Policial Collins

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P.O.V PEDRO

O despertador me traz de volta ao mundo real, há coisas para fazer que não incluem ficar agarrado no corpo voluptuoso ao meu lado. Beijo o pescoço dela a despertando, seu corpo se mexe preguiçosamente se esfregando no meu. Creio que ela percebeu imediatamente a ereção latente pressionada contra o seu traseiro farto.

— A realidade nos chama. – Sussurro em seu ouvido.

— Odeio a realidade. – Katy murmura com a voz sonolenta. — Pedro... eu estava sonhando com algo terrivelmente bom, agora estou excitada.

— E quando é que você não está? – Pergunto em tom de brincadeira.

Aproveito que estamos deitados de conchinha para penetrá-la nessa posição, Katy geme baixinho se agarrando ao travesseiro. Essa é a minha melhor manhã em muito tempo, então aproveito até demais, quando acabamos percebo que estou fodidamente atrasado para o trabalho.

— Preciso de mais cinco minutinhos. – Diz ela quando me levanto para tomar um banho.

, dorminhoca. – Rio beliscando a sua panturrilha.

Meu banho é rápido, coisa que não aconteceria se ela tivesse me acompanhado, porque me perder em seu corpo se tornou o meu passatempo favorito. Acho que nem em meus melhores sonhos poderia imaginar uma mulher com tanto apetite sexual.

Quando volto para o quarto Katy ainda está dormindo com um semblante sereno, decido não a acordar, foi uma noite e tanto para nós. Dou um beijo em sua testa antes de partir, e assim que abro a porta a feiosa gatinha entra desesperada.

— Vai fazer companhia para sua mãe, pestinha. –Digo ao ver que ela escala o edredom para subir na cama.

Felizmente a Katy não mora muito longe do distrito, então não preciso bancar o Toretto durante o percurso, dirijo calmamente pensando no que ocorreu desde o momento em que invadi o seu computador. É estranho entrar em uma delegacia sabendo tudo o que sei sobre ela, mas posso ajudá-la de alguma forma, já que estou por dentro do sistema. É isso o que farei, quem sabe até ganhe uns pontos conquistando a sua confiança.

Katy é uma mulher única e foi capaz de digerir o meu passado, ela é a minha melhor chance de construir algo outra vez. Levei essa coisa de sexo casual descomprometido por muito tempo, e foi bom até eu ficar cansado de toda noite ter uma mulher diferente. Acho que minha mãe tem razão, estou ficando velho e isso me faz querer estabelecer conexões duradouras. Na contramão está Katy, ela é onze anos mais jovem, isso é algo a se pensar, não é como se ela já tivesse experimentado muito da vida para querer permanecer com alguém no auge dos seus vinte e três anos.

Isso, sem falar em seus traumas do passado que com certeza afetam a sua forma de enxergar um futuro para nós. Mas não vou desistir por causa disso, ela é uma mulher excepcional, do tipo que vale a pena atravessar o purgatório para ficar com ela. Deve haver algo bom para nós dois depois dessa tormenta, eu só preciso ter paciência com os momentos ruins que sem dúvida alguma virão, talvez seja até o meu calvário por tudo que fiz a Jesy passar.

Estaciono na garagem subterrânea e percebo que a maioria das viaturas estão aqui. Ninguém mais trabalha nessa delegacia?

Passo na sala de descanso para afanar alguma coisa de alguém na geladeira coletiva, mas está vazia, bela merda. Entro no elevador e escuto a voz de Louise me pedindo para segurá-lo, coloco o pé para que o sensor impeça a porta de fechar.

Ela entra segurando uma enorme caixa de papelão branca com o logo de uma famosa confeitaria aqui perto.

— Espero que seja comida. – Digo sentindo o estomago roncar, estou exaurido depois de tanto sexo.

Anjo Negro [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora