Panquecas

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A irmã dele poderia ter facilmente saído de qualquer filme adolescente dos anos noventa, com sua minissaia rosa e presilhas de cabelo, ao melhor estilo ''As Patricinhas de Beverly Hills'', sem mencionar o comportamento inebriantemente doce. Ela me assusta com tanta amabilidade, que em momento algum parece forçada, realmente Sol soa como os raios do sol em todos os seus trejeitos.

Nunca conheci a família de alguém com quem transei, a não ser quando eu faço sexo com casais, mas não é mesma coisa que marcar de ir em um show de Indie Rock com a irmã caçula da minha foda casual.

Chris volta com as mãos nos bolsos do moletom após levar a irmã até o elevador, ele está despenteado e terrivelmente sexy.

— Sinto muito por ela ter aparecido, não queria te colocar em nenhuma situação desagradável. - Diz ele com a voz baixa e clara, sua expressão demonstra um pouco de receio.

— Ela é bem... intensa. - Digo ao encontrar a palavra que melhor a defini.

Talvez isso seja de família, ele também é intenso demais. Prefiro pessoas rasas, assim não afundamos.

— Ela é chata, isso sim. - Diz ele, com o que imagino ser implicância de irmão mais velho. Pelo menos é assim que acontece nos filmes. — Mas duvido muito que alguém no mundo seja tolerável aos dezessete.

— Dezessete? - Pergunto arqueando a sobrancelha. — Ela é tão pequenina, achei que fosse mais nova.

Havia chutado uns quatorze anos para a garota, mas não tenho convívio algum com adolescentes. O que eu posso saber sobre eles?

— Vocês têm a mesma altura. - Diz ele com um tom risonho. — É que você tem... essa cara. - Completa ele se aproximando de mim.

— Que cara? - Pergunto recuando dois passos e acerto as costas na parede da sala.

— De safada. - Responde ele ao completar a distância, colocando as mãos na parede na altura dos meus ombros, prendendo-me ali. — Que dá bem gostoso. - Chris sussurra no meu ouvido.

Não posso contradizê-lo nessa afirmação, até tento parecer doce e ingênua as vezes, mas está nos meu sangue o DNA da perversão.

Levanto o pé, arrastando-o por sua panturrilha, subindo e descendo algumas vezes.

— E por que você não fode essa safada até ela gritar bem alto? - Mordo o lábio inferior olhando dentro dos seus olhos. Então desço o cós de sua calça liberando seu membro exclusivamente para mim.

E Chris o faz, com toda intensidade que espero dele, segurando minha perna direita junto ao seu quadril enquanto se enfia em mim numa estocada só. Fecho os olhos sentindo ele por inteiro, acho que nunca mais encontrarei um pau desses por aí, e em alguém que sabe usá-lo tão bem.

Passo os braços envolta de seu pescoço, e ele me puxa para cima, segurando a parte de trás das minhas coxas. O beijo querendo demonstrar o quanto estou gostando do que estamos fazendo, assim deslizo minha língua por seus lábios entreabertos, fazendo contato com a sua, ele me suga com a mesma força que continua entrando em mim repetidas vezes. Solto um longo gemido contra sua boca, e a respiração dele fica mais pesada, seus movimentos se tornam mais duros e minha boceta o recebe de bom grado.

Não quero gozar, não ainda, mas é como se meu corpo estivesse obstinado a me dar logo o ápice do prazer para que eu pudesse deixá-lo descansar. Não resisto muito tempo, sou arrastada para o turbilhão de sensações que ele me provoca, ficando ofegante e mole em seus braços.

Deito a cabeça em seu ombro, esperando que ele continue, mas Chris se vira e anda em direção ao sofá, comigo ainda grudada nele, sentindo minha umidade escorrer aos punhados por causa do recente orgasmo.

Anjo Negro [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora