O Epílogo

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Um ano e meio depois 

A L L Y S O N   S A N D E R S O N 

— Estou morrendo de fome! — Jessie exclamou. Eu me afundei ainda mais no sofá, com minha barriga roncando. 

Era sábado e eu parecia que morreria de fome. Todas as pizzarias da cidade estão fechadas por conta da neve e não tem quase nenhuma comida aqui em casa. O inverno tinha chegado, e apesar da neve está mais fraca, ainda tinha um monte na estrada, impedindo o transporte. Jessie não queria colocar um pé pra fora de casa, enquanto Athena andava de um lado pra onde no apartamento, procurando algo.

— Vocês viram o meu salto? — Ela perguntou, colocando as mãos na cintura e parando na minha frente. Com certeza minha amiga tinha ficado doida de sair lá fora com um salto alto, ainda cheio de neve e um frio terrível. 

— Athe, coloca um tênis preto e dourado, fica bem melhor e combina com o vestido cinza. — Jessie responde, levantando do sofá e indo pra cozinha. Ela já abriu a geladeira cinco vezes.

— Deve ser que sim. Mas Josh disse que está usando botas cor de mostarda. Vou colocar um All Star branco. — Athena fala pra alguém. Nem eu nem Jessie nos importamos agora, minha barriga ronca de fome enquanto Thena está se arrumando pra um encontro. 

— Você está ótima. — Eu digo, mostrando um sorriso. Queria mesmo era um prato com macarronada, carne moída, muito molho e uma salada. Isso com certeza é melhor do que qualquer namorado ou qualquer encontro. 

Ela sorri pra mim de volta, recua e caminha novamente pra o armário de sapatos dela no quarto. Suspiro cansada, olhando pra Jessie que fecha a porta da geladeira muito revoltada. É como se magicamente alguma comida fosse aparecer ali. 

— Sabe, eu sempre me questionei o motivo de não sermos vegetarianas. A maiorias das nutricionistas da nossa faculdade eram veganas ou vegetarianas. Enquanto a gente come um hambúrguer de carne dupla no dia da besteira. — Quando Jessie está com fome, ela fica irritante e fala o tempo todo. Reclama, faz bico e fica suspirando a cada dez segundos como se estivesse morrendo. 

— Somos humanas, é por isso. — Brinco, tentando aliviar o clima. 

Ela ri também, mas logo  graça acaba e solta outro suspiro cansado. Eu estou mesmo pensando em sair por aí e entrar em qualquer lanchonete desconhecida aberta. A minha fome nesse momento é capaz de me fazer escalar uma montanha em troca de comida. É muita. 

— E agora, como estou? — Athena surge na sala outra vez, desfilando e jogando o cabelo por todo lado. Ela é uma sortuda, o namorado veio vê-la e vai levar pra cidade de Carolina outra vez, num restaurante novo que tem por lá 

Enquanto o meu...

— Maravilhosa, Athena. Só faça o favor de passar em uma cafeteria e comprar algo pro café da manhã. É só isso que peço. —  Jessie diz, deitando ali mesmo no chão da sala e olhando pro teto. Eu estralo a língua, sabendo de novo que ela sempre faz isso. 

— Vou fazer, contanto que me lembrem. Mande uma mensagem antes das nove. — Ela pede, indo até mim e beijando meu rosto. Nem tirei o pijama ainda, desde de manhã. E já são seis da noite, só fiz tomar banho e colocar a mesma roupa outra vez. 

Thena vai até Jessie e faz o mesmo, mas a garota resmunga, chateada por nossa amiga está nos abandonando pra sair da cidade, e ainda com fome. Realmente é uma ação de fé. Acredita que não nos mataremos aqui essa noite. 

A campainha do apartamento toca e Athena corre pra atender a porta. Ela olha pelo olho mágico e dá um gritinho de alegria. Assim que abre a porta ela pula nos braços de Josh e o envolve num abraço super apertado. Eu acharia isso a coisa mais fofa se não estivesse mal humorada pela fome que estou sentindo. 

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