O United Center está lotado, ficamos no segundo andar de arquibancadas, encostados no parapeito. Depois que chegamos ainda demora mais de uma hora para o show começar, Sol conta toda a história da banda para nós, e não para nem quando Chris ameaça jogá-la no meio da arena. Canto algumas das músicas que conheço, são bem populares, já que me lembro de ter ouvido a maioria no rádio. Claro que prefiro estar num show da Beyoncé, mas não é de tudo ruim.
Sol está distraída pulando e cantando em plenos pulmões, desvio o rosto quando ela pega o celular para filmar o palco, Chris vem ao meu socorro e cobre meu corpo com o seu, me prensando contra a grade do parapeito.
— Gostando? - Chris pergunta ao apoiar o queixo em meu ombro.
— Sim. - Respondo tentando parecer alheia à sua ereção roçando na minha bunda.
Finjo estar tão empolgada quanto a irmã dele, apenas para poder balançar meu corpo ao som da música, me esfregando nele. Chris lambe o meu pescoço devagar, por sorte as luzes mais fortes se concentram no palco lá em baixo, as arquibancada são escuras, então imagino que ninguém está vendo a mão dele deslizar por entre minhas coxas, por baixo da saia.
Mordo o lábio inferior para não gemer alto quando a ponta de seus dedos resvalam minha calcinha.
— Já tá molhadinha para mim. - Diz ele ao meu ouvido, um pouco alto para que eu possa escutá-lo acima do barulho ao nosso redor.
Afasto mais as pernas para melhorar o seu acesso, ele enfia os dedos pelo elástico da calcinha e esfrega o liquido da excitação pelas dobras da minha boceta. Seu indicador pressiona o meu clitóris com firmeza, o rodopiando. Agarro a grade na minha frente, e deito a cabeça em seu peito enquanto ele me dá prazer. Não que eu seja uma exibicionista, mas gosto da sensação que estou tendo agora, fazendo algo que é tão íntimo no meio de milhares de pessoas, e nenhuma delas tem noção do que está se passando entre minhas pernas.
Chris aumenta a velocidade, rebolo os quadris contra sua mão, sentindo os espasmos do orgasmo percorrerem o meu corpo. Assim, grito alto, até porque ninguém pode me ouvir. Os movimentos dele continuam, até que meus joelhos vacilam e ele me segura com a mão livre para que eu não desabe no chão. Minha respiração está pesada e vacilante, ele tira os dedos de dentro da minha lingerie e os leva até meus lábios, abro a boca e os chupo como um pirulito, provando do meu próprio gosto.
Me viro para ele e passo os braços entorno de seu pescoço, forçando para ficar na ponta dos pés, as luzes que vem do palco fazem os olhos dele brilharem com diversas cores. Ele ergue a mão e afasta os fios de cabelo da minha franja, analisando meu rosto.
— Eu quero você, Katy. - Chris confessa olhando dentro dos meus olhos. — Pare de fugir.
Também o quero, mas preciso me sentir guiando isso, pelo menos um pouco, assim saberei que não estou saindo dos trilhos e descarrilando cada vez que ele se aproxima.
— Tudo bem. - Concordo. — Mas precisa ser do meu jeito.
— Não importa, eu só quero ficar com você de novo. - Diz ele abrindo um sorriso.
Seria mais sensato continuar fugindo, me importo com ele, mas sou egoísta demais para abrir mão do prazer que ele me proporciona.
— Vai dar certo! - Confirmo esperançosa, e ansiando por tê-lo entre minhas pernas outra vez.
Chris se inclina e me beija, deslizo minhas mãos para seus cabelos cacheados, ao mesmo tempo que ele aperta minha bunda, puxando-me para ele. Mergulho minha língua por entre seus lábios finos, matando a sede que senti dele durante todos esses dias. Ele corresponde, rápido e bruto sugando minha língua com força e logo estou arquejando. Mordo seu lábio inferior antes de me afastar, deixando-o marcado só para mim.
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Anjo Negro [CONCLUÍDO]
RomanceEm um quarto de motel barato, sobre um corpo nu, Katy empunhou a arma, registrando em sua mente a expressão de medo nos olhos da vítima. Enquanto o clímax se espalhava pelo seu corpo, ela disparou, tirando a vida de mais um que segundo o seu julgame...