O capítulo extra 2

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N I C H O L A S    L O U I S

O lugar que eu menos esperava estar num sábado a noite era aqui.

Minha namorada, a ruiva mais incrível desse mundo, tinha conseguido um emprego em uma das galerias da nossa cidade, não somente isso, dois quadros dela tinham sido vendidos. Era um começo de algo grande pela frente.

Eu tinha ajudado ela a fazer a publicidade, e claramente acompanhei quando foi vender aos quadros aos investidores. Ajudamos um ao outro nisso.

Estava preparado até pra fazer compras no shopping, mas ela novamente me pegou de surpresa. Morgan decidiu me trazer pra um karaokê bar e assinou nosso nome na lista de cantores da noite.

Eu juro que nunca mais deixo ela escolher de novo.

Quem eu quero enganar? É claro que vou deixar. Só é ela fazer aquela cara assustadora e mortífera que eu aceito até pular de paraquedas. E olhe que eu não gosto muito de alturas.

— Vai ser incrível, loirinho! — Ela gritou no meu ouvido, pois dois caras estavam no palco cantando uma música de rock muito barulhenta.

— Eu não duvido! — Gritei pra ela. E não duvidava mesmo.

Quando a nossa vez chegou, eu confesso que fiquei até nervoso. Afinal, cantar na frente de um bar lotado de gente estranha e passar a maior vergonha da minha vida não acontecia todo dia.

A música começou e a escolhida era Bad Reputation do Shawn Mendes. E não, não fui eu que escolhi. As músicas são sorteadas e não quero saber porque escolheram logo essa pra nos dois cantarmos.

— She got a bad reputation. She takes the long way home. And all of my friends seen her naked! — Começamos a cantar juntos.

Não. Não éramos bons. Com certeza foi a pior vergonha que já passei. Minha voz é péssima e a de Morgan nem se fala, deve ser três vezes pior. Mas... eu nunca dei tanta risada igual a hoje. Ri muito, muito mesmo quando acabou.

— Isso merece um brinde! — Ela berrou outra vez. Me agarrou pela mão e me afastou no pequeno palco do local, indo diretamente pra o bar.

Pedimos dois copos de coquetel de morango e de maracujá. Eu estava dirigindo e não era uma boa ideia beber nem tão cedo. Batemos nossos copos em um brinde, ao amor e ao sucesso. Eu sorria como um bobo.

— Mor!? — Chamei ela. A ruiva olhou pra mim curiosa. Meu coração estava ainda acelerado por tudo que já tínhamos feito.

— O quê? — Ela perguntou, ainda sem consegui ouvir direito.

— Eu te amo. — Gritei o mais alto que pude. Era a primeira vez que dizia algo assim pra ela. Morgan colocou a mão sobre o peito, surpresa.

— Não! — Ela respondeu.

Franzi o rosto, sem entender nada.

— Não o quê? — Perguntei. Acho que ela não tinha escutado.

— Eu queria dizer isso primeiro! — Gritou pra mim. Revirei os olhos enquanto dava risada.

— Vamos fazer a cena de novo então. — Falei perto do ouvido dela. Morgan colocou os braços em volta do meu pescoço, também muito próximo de mim.

— Eu te amo, loiro! — Disse, deixando um beijo na minha bochecha em seguida. Cruzei os braços em volta da cintura dela.

— E eu te amo, ruivinha. — Respondi a garota. Beijando seus lábios.

E bem ali, num karaokê barulhento e bagunçado foi onde confessamos. Mas o lugar pouco importava, eu estava com ela em meus braços, sorrindo e me beijando, nada melhor do que isso.

Queria viver muito tempo ainda ao lado dela.

🚀

Esse casal me chama de solteira em três mil línguas diferentes.

Quem ia querer ter um Nicholas?

beijos e abraços!

M&N

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