Capítulo extra

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Logan Cameron

Dez anos depois.

Parando meu carro em frente de casa, agradeci aos céus por ter chegado bem. A neve estava muito forte e achei que fosse me atrasar pra o jantar.

Eu tinha me tornado treinador de jovens jogadores de lacrosse. Ainda amava o esporte e não neguei a oportunidade de passar meu conhecimento.

Com meus quarenta anos, não podia mais jogar, e se tornar treinador foi o jeito que encontrei de continuar conectado com o que amava.

O quintal estava vazio, indicando que todo mundo estava dentro de casa. Saí do carro e fui rapidamente em busca de lareira. Precisava me esquentar.

Assim que abri a porta e tranquei, me deparei com uma cena que amava ainda mais do que o lacrosse.

Allyson estava brincando com nossos filhos, como sempre fazia antes do jantar ficar pronto. Dessa vez, a brincadeira era de mímica. Minha esposa pulava de um lado pra outro, imitando algum animal. Acho que era um sapo.

— É um canguru! — Sebastian gritou a resposta. Ele era o mais velho e tinha oito anos, o cabelo preto e olhos castanhos, todos dizem que o garoto foi a minha cópia.

— É um coelhinho! Olha as orelhinhas! — Oliver respondeu, imitando as orelhas que Allyson tentava fazer. Essa daí era a cópia da minha esposa, o cabelo castanho mais claro, olhos pequenos e o sorriso igual. Seis anos de pura genialidade.

— Deixa o Austin responder, Oli. — Sebastian cutucou a irmã, avisando.

Austin, meu filho mais novo com apenas seus três anos, levantou a cabeça do desenho que estava fazendo e me viu. Levantou seus braços e me chamou. Eu sorri largamente. Ele tinha meus olhos e a cor do cabelo de Ally.

— Eu cheguei! — Declarei. Meus três filhos gritaram e correram na minha direção.

Me agachei, abraçando os três ao mesmo tempo. Oliver deu um beijo quentinho na minha bochecha, sorrindo tão linda. Sebastian bagunçou meu cabelo como um cumprimento oficial dos jogadores e Austin se agarrou no meu pescoço me fazendo carregá-lo.

Com ele no colo, caminhei até minha esposa e dei um beijo nela. Eu realmente não mereço uma mulher tão linda e com o sorriso tão perfeito.

— Pelo divino carbono, você está gelado, Log. Vem, senta aqui perto do fogo. — Ally logo notou. Me sentei ao seu lado no sofá perto da lareira que tanto sonhei. Suspirei aliviado.

— Como foi treino? Acha que vão vencer as temporadas? — Sebastian perguntou, sentando no tapete da sala.

— Eu não acho, tenho certeza que vão! Os meninos são incríveis jogando. Um dia será você. — Disse a ele. O que eu podia fazer se meu filho queria ser jogador também? Apenas apoiar o sonho dele.

Se Sebastian falasse que queria ser plantador de batata, eu compraria uma fazenda e ficaria orgulho pela plantação de batatas dele. Queria ser o pai presente que o meu próprio pai não foi. Queria mostrar que o amava.

— Papai, nós fizemos bolo de cenoura hoje! Está delicioso. — Oliver contou, já se sentando no colo da mãe.

— É mesmo?! Minha barriga já está roncado, preciso me alimentar. — Fingi que iria desmaiar e eles deram risada.

— Saudade, papai. — Austin diz, ainda se embolando nas palavras.

— Também senti muita saudade. Parece que faz anos que não vejo vocês. — Brinquei, sabendo que eu só tinha ficado fora por cinco horas.

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