As portas do elevador se abrem outra vez e ele me solta como se nada tivesse acontecido, me viro para protestar, mas ele já me deu as costas. Tento subir a parte de cima do vestido da melhor maneira possível, mas agora ele parece uma sacola relaxada. Sigo o Chris pelo corredor sentindo meu sangue borbulhar com sede de vingança. Pois o mínimo que espero de alguém que me masturba num elevador é continuar o serviço até que eu goze.
O abraço por trás enquanto ele tenta enfiar a chave correta na porta, enfio a mão por dentro do cós da sua calça, brinco um pouco com o elástico da cueca, o provocando. Encosto o nariz contra suas costas, ele tem um cheiro bom de perfume caro e homem. Desço a mão por dentro da peça de seda encontrando a pele morna e macia do seu membro latejante, o seguro e agradeço por ele não conseguir ver meu rosto, pois minha expressão é de choque. Uau!
Consigo sentir cada veia ressaltada sob a palma da minha mão enquanto a movo por toda sua extensão.
Ele segura o meu pulso e puxa minha mão sem um pingo de delicadeza, usando da força e com a maior velocidade e destreza que já vi alguém usar, ele me vira num movimento só, empurrando meu corpo contra a porta, e eu bato com um baque alto, perdendo o fôlego. Antes que meus pulmões tenham a chance de puxar o ar outra vez, ele me beija duro, tento fazê-lo sentir dor também, mordendo seus lábios até sangrarem, mas Chris simplesmente se afasta sorrindo, com a boca inchada e um fino filete de sangue pintando seus lábios.
— Uma gatinha que morde. - Ele ri.
— Você não imagina o quanto. - Passo a língua pelos meus lábios, e sinto o gosto ferroso do sangue.
Chris estende o braço e acho que ele vai segurar minha cintura, mas apenas gira a maçaneta da porta.
— Dois podem jogar esse jogo de provocações, Katy.
Faço a melhor cara de menina ingênua que consigo, como se não fizesse a mínima ideia do que ele está falando.
— Não estou fazendo nada. - Digo ao piscar os olhos.
Ele leva a mão aos cabelos dourados, os jogando para trás e balança a cabeça, vejo suas narinas dilatarem, como se ele estivesse com muita raiva, não fico com medo, muito pelo contrário, meu tesão aumenta à um nível sem precedentes. Coloco a mão sobre seu peito esquerdo, ele estremece levemente, consigo sentir o coração bater em disparada, gosto disso.
— Com medo? - Pergunto à ele, olhando dentro dos seus olhos de caramelo.
— Não de você. - Diz parecendo um tanto quanto atormentado.
Me sinto um pouco zangada por ele não ter medo de mim. O que pode estar o assustando nesse momento? Antes que eu pergunte o motivo ele segura minha cintura e me puxa para ele, dessa vez seu beijo é calmo, e o odeio um pouco mais com isso, estava me acostumando a sua brutalidade exacerbada, mas o que ele faz agora deveria ser considerado crime. Um de seus braços está envolta da minha cintura, me prendendo a ele, enquanto sua outra mão segura o meu queixo com delicadeza.
Seus lábios são gentis com os meus, e nem por isso torna a coisa menos quente e excitante. Mergulho minha língua em sua boca tentando exigir o arroubo violento de sempre, mas ele me refreia, terminando tudo com um selinho. Quero puxar seus cabelos, mas ele beija meu pescoço e eu viro melado em suas mãos.
— Chris! - Ofego.
Ele me ergue usando apenas o braço que está à minha volta, e então passo minhas pernas entorno dos seus quadris, ele entra no apartamento me carregando e a porta se fecha com um barulho alto, deve tê-la chutado. Estou completamente envolvida pelo seu novo ritmo lento quando ele simplesmente me solta, o impacto do meu corpo é absorvido por um colchão no chão.
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Anjo Negro [CONCLUÍDO]
RomansaEm um quarto de motel barato, sobre um corpo nu, Katy empunhou a arma, registrando em sua mente a expressão de medo nos olhos da vítima. Enquanto o clímax se espalhava pelo seu corpo, ela disparou, tirando a vida de mais um que segundo o seu julgame...