um sorriso enorme no rosto. Ficamos todos calados, esperando o que ela vai dizer.

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