37.

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Pov Alícia.

- Como vamos embarcar se eu não tenho passaporte?- perguntei curiosa.

- Eu vou dar um jeito, filha, eu só não quero que sofra mais.- falou dando um beijo em minha testa.

A todo momento me vinha na cabeça o que ela me falou, em como eu fui acreditar que elas se importariam comigo depois da gravidez da minha mãe Arizona.

Ficamos mais ou menos  11 horas dentro do avião, eu já não aguentava mais ficar ali, eu queria deitar em uma cama e relaxar, queria dormir depois de tanto chorar por acha que Callie realmente me amava.

Eu acreditei nela e ela não se importava comigo.

Pov Callie.

- Conseguiu localizar?- perguntei ao detetive que era amigo do meu pai.

- Sim, ela acabou de ligar o telefone, esta em Dublin.

- Eu vou.- Arizona de levantou.

- Você não vai a lugar nenhum.- falei firme.-  você está grávida e vai ficar aqui em casa com a Louise e sua mãe.

- Calliope, é o meu bebê...

- É o meu também, e eu te conheço, Arizona, você vai se levar com a emoção e isso vai acabar fazendo mal a Sofia.

- Eu quero a minha filha.- ela disse chorando.

- Eu também, e eu vou trazer ela para nós duas, ela é nossa e meu pai já conseguiu um documento de restrição onde comprova que ela abandonou e não pode chegar mais perto da gente. - me ajoelhei na frente dela.- Eu vou buscar a nossa filha.

- Vamos ter que ficar no mínimo uma semana lá.- meu pai avisou.- Observar bem antes de falar com ela.

- Eu não vou aguentar, Calliope.

- Ei, vai sim, tudo pela nossa loirinha.

E foram os 10 dias mais longos da minha vida, Alicia todo dia ia ao parque sozinha ver as crianças brincar, depois ia tomar sorvete e voltava antes da Clarisse voltar pra casa.

Ela parecia triste, eu não a via mais sorrindo, não a via mais postando suas fotos nem postando suas músicas favoritas.

Por diversas vezes eu ouvia gritos da casa onde ela estava, e, além dela tinha mais duas crianças, um menino e uma menina, mas eu sabia que os gritos não era pra eles e sim para a minha filha.

Minha vontade de entrar lá dentro e matar quem estava gritando com ela aumentava cada vez mais, mas eu não podia botar tudo a perder, não agora.

Todo dia eu ligava para a Arizona, contava como estava sendo e pedia pra Louise cuidar dela, e Louise chega a ser chata quando se trata de alguém que ela gosta.

Pov Alícia.

" Volta pra casa, irmãzinha, estou morrendo de saudades"

É a mensagem que eu recebo da Louise todo o santo dia, e eu também sentia, minha mãe Arizona sempre me mandava mensagem perguntando onde eu estava e dizia que ela não via a hora de me ver, já a minha mama Callie todo dia me mandava " bom dia, não vou te pressionar, quero que volte quando quiser".

E eu?

Eu queria ir pra qualquer lugar, menos ficar aqui, a esposa da Clarisse me odeia só pelo fato de eu me parecer com minha mãe, ela disse que eu sou bastarda e que nem mesmo Clarisse me quer, já que ela me larga aqui e vai trabalhar.

Desde que vim para cá eu sou obrigada a olhar os filhos dela, que fazem de tudo para eu levar bronca. Mas também, todo santo dia eu fui e vou para a praça e me sento lá para ter um pouco de paz, mas as vezes não da muito certo, então eu vejo que agora minha realidade é outra e me permito tomar um sorvete antes de ir pra casa.

- Posso me sentar com você?




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