Número 50

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Nova York

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Nova York.  15:21

— E esse? 

— Uma merda, tira isso da minha frente. 

Nicholas e Nathan estavam discutindo. E não era pelo controle da televisão ou pelo jogo de hoje, não, não. Era algo pior. Nós estávamos ajudando Nick a escolher o terno pra o casamento dele, deixar alugado meses antes do casamento. Eu não fazia ideia que precisava ser assim.

Dessa vez eu não participava de nada, só estava observando.

— Com licença, é... o que decidiram? — A mulher que estava ajudando com certeza já planejava fugir no primeiro momento que a gente se distraísse.

— Ainda não decidimos nada, precisamos de mais ternos. — Nath declarou. 

Ela olhou pra o estoque de ternos já virando uma montanha em cima da cadeira. Depois olhou pra mim, como se eu pudesse ter alguma palavra.

— Eu não mando em nada aqui. — Expliquei. A mulher respirou fundo, fingindo um sorriso e deu meia volta indo buscar mais. 

Quando ela saiu da cabine, soltei o fôlego. Era exaustivo ficar sorrindo e sendo gentil com cada pessoa que passasse. Nick e Nath começaram mais uma discussão. E ainda eram três da tarde.

— Pra mim está claro que esse é perfeito. Tá ótimo! — Nathan falou certa de uma hora depois. E agradeci muito ao criador da Terra por isso, a mulher também, pois ela sorriu alegre.

Nicholas usava um terno preto, com lapelas e um pouco justo no corpo, deixava o cabelo loiro dele bem focado. Mas aquele não era um simples terno preto, Nath tinha escolhido um dos mais caros da loja. Impressionante.

— Quanto custa? — Nicholas perguntou, animado por também ter gostado. 

— Quinhentos e vinte dólares. — A mulher respondeu imediatamente. 

Só Nathan estava sorrindo satisfeito.

— Vamos comprar esse mesmo. — O loiro número dois falou. 

Nicholas tropeçou na cadeira, caindo sentado no chão. 

Eu comecei a rir feito um idiota. 

— É um bom momento pra dizer que, como padrinho favorito do noivo, eu vou pagar o terno. — Ele disse, olhando pra mim num desafio. Esse loiro maldito.

 — Não se esqueça que você dorme no mesmo quarto que eu, Nath. — Passei o dedo pelo pescoço, num sinal que mataria ele depois. 

— Se não pensou em nada, problema seu. — Ele levantou Nico do chão, tirando o terno e guardando outra vez na caixa. Entregou a mulher, acompanhando ela até o caixa.

Eu ia matar meu melhor amigo.

Encarei Nicholas, que ainda não acreditava no que tinha acontecido.

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