A Herdeira (Não Revisado)

Bônus (valentim)

Todos olhavam pra mim com um olhar acusador, como se eu fosse o pior homem um traidor, enquanto Miguel me acusava e dizia, que sabia que não  confiar em mim.

Eu sentia como se, minha cabeça a qualquer momento fosse parar em uma guilhotina, eu estava me sentindo mal, mas eu não podia fazer nada.

—Foi você que nós traiu, não foi seu crápula de merda?

Eu só ouvia e não dizia nada, eu estava colhendo o que plantei nos últimos meses, eu sabia, se enganei Babi que eu amava imagina essas pessoas? Eu poderia ser o traidor, na cabeça delas eu era o traidor, mas não, eu não era, eu também estava me sentido traido, eu arrisquei botei minha cabeça em jogo para ajudar a todos a quem Safira tinha prejudicado, mas no fim deu tudo errado.

—Eu deveria te matar,  eu confiei em você.
Álvaro diz ao entrar de supetão no local. — Graças a você, Safira fugiu, e todos nós estamos em risco, não sabemos do que ela é capaz e qual será seus próximos passos, a cabeça e a vida de alguém aqui está em jogo.

—Vocês sao babacas, eu avisei pra não confiarem nele.

—Valentim, eu acreditei que você tinha mudado.
Arthur diz com decepção.

Como disse antes todos pareciam esta ali pra me julgar, não  me deixavam se quer da uma explicação, eles estavam tão cegos, quem nem se quer se importaram em saber se Isis estava mesmo bem após dormir mais de 30h, não ligavam nem se quer pro fato de Bárbara sentada nas escadas  passando mal por ter descoberto toda verdade menos de 1h atrás, Isis é a única que não me acusa, e corre para acolher Babi após ve-la naquela situação.

Várias coisas são ditas, e eu continuo sem dizer nada, eu preciso provar que não os trair, mas espero que ele descubram sozinhos.

—Na última noite eu de fato passei com Safira, mas eu juro, não falei nada.
É a única coisa que sai de minha boca.

—O por quê a encontrou? Sobre o que conversaram?

Isis é a única que de longe pergunta enquanto abraça Babi.

—Por favor Isis, na se faça de boba, você já deu crédito demais pra esse, babaca.

Miguel fala.

—Eu precisava de provas contra ela, foi o que me pediram. Safira sabia de tudo sobre minha vida, tudo que vocês possam imaginar, tínhamos planos, nosso envolvimento era forte, pra ser mais claro, éramos amantes, o plano inicial era que, depois que ela pegasse toda fortuna iríamos sair do país, e viveríamos como um casal, mas eu nunca gostei de Safira de verdade, eu gostava das coisas que ela me dava, o conforto, quando entrei nesse plano, era só pelo dinheiro, até conhecer Babi, eu sabia o quanto ela era fragilizada, o quanto já foi machucada nos outros relacionamentos e eu só queria cuidar dela, por isso ao 45 do segundo tempo eu quis mudar, quis jogar todo o plano dela no lixo, você Álvaro sabe disso, quando soube que Arthur estava vivo eu vi uma oportunidade de fazer tudo diferente mesmo sabendo que todos tinham um pé atrás sobre meu caráter, eu fui. A duas noites atras eu marquei um encontro com Safira, eu fingi, fizemos planos, bebemos, e fiz ela confiar em mim.

"Lembrança 2 dias trás..."

—Que bom que veio.
Digo dando um beijo em sua boca.

—Lógico que viria, vagabundo, faz meses que não ficamos a sós, você ficava 24h grudado naquela chatinha.

—Fazia parte do seu próprio plano, amore mio.

—Por um segundo eu fiquei com medo de você se apaixonar por ela, já tava pensando em como tira-la do meu caminho.

—Você sabe que é a única em meu coração, não sabe?
Inquiro fingindo sentimento e a entrego uma taça de vinho.

—Sei, vagabundo, por isso te amo.
Ela fala e passa o dedo no canto dos lábios.