você sente alguma coisa por mim?

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𝐿𝑒𝑜𝑛𝑎𝑟𝑑𝑜.
📍 Asfalto Rec – Guarulhos, 19:12 – 15°C ⛈️

— E agora véi? - Clara diz pergunta.
— A gente espera a energia voltar ou o pessoal da central de segurança vir - Eco diz se sentando na cadeira a minha frente - O que pode demorar algumas horas.
— Puta que pariu - Ela fala.

As portas estavam travadas por medida de segurança, isso acontecia quando acabava energia, pra evitar roubo ou algo do tipo. Ninguém podia entrar e ninguém podia sair.

— Pois é - Digo tentando me manter sério, mas acabo rindo levemente.
— Ele tá muito chapado - Eco fala com ela.
— Isso aí não é maconha não - Ela diz.
— O que cê tomou mano? - Os dois me olham.
— Fenergan - Digo abrindo minha bag.
— E onde cê arrumou?
— Com um mano meu - Mostro - Cê quer?
— Lógico - Pega da minha mão.
— Isso não é tipo um anti-histamínico com prometazina? - Clara pergunta.
— É um anti-his ... É isso mesmo que cê falou - Digo rindo.
— Isso não é ilegal?
— Maconha também - Digo rindo mais.
— E cê tomou isso e veio dirigindo?
— Aham.
— Cê é um idiota mesmo, meu Deus - Balança a cabeça em sinal de negação - E se você morresse?
— Ai tinha que enterrar, ué - Digo e Eco ri enquanto ela me encara - Relaxa Clara, eu sei meu limite.
— Tô vendo mesmo.

Observei ela caminhar de volta ao sofá e então se jogou ali. Eco voltou sua atenção para o celular e assim ficou, então levantei e fui até ela, me sentando ao seu lado. Ela estava encarando o teto, mas depois de alguns segundos me olhou.
Nós nos encaramos e eu acabei esquecendo o que queria falar pra ela. Na real não conseguia pensar em nada, minha mente tava viajando.

— Cê tá bem mesmo? - Pergunta ainda me olhando.
— Uhum, não se preocupa - Digo - Eu sei mesmo o meu limite, não vou tomar um bagulho sem saber a reação que me dá.
— É que cê tá com uma cara de perdido - Diz rindo e eu ri também.
— Relaxa - Coloco minha mão na coxa dela e aperto levemente - Tô bem.

Ela sorriu e eu fiz o mesmo, então observei seu olhar se direcionar pra minha mão sob a coxa dela. Meu corpo não reagiu ao comando do meu cérebro de afastar a mão, mas ela também não pareceu se incomodar.
Alguns dos meus sentidos estavam mais aguçados e apesar da penumbra, eu conseguia ver o peito dela levantando algumas vezes de forma descompassada, ela estava ofegante.
Voltei meu olhar pros olhos dela e permanecemos assim, nos encarando por alguns segundos e ela mordeu o lábio levemente, então balançou a cabeça em sinal de negação e se levantou rapidamente.

— Que foi? - Pergunto frustado. Eu ia beijá-la.
— Nada. Eu preciso de água - Diz dando dois passos pra trás - Já volto.

Ela saiu rapidamente do estúdio e então olhei pro Eco que agora tinha atenção voltada para o computador que ainda estava ligado devido ao gerador ligado a eles. Me levantei sem pensar e então fui atrás dela. O corredor estava totalmente escuto, então acendi o flash do meu celular e caminhei até a cozinha.
Assim que cheguei, vi ela de costas pra porta. Estava com as mãos apoiadas na pia e encarava a chuva lá fora. Desliguei o flash já que a luz da rua iluminava o suficiente pra que eu a visse, então me aproximei devagar. Na real, me aproximei tanto que meu corpo encostou contra o dela, a pressionando contra a pia.

— O que foi? - Pergunto num tom de sussurro enquanto me abaixo pra me aproximar do pescoço dela.
— Na-nada - Diz receosa.
— Você não quer?
— A Aylla gosta de você - Diz rapidamente.
— Eu sei, já sei a muito tempo - Rio levemente enquanto afasto o cabelo dela.
— E você não gosta dela também?
— Óbvio que não. Nunca - Beijo delicadamente o pescoço dela.
— Mas ...
— Eu tô falando que não, Clara - Digo seu nome bem perto do ouvido e a vejo estremecer.
— Ela é minha amiga - Sussurra.
— Então - Seguro na cintura dela e a faço virar de frente pra mim - Talvez esse seja um segredo que cê queira guardar. Ela não sabe que você sente alguma coisa por mim, sabe? Você sente alguma coisa por mim, Clara?
— Eu ... Eu não sinto ... - Diz nervosa quando olho nos olhos dela.
— Eu não sou tão sonso com vocês julgam que eu seja - Digo rindo levemente - Sou devagar, não idiota.

Me aproximei mais, a prendendo muito mais entre a pia e eu, então dei alguns beijos no pescoço dela. Senti suas mãos segurarem firme no meu moletom, então voltei a olhar nos olhos dela e quando ela os fechou, me aproximei e a beijei. Instantaneamente ela respondeu.
Senti uma leve tontura, um efeito do que eu tinha usado, então girei nossos corpos para que eu encostasse na pia e a trouxe pra mais perto.
Desci minha mão devagar da cintura dela em direção a bunda e pousei ali, sem apertar ou nada do tipo.
O beijo aos poucos foi se intensificando e paramos por falta de ar, mas então ela se manteve na ponta dos pés e fez uma trilha de beijos pelo meu pescoço, o que me fez arrepiar levemente. Por causa da droga, eu estava sentindo tudo muito ao extremo, inclusive o tesão. Eu estava totalmente excitado.
Quando me senti recuperado, a peguei no colo e coloquei sentada sob o balcão de mármore da pia, me colocando entre as pernas dela e voltei a beijá-la.
Agora com ainda mais vontade, usei minhas mãos pra apertar as coxas dela e ora ou outra interrompia o beijo pra morder e dar leves chupões no pescoço dela, o que a fazia suspirar fundo e às vezes soltar alguns gemidos contidos.

— O Paulo vai sentir a nossa falta - Diz ofegante - Precisamos voltar.
— Só mais um pouco - Digo mordendo levemente a boca dela - Hein? Só um pouco.
— Tá bem - Diz sorrindo eu retribuí, então voltei a beijá-la.

[ ... ]

𝙘𝙤𝙡𝙖𝙥𝙨𝙤 🌪️ • leozin mcOnde histórias criam vida. Descubra agora