Minha Monalisa

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POV PEDRO

Pensei que tudo se tratava de sexo, bastaria eu gozar parar acabar com a irritante atração que sentia pela senhorita Alyson e assim poderia focar melhor em desvendar sua ligação com meu irmão. Mas na realidade, o desejo não foi embora depois da primeira vez, ele aumentou, olho para ela e me pego imaginando de que forma poderei levá-la à loucura no minuto seguinte, e mais do que isso, quero descobrir quem é ela, do que ela gosta, o que ela faz, no que ela está pensando... e isso não tem nada a ver com a investigação sobre o assassinato do Diego, tem a ver com conhecer verdadeiramente essa intrigante mulher.

Coloco nossos pratos na lava-louças, enquanto ela desembaraça o cabelo com uma escova que lhe emprestei, escuto seus palavrões sussurrados a medida que os fios vermelho sangue, desembaraçam e ficam volumosos.

— Eu nunca mais na minha vida durmo com o cabelo molhado. - Declara ela colocando a escova sobre a bancada. — Estou parecendo uma maluca com esse cabelo.

— Está sexy. Tipo uma leoa. - Digo e ela me fuzila com o olhar. — Falo sério, até pintaria você bem assim.

— Que tipo de perversão sexual é essa? - Katy arqueia as sobrancelhas me encarando.

Rio da sua confusão.

— Para sua informação eu realmente pinto telas, desde que era um garoto. - Explico indo até ela. — Você poderia ser minha Monalisa. - Levanto seu queixo com o indicador e me inclino para beijá-la.

Seus lábios com formato de coração são macios e sempre receptivos, é tentador demais como ela hesita antes de se render, movendo a língua junto a minha, tornando tudo mais profundo. Desço a mão para o seu seio coberto pela minha camiseta, e o massageio, ela suspira e se afasta.

— Então você é o Da Vinci da nossa geração? - Ela pergunta ao se afastar, deixando subentendido que não quer sexo por agora.

— Quem me dera ganhar dinheiro e reconhecimento com isso. - Rio me sentando no banco ao lado. — É só um hobbie.

— E o que você tem pintado?

— O último foi um farol, mas ultimamente tenho pensado muito em registar uma certa pele vermelha escarlate pós-orgasmo. - Respondo colocando a mão sobre sua coxa desnuda.

É algo terrivelmente sensual vê-la vermelha e gemendo o meu nome, não é como se ficasse corada de vergonha, parece mais que ela pega fogo quando atinge o ápice.

— Felizmente isso passa rápido. Mas acho que é alguma reação à você, pois nunca me aconteceu antes. - Diz ela com sinceridade no olhar.

— Então essa combustão espontânea é só comigo? - Pergunto sentindo meu ego inflar.

— Não foi isso que eu quis dizer. - Katy murmura rolando os olhos. — Pode descer desse pedestal aí, queridinho.

— Ok! - Levanto as palmas das mãos em rendição. — Não está mais aqui quem falou.

— Eu gosto muitíssimo de arte. Daqui alguns anos quero fazer uma faculdade de história da arte apenas por hobbie.

Fico surpreso, não esperava que ela fosse falar sobre si mesma. Quem diria que alguém tão ardente na cama gostasse de história da arte, porém quem sou eu para duvidar, dividindo meu tempo entre uma delegacia e pincéis.

— Bom, você tem muitos anos para decidir o que fazer, mal saiu das fraldas.

Katy pode ter uma carreira, morar sozinha e ser independente, mas isso não muda o fato de que é muito jovem.

— E mesmo assim você está fazendo sexo comigo. - Ela estreita os olhos. — Que depravado, senhor Willman. Quando eu nasci você já era um garoto entrando na puberdade.

Anjo Negro [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora