Número 54

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Nova York

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Nova York.  04:45

Eu não conseguia dormir. Me revirava na cama, pensando em tudo do dia anterior. Decidi me levantar, abrindo a porta do meu quarto bem devagar e indo até a cozinha beber água.

Com as minhas pantufas em forma de alface nos pés, ajudava a não fazer muito barulho. Eu sei, sou estranha, ninguém normal usa uma pantufa de alface.

Continuo caminhando, chego ali e tomo um susto ao encontrar Athena no banco da ilha, parecendo que dormiu.

— Amiga? — Chamei. Athena levantou a cabeça no susto, fungando e enxugando as lágrimas que escorriam pelo rosto. 

Apressei os passos e cheguei até ela, colocando minha mão em suas costas, a olhava preocupada. Athena sempre estava sorrindo ou empolgada grande parte do tempo, quase nunca assumia está triste e sentindo dor. Ajeitei o cacho atrás de sua orelha.

— O que foi, Athe? Me conta. — Pedi, observando sua expressão. 

Ela continuou calada, mas se ergueu e começou a chorar de novo abraçada comigo.

Eu esperei, não iria forçar a contar nada que ela não quisesse. Alisava suas costas e passava a mão em seu cabelo todo bagunçado. Não fazia ideia do que tinha acontecido.

— O Josh... — Athena começou, mas soltou um soluço. Muitas coisas tomaram minha mente, pensando até que o meu antigo amigo da faculdade poderia ter sofrido um acidente.

— Vou pegar um copo de água e alguns biscoitos. — Falei, me afastando dela devagar. Passei pela ilha e fui em passos largos até o filtro da geladeira, pegando a água. Entreguei a minha amiga, em seguida peguei os biscoitos do armário e coloquei em um prato.

— Eu estou perdida, Allyson. — Ela diz. Me aproximo novamente, sentando no banco em sua frente. A jornalista fica encarando o prato, fazendo uma careta.

— Vai querer me contar o que houve? — Questionei. Segurei na mão dela, lhe dando apoio.

Athena ia se preparar para falar quando Jessie surgiu na cozinha.

— O que estamos fazendo acordadas mesmo? — Perguntou, ainda coçando os olhos. 

— Eu estava com sede, mas aí vi a Athe aqui e decidi vim ver o que aconteceu. — Expliquei. A minha outra amiga franziu o cenho e caminhou até nós no balcão.

— Está tudo bem? — Ela encarou Athena. 

A garota começou a chorar de novo. 

Ela parecia mesmo muito confusa com o que tinha acontecido, mesmo que eu nem soubesse do que se tratava. Apertei sua mão mais forte, querendo mostrar que ainda estava ali. Jessie fez o mesmo, de pé ela colocou a cabeça de Athena em seu peito, confortando-a.

Ficamos por alguns minutos esperando, consolando.

— Vocês tem que prometer que não vão surtar ou me julgar. — Começou finalmente a contar. Olhei pra Jessie de relance, confirmando que era algo bastante sério vindo por aí.

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