chegando na hora errada.

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  Você caminhava tranquila pelo bunker, havia acabado de acordar e estava meio confusa, mas também estava com fome, então partiu pra cozinha. Enquanto tentava chegar lá, você ouviu um som, talvez uma cantoria ou algo assim, e sua curiosidade aumentou, a fazendo encarar a porta ao lado, mesmo esquecendo qual cômodo era. Talvez o quarto de hóspedes?

  Suspirou, tentado manter a sua ansiedade, porque além de essa pessoa ter a voz mais radiantes possível, parecia que mexia com seus sentimentos.
Devagar, seus dedos oscilam pela maçaneta, e seu coração dispara ao ouvir a letra, sabendo o quão bela era.

- Fire ou fire... - A voz aumentou o tom, enquanto você abriu a porta.

Seus olhos arregalaram e o seu sono acabou no mesmo instante, vendo ali, Chuck sem camiseta, e deitado na cama de solteiro que havia ali. Você perdeu o ar, apertando a maçaneta, com uma dor em seu peito, não era o momento, você não sabia, e havia esquecido que Chuck vinha ali as vezes e sabendo só que mal o conhecia e só o via quando ele iria ver tv em fins de semana para ser mais específico.

  - Chuck... - Sua voz parou, no momento que ele virou o rosto e te encarou.

- Bela, s/n. - Sorriu, se sentando na cama. - Mas que prazer reve lá, fazia um tempão que não vinha pra cá.

Você assistiu, ainda meio em choque, não sabia o que dizer, já que seu olhar oscilava, diante dos olhos mais belos e o corpo que ele exibia.

- Você está bem? - Questionou, estava confuso, já que você não falava nada a uns minutos.

- E- estou. - Disse. - Gostos... Quer dizer, gostaria de... Quer dizer..  ah droga. - bufou, já que sua pensamentos estavam ainda sem conseguir se alinhar.

Ele riu, sabendo que provocava algo em você, ele notava isso muito bem, era deus e sabia suas intenções com ele, mas não achava plausível ficar te provocando, já que acontecia devido o "destino" ou como queira acreditar... Coincidência.

  - Sua voz, é muito bonita. - Sussurrou, com medo de falar algo ruim.

- Obrigada, eu canto quando preciso relaxar e pensar. - explicou, voltando a deitar.

- Deve ser difícil. - Você disse, enquanto observava o quarto. - Ser Deus e tal.

Ouviu ele bufar, enquanto se ajeitava na cama, seus olhos acompanhavam o mesmo, que agora era tenso.

- Sabe, s/n. - Suspirou. - Eu fiz muita merda, mas... Mesmo que eu ganhe todos os perdões e todo amor do mundo, eu.... Me sinto mal, como se as coisas só fossem isso! - Passou as mãos no rosto. - Eu também sou um humano, bom... Mediano, mas vocês, Dean, Sam, Castiel e até Jack me tratam como um desgraçado que eu sei que sou!

Franzindo a sobrancelha, se sentiu na cadeira da escrivaninha perto dele, tentando pensar um pouco na situação, já qua quando as coisas apertavam, você se via neste dilema.

- Ah, eu não posso negar isso. - Disse. - Mas, todos nós.. independente do que somos, temos rótulos, e não é nossa a culpa por ter eles.

- Me diga um. - Pediu, olhando para seus olhos meio cansados.

Pensou em uma época, de uma infância, onde tudo era interpretado como inocência e seu primeiro rótulo foi posto.

- Quando eu era pequena, na média de 10 anos, eu estava na escolinha, sabe, aprendendo ainda a dividir e subtrair e foi aí que levei meu rótulo. - Deu uma pausa, olhando para suas mãos suadas. - Nessa idade, eu tinha um amigo, que naquele dia faltou e eu fiquei sentada em um banco perto dos portões da escola e vi uma garota, era diferente da maioria das outras, ela usava moletom e umas blusas grandes demais, e antigamente não era bem visto, e seus cabelos era muito curtos, eu a confundi com um menino já, mas as outras meninas, elas... Se aproximaram e sem me verem, bateram nela, e a mesma não fez nada, ela estava apavorada e com tanto... Medo, e elas com ódio só por ter alguém diferente, naquela época, as mães sempre te aconselharam a ter amigas perfeitas e a atrair meninas, mas ela... Ela voltou pra casa e seus pais... Nunca souberam quem foi.

Ele olhou para você, com uma angústia, enquanto analisava a história.

- E qual foi o rótulo? - Questionou.

- Medrosa. - Falou. - antisocial.

Ele olhou para suas mãos, notando as mesmas trêmulas, as pegando. Seu coração acelerou, mas um sorriso nasceu nos lábios.

- Quem lhe rotulou? As meninas, elas souberam? Ou foi a garota? - Perguntou, a olhando.

- Fui eu. - Suspirou. - Eu fui o monstro.

Ele fechou os olhos por um breve momento, e a puxou, para si, mesmo a deixando assutada, você aceitou, e ficou ao seu lado.

- Não foi, você não tem culpa. - Apertou seus dedos. - Você e muita pessoas comentem erros, mas isso não te faz um monstro. Isso te faz melhor, porque você vai melhorar.

- Eu teria feito diferente. - Sussurrou, quase chorando.

- Por isso, você não é um monstro, você só... Era uma criança. - apertou você contra ele. - E bom, você tem razão sobre rótulos, humanos fazem isso, mas... Estou aqui, agora. Estou aqui por você.

Apertou você novamente, e um sorriso nasceu, mesmo que tudo agora só fossem momentos bons ou alguns tristes, ele era algo que você queria.

- Valeu. - Sorriu, se aconchegando.

(づ。◕‿‿◕。)づ(づ。◕‿‿◕。)づ

Hey, pessoas!

Voltei, e agora trouxe um dos momentos mais estranhos ou bons. Uma coisa que aprendi, é que quando estávamos em uma situação ruim ou constrangedora, podemos fugir ou simplesmente ignorar, mesmo que seja impossível na sua concepção.

Eu agradeço por você ler, e por comentar, se possível.
Mas enfim.

Agradeço muito (つ✧ω✧)つ.

Até breve.

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