nova fase da vida

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𝐶𝑙𝑎𝑟𝑎.
Dois meses depois.📆
📍Casa do Leonardo – Cotia, 21:03 – 26°C 🌑

— Oi minha linda - Liliane diz ao abrir a porta.
— Oi - Nos abraçamos - Tudo bem?
— É, né? - Força um riso - Bem tá, mas ele tá lá até agora.
— Leonardo é teimoso demais, meu Deus.
— Ele é, por isso te mandei mensagem, se não for você, ninguém vai tirar ele de lá.
— Preocupa não, me dá cinco minutos que eu resolvo - Digo e ela ri - Vou lá.

Caminhei pela casa, atravessando a sala e a cozinha, então saí no quintal e segui até o estúdio dele. Pensei em bater na porta, mas não fiz. Girei a maçaneta e entrei de uma vez, o fazendo assustar e consequentemente me fazendo rir.

— Pro quarto, agora! - Falo.
— Nossa, que delícia, hein? - Fala rindo.
— Para de idiotice, anda, Leonardo. Pro quarto!
— Mas ...
— Sem mas. Cê tá doente, pelando de febre e tá aqui? Perdeu a noção?
— Eu não aguento mais ficar deitado - Resmunga.
— Pois é, mas se não cuidar agora, vai ficar deitado ... Num caixão, é isso que cê quer?
— Fala isso não baby, credo - Levanta - Tô indo já.
— Acho bom.
— Aliás, oi, né? Sem educação - Se aproxima e me dá um selinho.
— Oi meu neném - Faço carinho no rosto dele e sorrimos - Vai, quarto, agora!
— Mas calma, ô Chihuahua raivoso.
— Vai brincando, vai - Pego na mão dele e mordo.
— Ô porra, doeu véi.
— Quarto, Leonardo!

Ele revirou os olhos e então saí do estúdio com logo atrás de mim. Passamos pela Liliane na cozinha que riu e quando olhei pra trás, ele estava fazendo cara feia e eu segurei pra não rir.
Leonardo estava com dengue e tava muito sério. Seu corpo estava todo manchado e ele reclamava muito de dor no corpo, fora a febre que estava alta ja faziam dois dias e nem sinal de melhora.
Liliane tentou fazer ele ficar deitado, mas não conseguiu e então me ligou. Assim que saí da gravadora, peguei o ônibus direto pra Cotia.
Subimos em direção ao quarto e ele se jogou na cama enquanto eu fechei a porta, as janelas e liguei o ar, já que as manchas só paravam de coçar num ambiente frio.

— Eu quero que você saia desse quarto Leonardo, eu quero.
— Cê tá muito nervosa, calma - Fala rindo - É muito ódio pra um corpinho tão pequeno, vai explodir. Vem aqui, vem.
— Tô exausta - Sento na cama pra tirar meu tênis.
— E nervosa. O que aconteceu?
— Sei lá, talvez o fato de você estar doente e não fazer a única coisa que pode ajudar com a dengue: Repousar.
— Mas ...
— Sem mas - Engatinho na cama até chegar ao seu lado e então eu deito - Eu tô o dia todo preocupada com você e cê não se cuida véi.
— Desculpa - Me puxa pra deitar no peito dele - Cê me desculpa?
— Desculpo - Suspiro.
— Pelo menos cê veio ficar comigo - Fala me fazendo rir - Tava com saudade.
— Eu também - Beijo o pescoço dele - Tá coçando muito?
— Não porque tava no ar lá no estúdio e aqui também, mas a dor no corpo tá foda. Parece que passou um caminhão em cima de mim.
— Vai passar logo, cê só tem que se cuidar.
— Desculpa - Beija minha testa - Vou me cuidar. Mas como foi o seu dia?
— Normal, nada diferente.
— E a menina que vai ficar na recepção tá dando conta?
— Uhum, aos poucos ela tá pegando o jeito.
— Ela tem que ser muito boa, porque pra ficar no seu lugar não é qualquer uma que pode não.
— Nada a ver - Ri - É de boa.
— Tô muito orgulhoso de você, essa oportunidade de só produzir que o Eco tá te dando, é tudo porque cê se esforçou muito.
— Eu tô com medo de não conseguir.
— Cê tá lá o que? Uns seis meses?
— Nove, quase dez - Ri.
— Já faz dez meses que a gente se conhece?
— Uhum.
— Caralho, quase um ano.
— Pois é.
— Enfim, cê tá lá a nove meses e já faz tudo que o Eco faz, não tem um MC que passou naquela gravadora que não quis produzir uma com você. Cê é foda, vai dar conta. Sempre deu e não vai ser diferente.
— Tomara que não, eu quero que dê certo.
— Vai dar - Se ajeita me fazendo deitar totalmente na cama e se apóia no braço - Cê é foda.
— Te amo - Sorrio.
— Também te amo, baby.

Ele se aproximou devagar e logo iniciamos um beijo.

[ ... ]

𝙘𝙤𝙡𝙖𝙥𝙨𝙤 🌪️ • leozin mcOnde histórias criam vida. Descubra agora