A Torre

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P.O.V PEDRO

       Estou surpreso por ela ter caído no truque mais antigo do mundo, a fiz beber algumas taças enquanto eu apenas fingia bebericar a minha. Estava pronto para fazê-la falar, sondar sobre o Diego e compreender sua ligação com ele, porém, minha mãe ligou para contar que havia encontrado um pacote de drogas no quarto dele. Respondi em sueco, para que a Katy não compreendesse nada, e a mandei não contar para os investigadores, eu resolveria aquilo.

Sei que é bem mais fácil alguém ser morto por dever a traficantes, do que por uma mulher... por mais fatal que ela pareça ser. Mesmo não tendo muita lógica o Diego dever para traficantes, ele era médico, ganhava dez vezes mais que eu na polícia.

Absorvo minhas novas pistas, a probabilidade dela ser a assassina é baixa, e mais do que isso, eu quero acreditar que não foi ela. O que é bem fácil de fazer seu ignorar seus olhos sombrios e focar apenas na pose de boa menina que ela faz ao bater os cílios perguntando se melhorará ao sentar no meu colo.

Digo que vai piorar. E não estou falando apenas da minha excitação que se recusa a dissipar mesmo quando eu a ignoro para pensar nas pistas, mas também da tênue linha entre investigador e investigado.

E é o que está acontecendo agora que sinto o seu grande traseiro redondo pressionar a minha virilha. Ela pode me dar um tiro neste momento e eu ainda assim não reclamarei, vai ver foi isso que aconteceu com o Diego também.

Levo a colher aos lábios dela outra vez, e ela abre a boca me olhando nos olhos, desejo que essa cena possa se repetir outra vez, mas com ela de joelhos, me dando esse mesmo olhar enquanto meu pau bate no fundo de sua garganta.

Ela levou o polegar até o canto da boca para limpar um pouco de chocolate que a sujara, então lambeu a ponta do dedo.

— Está tentando me seduzir, senhor Willmann? - Sua voz soa pesada, a leve embriaguez deve estar no auge.

— Foi você quem se arrastou para o meu colo, Katy.

— Não estou tentando te seduzir. - Ela balança a cabeça fazendo um biquinho. — Você saberia se eu estivesse.

— Acho que não, você me confunde. - Digo com sinceridade, se isso não é um flerte, então o que é?

— Isso é bom. - Diz ela com os olhos escuros perdendo o foco por um instante. — O que vamos fazer depois do jantar? - Pergunta se ajeitando melhor sobre meu colo e eu prendo a respiração para não focar demais em como ela se esfrega sobre minha virilha.

— Dar uma volta. - Pisco para ela, e ela apenas arqueia as sobrancelhas escuras.

Me lembro repentinamente da Jesy dizer que odiava ruivas, por causa de uma garota chamada Phoebe que fez da sua infância um inferno. Ela sempre falava ''não confie em ruivas, o cabelo cor de fogo é um sinal de que o diabo mora dentro delas''. Sempre achei engraçada a sua cisma, porque mesmo sendo morena ela também não era boa pessoa. Será que isso se aplica a está ruiva de farmácia também?

Cerca de dez minutos depois estamos subindo as escadas laterais do restaurante, que levam para as tendas no terraço, faço ela caminhar na minha frente assim posso acompanhar o movimento de sua bunda.

Chegamos no espaço destinado as práticas de nudismo e consequentemente alguns exibicionistas. Há três enormes tendas de tecido brancas espalhadas pelo terraço, iluminadas por uma luz parcialmente azulada, a piscina com borda infinita a esquerda está com os aquecedores ligados pois há uma fina camada de neblina subindo da água. Conto mais de vinte pessoas, quando chego em um monte agrupado no que parece ser uma orgia sobre uma das tendas eu estipulo que tenham muitos mais.

Anjo Negro [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora