As vezes a vida tenta nos dizer coisas necessárias para nosso próprio crescimento, porém, nos recusamos a ouvir e ver o que ela tem para nos mostrar com medo de sofrermos. Preferindo a ignorância e a cegueira, ao invés da dura verdade.
Evitar as fe...
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TYLER 💀
Vejo Augusto sair do carro e caminhar até a frente do meu, ficando parado lá. Ele sorri cínico me encarando, depois vejo seu olhar ser desviado para Melanie, fico alerta, para qualquer coisa que houver, eu arranco o carro daqui.
Reparo ele pegar o celular do bolso da calça e mexer no aparelho. O meu toca, ele balança o seu a sua frente sinalizando para que eu o atenda.
Olho para Melanie, percebo que está bastante assustada, sussurro um "Calma" para ela que balança levemente a cabeça concordando.
Pego meu celular e o atendo.
~Por que a demora? Pensei que fossemos parceiros! -Ele diz debochado.
~O que você quer? -Pergunto impaciente.
~Estou muito decepcionado com você, meu filho! -Fala fazendo ênfase- nas últimas palavras- Mais uma vez você me decepcionou... Que pena! Eu tinha fé que conseguíssemos juntos, nos tornar um só nos negócios. Seria ótimo! Mas você fica me apunhalando pelas costas... E isso me deixa extremamente magoado! -Seu tom de voz passou de cínico para intimidador. Encaro sua face iluminada pelos faróis do carro e, ela estava fechada. Podia ver fúria atravessando seus olhos vinda direto de sua alma.
~Do que você está falando? -Indago.
~Kenny Lee. Conhece? Eu acho que sim!
Merda! Como ele descobriu sobre Kenny? O único que sabia era... Will! Ou será que havia pessoas me vigiando?
~Não blefe comigo! Nem sei quem é esse Kenny! -Tento parecer o mais sincero possível.
~Estou blefando, Tyler? -ele questiona me olhando. O vejo encarar o celular e mexer no mesmo.- Olhe seu celular! -Pede voltando ele para o ouvido.
Assim faço. Abro as mensagens enviadas por último e engulo seco ao ver fotos de Kenny pendurado pelos braços, coberto de sangue.
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MEL 💄
Eu permaneci calada. Não estava entendendo nada da situação, mas sei que não é boa. Ouvia Tyler conversar no celular e não fazia idéia do que se tratava.
Meu coração batia forte, minhas pernas tremiam e as mãos soavam. Não tinha como não ter medo, Augusto parecia o próprio diabo, além disso, ele era cercado por homens enormes que seguravam rifles.
Encaro Tyler e percebo ele olhar para o visor do celular, sua cara fica ainda pior do que já estava. Reparo que ele engole seco e pisca os olhos algumas vezes.
-Tyler? -O chamo tentando entender tudo aquilo.
Ele levou sua mão direita até minha coxa e a apertou, acho que queria que eu me acalmasse.
-Põe o cinto! -Ele pede sem me olhar. O olho com os olhos arregalados, ao entender o que ele pretendia.
-E se eles atirarem na gente? -Indago.
-Quando eu disser "agora", você se abaixa, ok? -Fala em tom baixo. Balanço a cabeça positivamente concordando.
-Agora!
Me abaixo e sinto Tyler arrancar o carro com tudo. Tiros são desferidos em nossa direção, mas param segundos depois. Me levanto novamente e olho para trás. Vejo o carro nos seguir em alta velocidade, quase se aproximando.
-Eles estão vindo! -Falo para Tyler, que checa o retrovisor confirmando.
-Vou despista-los. -ele diz.
Ele acelera mais o carro e uma perseguição é iniciada. Tyler era bom dirigindo, mas não podia evitar o medo de estar passando por isso.
Depois de um tempo, Tyler vira com tudo em uma rua escura e avista um beco escuro, ele manobra o veículo rápido e entra de ré no local.
-Se abaixa! -Me pede fazendo o mesmo e desligando o carro.
Alguns segundos depois, o carro de Augusto passou reto em alta velocidade por onde estávamos. Continuamos por mais um tempo do mesmo jeito para não correr o risco deles voltarem e nos pegar.