P.O.V PEDRO
Em algum momento depois da Katy me fazer tocar um repertório inteiro, e eu tentar ensiná-la a tocar algumas notas, acabamos ficando cansados demais para ir embora. Nos deitamos agarrados na minha antiga cama de solteiro e dormimos profundamente, ainda com a areia da praia grudada nos nossos cabelos.
Desperto perto do amanhecer, a vidraça da janela mostra que já deve ser quase umas seis horas da manhã, ao meu lado Katy ainda tem a mesma expressão serena que manteve a noite toda, gosto de vê-la assim, tranquila.
Afago sua bochecha a fazendo acordar, seus olhos procuram os meus no quarto mal iluminado e ela suspira parecendo aliviada, então surpreendentemente seus olhos ficam rasos d'água, dissipando a expressão relaxada de segundos atrás.
— Tive um pesadelo. – Ela sussurra com a voz arrastada enxugando os olhos com o dorso da mão.
— Quer falar sobre isso? – Desenho o contorno de suas escuras sobrancelhas com o polegar e ela balança a cabeça negando.
— Eu quero você. – Katy murmura e levo alguns segundos até compreender o seu pedido.
Suas mãos se enfiam por dentro da minha camiseta, e ela arranha meu abdômen enquanto morde o próprio lábio.
— Tem certeza, Katy? Você não me parece muito bem. – Digo preocupado com o que a tenha feito chorar.
— Por favor! – Soa como uma suplica desesperada. — Por favor. – Ela repete puxando a barra da minha camiseta para cima.
Respeito a sua decisão em não discutir por hora o que está acontecendo em sua mente, cada um tem uma maneira de lidar com aquilo que lhe assombra. Suas mãos são enérgicas tentando arrancar a minha roupa, percebo que ela treme levemente, então assumo a tarefa me despindo e fazendo o mesmo com ela em seguida.
Me posiciono entre suas pernas, e a aprecio por um instante, é magnifica a visão do seu corpo nu banhado pela fraca luz da manhã, esperando por mim, enquanto seus olhos brilham de desejo.
— Agora, Pedro. – Diz ela abrindo mais as pernas até os joelhos tocarem o colchão.
Esfrego dois dedos em seu clitóris a deixando mais excitada, até ela ficar bem molhada para me receber. Katy ofega agarrando os lençóis e tomba a cabeça para trás, fico levemente preocupado que seus gemidos nada discretos acordem as outras pessoas da casa.
Quando sua excitação escorre por entre meus dedos, deito-me sobre o seu corpo, e guio meu pau até a entrada de sua boceta. Seguro as mãos dela enquanto a penetro lentamente, Katy passa as pernas entorno dos meus quadris me prendendo a ela. Seus olhos se fecham em êxtase, e todo o seu corpo se contraí, eu poderia ficar o resto da vida dentro dela, sentindo-a molhada e apertada envolta do meu pau.
Beijo o seu delicado pescoço enquanto me movo para sair outra vez, somos como a porra de dois imãs um atraindo o outro, não consigo ficar longe muito tempo, torno a entrar aumentando o ritmo até nossa foda caminhar para um caminho que já conhecemos bem, implacável e duro.
— Ain, Pedro! – Ela geme o meu nome arqueando os quadris de encontro aos meus. — Não para.
— Nunca. – Prometo estocando-a até o fundo.
Me deito de costas, a trazendo montada sobre mim, Katy estremece e apoia as mãos sobre o meu peito, começando a quicar no meu pau com um ritmo delirante. Seguro sua fina cintura puxando-a para mim enquanto enlouqueço com a visão dos seus seios salpicados de sardinhas pulando a cada vez que ela desce.
Katy, é a única coisa que vem à minha cabeça nas últimas semanas, antes de tê-la só conseguia pensar em como seria o gosto da sua boceta, e depois que a tive passo o dia ansiando pela hora de gozar dentro dela outra vez. E é o que eu faço, junto a ela, pele com pele enquanto ela banca a amazona sobre minhas coxas numa última rebolada, é demais para mim, e pelo visto também é mais do que a cama pode suportar, pois a madeira estrala alto sob nossos corpos, mas eu não ligo, estou inundando ela com minha porra enquanto seus olhos rolam em órbitas.
Ela deita o corpo exausto sobre o meu e afago suas costas suadas, sentindo sua respiração contra o meu pescoço.
— Nós quebramos a cama? – Ela pergunta após alguns minutos de silêncio.
— É o que parece. – Respondo sentindo a esteira de madeira toda bamba sob minhas costas. — Meus pais devem ter até acordado. – Digo rindo ao imaginar a cara da minha mãe.
— Havia me esquecido de que estávamos na casa deles. – Ela confessa baixinho. — Será que agora ela vai me odiar?
— Nada. – Bufo. — Ela já viu muita garota entrando e saindo desse quarto quase sem roupa.
— Que horror. – Katy ri. — Mas como nenhuma quebrou a cama, acho melhor irmos embora logo.
Nos arrumamos da melhor forma possível, e antes de sair vejo que a cama claramente está deformada criando um vinco na horizontal. Encontramos minha mãe já desperta na cozinha, preparando o café da manhã com um sorrisinho no rosto.
— Dormiram bem? – Ela pergunta ao nos ver.
— Como anjos. – Respondo e uma lufada de ar escapa pelos lábios de Katy ao tentar segurar o riso. — A Katy tem que trabalhar hoje, então acho melhor irmos logo.
— Podem sentar aí, só irão embora depois de comer algo.
Katy e eu ficamos por mais alguns minutos, até minha mãe se dar por satisfeita, nos despedimos e vamos embora antes que meu pai e a Sol acordem.
Assim que entramos no carro fico levemente ansioso para escutar sua opinião sobre a minha família, torcendo para que ela tenha gostado deles. Mas Katy permanece em silêncio até nos aproximarmos do seu apartamento.
— Gostou de conhecê-los? – Pergunto rompendo o silêncio.
— Sim, eles são ótimos. Principalmente a sua mãe, ela é hilária quando briga com vocês. – Ela pega a bolsa de palha e coloca sobre o colo, se preparando para descer. — Seu pai é muito calmo e educado... e a Sol é maravilhosa.
— Puxa saco. – Murmuro ao estacionar na porta do seu prédio. — Mas a anãzinha também adora você.
— Acho que eu estou encantando todos os Collins, então. – Um sorriso travesso brinca em seus lábios.
— É o que parece.
— Tenho que ir, há uma pilha de trabalho acumulado. – Ela se inclina na minha direção e me dá um breve selinho. — O que você vai fazer hoje?
— Levar meu uniforme para lavanderia, treinar um pouco para o jogo no fim de semana e entregar aquele cilindro a um amigo meu da perícia. - Enumero as atividades do dia.
Katy morde o lábio e desvia o olhar.
— Será que é seguro?
— Claro, ele é de confiança. Se acharmos as digitais do cara iremos atrás dele.
— E o que acontece? – Ela pergunta arqueando a sobrancelha.
— Darei um jeito nisso. – Prometo.
Sei que não podemos ir pelo caminho legal, pois o suposto assassino pode revelar a verdade sobre ela à polícia, e para falar a verdade, não me importo de ir pelo caminho criminoso para defendê-la de quem quer que seja.
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Anjo Negro [CONCLUÍDO]
RomanceEm um quarto de motel barato, sobre um corpo nu, Katy empunhou a arma, registrando em sua mente a expressão de medo nos olhos da vítima. Enquanto o clímax se espalhava pelo seu corpo, ela disparou, tirando a vida de mais um que segundo o seu julgame...