Máquina mortífera

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P.O.V PEDRO

Se alguém me fotografar agora mesmo e comparar a foto com um daqueles cachorros de rua que ficam namorando as vitrines do açougue, não temos diferença alguma. Gosto de vê-la se vestindo, rebolando para fazer o jeans entrar em seus quadris largos. Katy é um filé de primeira categoria, daqueles bem caros, e eu estou salivando para enfiar meus dentes na carne macia de sua bunda quando ela começa a rir.

— Você está parecendo um maníaco. – Diz ela entre risos calçando os saltos vermelhos.

— Acho que estou mais para um viciado.

É... acho que viciado é o termo mais correto. Eu sei como é ter um vício, a gente sente a necessidade de alimentá-lo o tempo todo e nunca parece o suficiente. Seu corpo clama por mais há cada maldito segundo, mesmo quando você está ocupado com outra coisa, a sua mente está lá, pensando na hora em que finalmente poderá desfrutar da droga.

Não obtive o suficiente dela ainda, nem todo o fim de semana afundando em sua boceta até ela gozar gemendo o meu nome, bastaram para saciar o meu desejo.

Sexo é bom, sempre foi, mas com ela é espetacular. Katy não fica acanhada esperando que eu faça as coisas, ela é selvagem, cravando as unhas em minhas costas, rebolando a bunda na minha virilha, pedindo para meter cada vez mais forte... nunca fica monótono. Estar na cama com ela é a própria Disneylândia do prazer.

Respiro fundo absorvendo a fragrância do perfume que ela borrifa no pescoço, é doce, mas não a ponto de ser enjoativo. Na verdade, me faz ter vontade de lambê-la dos pés à cabeça.

— Terminei. – Declara ela saindo da frente do espelho.

— Tem alguns minutinhos para brincarmos um pouco? – Pergunto segurando minha excitação sobre o jeans.

— Hoje tenho que trabalhar no apartamento de um homem muito perverso, se eu me atrasar ele vai me castigar. – Diz ela fazendo bico.

— Aposto que ele nem vai pensar em reclamar se você presenteá-lo com um boquete matinal. – Entro no seu teatrinho esperando convencê-la. Por mais que ela tenha feito isso várias vezes nas últimas vinte e quatro horas, eu jamais me canso dos seus lábios cheios envolta do meu pau.

Katy gargalha passando a alça de uma bolsa enorme no ombro.

— Você está sempre com uma ereção? – Ela arqueia a sobrancelha escura se aproximando.

— Desde que eu te conheci pareço ter quatorze anos, em vez de trinta e quatro. Gostaria de ter te conhecido naquela época, você chupa bem melhor que a Stacy. – Pisco envolvendo sua cintura e ela balança a cabeça negando.

— Você não ia conhecer a Katy gostosa, e sim uma pirralha chorona de três anos. – Katy relembra nossa diferença de idade e fico levemente chocado.

É claro que sei que temos onze anos de diferença, eu sei contar, mas é que fica muito absurdo quando paro para pensar que estava tendo a minha primeira vez enquanto ela ainda usava fraldas. Meu desejo de sexo matinal vai embora por hora.

— Preparado para o seu primeiro dia como policial das ruas?

Dou de ombros querendo não parecer muito animado, mas a verdade é que estou me sentindo o próprio Mel Gibson em Máquina Mortífera, andando enquanto bombas explodem atrás dele em câmera lenta.

— Já fiz isso durante muitos anos, não vai ser novidade nenhuma. – Aproveito que estou sentado e encosto o rosto no vale dos seus seios aparecendo de maneira provocante no decote da blusa. — Que tal repassarmos o plano para que eu não me distraia no trabalho pensando que você pode estar em perigo?

Anjo Negro [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora