Miguel

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Eu achei que estava tudo perdido, achei que Safira tinha ganhado o jogo não estava com a menor esperança de reaver tudo que ela tinha tomado de Isis e Bárbara, mas eu estava enganado, graças a esse plano maluco.

Ver tio Arthur vivo foi um misto de sentimento, eu estava feliz por ve-lo vivo. Mas também estava triste por ele ter mentido por ele ter forjado a própria morte, mas se formos analisar todo o cenário, eu o entendo, Safira  tentou  matar-lo envenenado, e por pouco ela não conseguiu graças a atenção dele, o melhor disso tudo é que ele saiu de jogo forjando sua morte, mas ele tava no jogo mais dentro do que nunca, ela achou mesmo que tinha o matado, que seria dona de toda a fortuna e da agência, mas quando Isis apareceu, tudo mudou, óbvio que Safira não ia aceitar de boa alguém "metendo a mão na herança dela", Safira foi sagaz, mas tio Arthur também.

Aceitar o fato dele ter forjado a própria morte devido a todas circunstâncias era aceitável, mas o que não concordo é quem incluam um aliado de Safira no plano dele, eu nunca confiei em Valentim e acho que  ele pode levar tudo pro ralo.

Sair da antiga mansão revoltado por Valentim está ali como se não tivesse feito nada de ruim pra todos, como se ele fosse bonzinho e não tivesse enganado Babi, eu não confie nele antes, e não será agora que irei confiar, já que o plano de tio Arthur é esse, eu só vou confiar quando sáfira estiver atras das grades.

Chego em casa, e penso no que seria melhor agora; resguardar Isis dessa decepção, ou contar toda verdade; no fundo eu sei que ela ficará feliz por saber que seu pai está vivo, mas também sei que ela ficará muito triste e com raiva por toda essa mentira, por ter sido enganada por todos.

Fico ali por horas pensado no que devo fazer e decido que, contar a ela será a melhor escolha.

Antes de eu a ligar, meu celular toca com um número desconhecido, e eu o atendo.

—Alô.
Digo com a voz séria.
—Miguel, sou eu, Isis. Você está sozinho?
Ela pergunta do outro lado

—Oi, Isis, estou sozinho, e já ia te ligar... esse número?

—Da Babi... é uma longa história, precisamos conversar.
Ela diz rápido.
  Respiro fundo e minha cabeça diz que preciso contar a verdade.
—Precisamos conversar, eu tenho que te contar uma coisa, não sei como você irá reagir, quando descobrir, mas é sério.
Já estava decidido, Isis precisa saber de toda essa história, de uma certa forma seu coração precisa ser acalmado, Isis precisa saber que a papelada é falsa e que tá tudo bem e que ninguém corre risco de sofrer nas mãos de Safira.

—Vamos nos ver agora, estou no AP de Babi, vou te passar o endereço.
Ela diz e passa o endereço, chego em poucos minutos e sou recebido com um abraço apertado.

Isis me conta toda a história absurda que foi a conversa dela com Safira, e a maluquice dela de me querer com Ane, até mesmo a parte que Safira a mandou ir embora da cidade pra que isso acontecesse, mal sabe ela que mesmo que Isis morresse eu não ficaria com Ane, e as quero bem distante de mim.

Fico aliviado por Babi ter aparecido no momento certo e por não ter deixado Isis ir embora, eu morreria caso ela sumisse do mapa sem me comunicar.

—Minha mãe? você soube de algo?
Fico em silêncio, eu estava decidido mas encarar Ísis de frente  e da essa informação a ela é difícil.
—aconteceu alguma coisa seria com minha mãe, miguel? Esse teu silêncio tá me deixando agoniada.
Ela fala e sinto sua aflição.

—Eu queria te contar, Isis, mas não sei se posso, eu tenho medo da sua reação, medo do que você possa fazer, mas antemão eu só quero te tranquilizar, sua mãe está bem, muiito melhor que nós. Eu quero te dizer pra que não fique preocupada com a presidência da agência, guarda do Beni ou com a vida de sua mãe, a verdade Isis é que você não precisa se preocupar com a herança e muito menos com toda a fortuna do Arthur.

A Herdeira (Não Revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora