A Herdeira (Não Revisado)

Miguel II

Deixando ela ali parada, saio com o rosto ardendo pelo tapa que ela me deu,  vou direto para o banheiro possuído de raiva, sem me despir ligo o chuveiro e tomo banho de água gelada na tentativa de esfriar a cabeça e não fazer nem uma besteira.

Eu não queria chorar, ela não merece, mas eu estou destruído, e ainda debaixo d'água deixo algumas lágrimas caírem, desconto toda minha frustração na parede ao da um soco muito forte, no segundo golpe sinto uma dor muito forte em minha mão, mas ignoro, nada pode doer mais que ser enganado.

Saber da traição de Ísis foi a pior coisa que já aconteceu em minha vida, ela foi a primeira mulher que eu quis, que me apaixonei de verdade, a única por quem eu daria a vida se precisasse, mas ela jogou tudo no lixo, como se eu não significasse nada na vida dela.

No primeiro instante eu me odiei por ter sido trouxa, eu só queria esquecer cada segundo que tive com ela, mas infelizmente está tudo gravado em minha e cabeça e no meu coração, mas eu a odeio ela por ter me enganado a odeio por ter me traído, a odeio por ela não ter me ouvido.

Naquele momento eu só queria sair dali da mansão e ir embora para nunca mais vê-la, mas, ela merece sofrer, e é isso que vou fazer, vou voltar a ser o Miguel de antes.

Por minuto, eu preciso de algo para espairecer, eu não consigo respirar como tinha cancelado todos os compromissos da agência pra passar o dia com ela, eu agora não sei o que fazer, eu podia ir até lá, mas não quero descontar minha raiva nos meus funcionários. Nesse momento eu só quero arrumar um jeito de puni-la mesmo que indiretamente, mas, não consigo eu estou perdidamente destruído e devastado.

Sabendo que nada mais vai me aliviar, saio do banheiro e visto uma roupa, e dirijo até a cabana, eu so preciso está sozinho, pensado tirar de tudo que a de Isis em mim.

Entro na cabana e deito na cama, mas o cheiro dela ainda está aqui, as cenas, tudo que vivemos está aqui, saio dali com uma falta de ar, e me sento em um tronco de maneira, passo as mãos pelo meu cabelo, é só peço a Deus pra tirar ela do meu pensamento.

Hoje o ceu está incrivelmente carregado de estrela e terrivelmente aberto sem nem mesmo um resquício de nuvens, aquela estrela que desde pequeno me chamou atenção está ali, e parece está olhando e fixadamente pra mim, sirius, ela está em todos os lugares até mesmo na porra de uma estrela que agora me sinto mal por ter pesquisado sobre ela.

—Eu te odeio Isis Vilela, eu te odeio!
Grito tão alto que temo por alguém aos arredores ter me escutado, enquanto eu só queria que ela me escutasse.

Deitado ali mesmo na grama verde, no frio e no relento,  imaginando a cena de Isis e Wesley juntos, rindo da minha cara, e desejando coisas ruins ao dois, fazendo plano pra acabar com os dói, e não  me dou conta de quando tempo se passou, só percebo que a noite está indo embora,  dando lugar ao dia.

Me levanto, olho para fogueira que está quase se apagando por causa da pouca lenha, resolvo me levantar e entro até a cabana para beber um copo de água, vejo em cima da pequena estante algumas fotos minha e de Isis, que tiramos na nossa primeira vez e até mesmo da última vez que fomos ali, olho para o outro lado e vejo alguns itens como roupas e acessórios que provavelmente ela deixou ali para quando voltássemos, por um extinto de raiva quebro o copo em minha mão,  por um instinto saio recolhendo tudo,  fotografias roupas acessórios, roupa de cama, tudo que me lembre ela é carrego até o lado de fora,  coloco lenha na fogueira e assopra,  e jogo tudo ali, fotografia por fotografia, roupas e vejo tudo queimando, eu sei que nada disso vai me tirar a raiva, mas é a única coisa que posso fazer no momento

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—Senhor Miguel...
Hana Mônica fala ao me ver.