clichê 7#

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- Como assim, fui pra você? Somos amigos, nesta realidade. Não? - Questionou, ainda sem entender a real intenção.

Sam estava lhe encarando, parecendo muito preocupado. As coisas ainda estavam tão confusas, e no fundo do seu coração, tinha certeza do que essa S/n tinha sido pra Sam.

- Nós.. estávamos nós gostando. - coçou o braço, mostrando seu nervosismo. - E antes de seu "surto", a gente estava saindo, não contamos pro Dean e as coisas ficaram até que bem.

- Sam, eu sinto muito. Mas, não sou a sua S/n, eu sou outra pessoa, de outro lugar. Então nem acho justo a gente ter essa conversa, por favor, só... Acredite que não sou a pessoa que amou e não vamos causar uma novela mexicana. - implorou, olhando nos olhos cansados de Sam, que mordeu os lábios, mas, olhou para o lado.

- Acredito em você. Sei que não mentiria pra mim.

- Só pra ilustrar. Você e a s/n estão fazendo merda, Ok? Dean é um cara legal e independente dos sentimentos, sejam sinceros com o ele. Por favor. - Pediu, vendo o mais alto arregalar os olhos.

- Tudo bem... Tem razão, fomos tolos.

- Acontece, só não repita. São sentimentos de outras pessoas em jogo, você não ia gostar se fosse ao contrário.

Ambos se encaram, sabia que por parte, aquele ali era um Sam imaturo, cheio de inseguras, e que seu irmão era o foco da realidade. Talvez, fosse o bastante pra irritar, mas, não era hora.

- Preciso achar o Lucy. - Falou, olhando para atrás de Sam, por onde lúcifer tinha passado. - Ele está envolvido e eu preciso sair daqui.

Sam a seguiu. O corredor estava vazio, cheio de barulhos vindos das salas ao longo dele. As coisas estavam estranhas, obscuras... Demais.

- Lúcifer! - Berrou, ignorando o toque de Sam no ombro para se acalmar. - Eu sei que você está por aqui.

Não deu tempo de Sam te segurar, você entrou na porta que irradiava uma luz macabra vermelha, não era normal.

- Não! - Ouviu Sam gritar.

Não havia chão. Seus pés balançavam pelo vácuo, até se sentir caindo rapidamente, como um sonho que não dava para acordar, como uma morte lenta e horrorosa.

- Merda! - Berrou mais ainda, entrando em um estágio de ansiedade, sabia que essa era a pior hora.

"Agora, vamos discutir, minha amiga." - Uma voz, saiu do além, mas, você ainda caia, sem conseguir ver nada, além da luz vermelha em toda parte.

- Vamos! E eu quero explicações.

" Você deveria me agradecer." - Concluiu a voz.

- O que? Como pode me dizer isso? Estou caindo eternamente, perdi tudo que eu tinha e... - Um riso foi ecoando, te fazendo parar. - É tão engraçado? Achei que fossemos colegas!

"Continua mentindo pra si?" - A voz te fez franzir a sobrancelha. - "Vamos s/n, se lembre o que realmente fez para que eu tivesse um motivo para te trazer aqui."

As coisas estavam confusas, e sabia que a culpa era dele! Estava tentando te confundir e levar a loucura. Só queria sair dali. Sair desse pesadelo.

- Nada.

"Pare de se machucar. Você está aqui porquê sabe muito bem." - parou por um momento. - "Está aqui para mudar seu rumo, você não queria sair daquela vida? Não pediu a Deus? Então, ele não ajudou, mas, eu sim! Só que de uma maneira nova."

Arregalando os olhos, você se remexeu no ar, querendo voltar, e não lembrar, era como algo quisesse te deixar longe da verdade, e era você mesma. Querendo sair do que realmente pediu a Deus.
Que sua vida fosse tirada, por quê não suportava mais a angústia de estar viva, de acordar e não querer sair do hotel para ajudar alguém. Se sentia tão mal por tudo isso, que uma noite enquanto estava no seu quarto, cortou o pulso.

"Viu. Eu estou aqui, porquê tudo isso aqui foi pedido." - Explicou. - "Acha que só você estava assim? A sua outra s/n, estava pior. Surtou, e a escola não quis ver a realidade, ela foi mandanda para seu mundo, onde ela sonhava ajudar pessoas e sair de uma rotina viciante."

Fechou os olhos. O peito doía, tendo os flashbacks que a mesma mente escondeu por um tempo, muito tempo.

- Eu.... Sinto muito. Principalmente por mim, mas... Não estou mal. - Abriu os olhos. - Eu fui trazida por você, e só você!

"Não quer aceitar? Então, fique aí. Como você mesma implorou, e acabou com tudo, e te dei uma chance, uma única. Então, aproveite, e quando sair da bolha de indecisão. Estarei aqui."

E tudo sumiu.

A escuridão tomou conta. Seus braços doíam agora, como se alguma coisa tivesse os perfurado, mas sabia que não era nada, talvez um formigamento.

- S/n? Acorde. - A voz de Sam finalmente te alcançou.

- Hmm... -

Sons de vozes a circularam, pessoas ao seu redor pareciam se movimentar.
Abrindo os olhos, se viu em uma sala convencional, cheia de pessoas rindo e outras preocupadas.

- O que aconteceu?

- A senhorita foi abrir a porta e acabou tropeçando em alguma coisa, caiu e desmaiou. Está uns minutos tremendo. - O professor falou. - Chamamos uma ambulância.

- Não! - Se ergueu.

- Calma, vai ficar tudo bem. Talvez fosse um ataque de Pânico. Vamos ver. - Sam respondeu, te segurando pelo braço. - Vem.

- Eu não quero... Preciso sair daqui.

- Realmente, quando admitir, você sai.

- o que.... - Perguntou, olhando para Sam.

- Nada, eu não disse nada. - Suspirou. - Vamos, estou louco de preocupação.





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