A água morna do chuveiro escorre por minha pele rosada da cabeça aos pés, eu nunca havia ficado assim antes, como se todo o sangue do meu corpo viesse a superfície, parecido com quando se leva uma surra.
— Estou me sentindo a Peppa Pig. - Digo levantando o braço na altura dos olhos.
Ele ri alto, é uma risada grave e bonita.
— Eu estou te achando gostosa pra caralho. - Diz ele passando levemente a esponja sobre minha barriga, limpando os vestígios de sua porra pegajosa.
Não sei muito bem o que fazer, já participei de uma série de depravações, mas tomar banho com alguém é estranho demais para mim. Decido guiar a atividade para uma área segura, onde sexo é a única coisa que espero.
Envolvo seu membro com a mão, sem conseguir completar a circunferência e deslizo a pele para baixo exibindo a cabeça rosa como um pirulito, continuo o movimento e sua respiração se torna mais pesada. Quero que ele goze apenas com o toque das minhas mão, preciso mostrar que também posso mandar no seu prazer. Mas ele não me dá oportunidade para isso.
Seu toque em meu pulso é firme e decidido, ele tira a minha mão e me vira, me pressionando contra a parede úmida e gelada. Chris beija o meu ombro, e afasta o cabelo para o lado devagar.
— Eu ainda não terminei de te foder, Katy. - Sussurra ele em meu ouvido e tece os dedos em meu cabelo, puxando minha cabeça com força.
Empino a bunda contra sua virilha, e ele desliza o membro por entre minhas nádegas. Prendo a respiração, não estou pronta para deixá-lo me foder assim, nem sei se um dia estarei.
— Hoje não. - Ele murmura percebendo minha apreensão.
Ele continua até chegar às dobras da minha boceta, então escorrega por minha umidade me penetrando por inteiro. Sua mão livre encontra o centro do meu prazer entre minhas pernas, e começa a mover os dedos circularmente, nesse momento estou de pé apenas pelo seu puxão firme em meus cabelos. Nossos corpos molhados fazem um barulho ao se chocarem, se misturando com a respiração pesada de ambos.
Dou um longo gemido, já sem forças, meu corpo responde rápido demais aos estímulos dele, minhas pernas estremecem e meu interior contrai, as mãos escorregam na parede molhada e só não caio porque ele me segura firme. Chris continua se movimentando dentro de mim mais rápido ainda.
— Inferno! - Ele pragueja antes de se retirar e ejacular na minha bunda.
Apoio a cabeça contra o peito dele e espero minha respiração voltar ao normal, estou me sentindo exaurida demais para me mover. Chris desliga o chuveiro e beija meu pescoço repetidas vezes, descendo para os ombros.
— Fica aqui comigo. - Ele pede entre beijos.
Balanço a cabeça negando, é demais para mim, e eu devia ter previsto isso desde o começo, prazer e intimidade não são sinônimos, tolo é quem os confunde.
— Olhe para mim, Katy. - Diz ele com a voz firme.
Viro a cabeça de lado, flagrando os seus olhos gentis demais para alguém que fode com tanta aspereza. Me sinto com a consistência de uma gelatina, mas sei que basta ele iniciar algo para que eu corresponda, não estou completamente saciada dele, e tenho medo de nunca estar.
— Fica. - Pede ele mais uma vez, tão gentil que sua voz parece mel caindo em mim.
— Não posso. - Murmuro com a voz embolada, sentindo minhas pálpebras pesadas.
Ele suspira e seus dedos resvalam por meu clitóris outra vez, um movimento preciso e sútil, rolo os olhos, com uma sensibilidade extrema em cada milímetro do meu corpo.
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Anjo Negro [CONCLUÍDO]
RomanceEm um quarto de motel barato, sobre um corpo nu, Katy empunhou a arma, registrando em sua mente a expressão de medo nos olhos da vítima. Enquanto o clímax se espalhava pelo seu corpo, ela disparou, tirando a vida de mais um que segundo o seu julgame...