cap 98

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Perigo 🤑

Já cheguei no morro indo resolver caô de bêbado, as vezes dá vontade de jogar tudo pro alto e vazar no mundo,isso testa minha paciência que eu nem tenho.

LC disse que tinha um bêbado passando com um carro a 100 por hora, disse que tava quase passando em cima das crianças na rua.

-por que tu não resolve porra? -falei no radinho e peguei minha fuzil e atravessei nas costas.

LC: como se fosse fácil né patrão, o vagabundo disse que só obdece ordens suas. -falou respondendo no radinho e eu coçei a cabeça saindo de casa.

Ele tava causando e não é de hoje, já passei a visão mais de 50 vezes só esse ano, que eu não queria ninguém passando de 60 e ainda tem gente que dúvida da sorte.

Peguei minha moto e arrastei pra rua que ele tava, de longe eu vi os vapor e o LC quase matando o cara de tanto chingar.

Como era começo de semana, nesse horário era a hora das crianças sair da escola, na maioria das vezes tem crianças que vai embora sozinhas, já que as vezes moram na mesma rua da escolinha.

LC:patrão desisto, se eu ficar batendo boca aqui, eu vou acabar levando esse pras ideia. -falou e eu fiz o toque com ele.

- aí, tu vai parar de graça ou vai preferir levar um tiro nos pé? -falei chegando perto do vagabundo.

Bêbado: col foi patrão, eu tô na moralzinha  aqui, só tô dando um pião de carro, não pode? -falou gritando e eu fechei a cara.

- tu pode dar quantos pião tu bem entender, mais apartir do momento que não obedecer as regras da favela, tu vai pro desenrolo fi. -falei e ele balançou os ombros.

Bêbado: eu comprei essa merda desse carro com meu dinheiro, então ando rápido ou devagar, o que eu querer no momento. -falou e eu ri.

- tu acha que tu tá falando com quem filho da puta? Olha o tanto de criança no bagulho, cria postura de homem malandro, eu já dei o papo pra tu umas par de vez. -falei alto e ele me olhou limpando o nariz.

Bêbado: eu ando do jeito que eu querer. -gritou e eu dei um soco no rosto dele.

- tu é forgadão em meu, fica gritando com bandido, acha que eu não tenho coragem de estourar sua cabeça aqui mermo? -falei dando mais um soco nele. -ai LC, leva esse pra salinha. -falei e virei as costas indo pegar minha moto.

Peguei minha moto e arrastei pra boca, já que eu tava aqui, iria resolver os bagulho que tinha na boca.

Fiz toque com os vapor que ficava de contenção na boca e entrei pra minha sala. Como eu tava meio distante dos bagulho da favela por causa do casamento, o Ph ou Rato sempre colocava os papéis em uma gaveta.

Abri a mesma e tinha papel pra caralho lá, peguei os de cima primeiro e fui ver.

Folhetei os papéis e pude ver a quantidade de droga que tava saindo, mas mesmo assim ainda tinha uma boa quantidade que não tinha resposta, simplesmente saiu da boca e não teve o pagamento.

Chamei o Ph no radinho e ele disse que vinha em 15, acendi um baseado e abri a geladeira que tinha ali, peguei uma cerveja e me sentei novamente assinando os documentos da boca.

No alto da Rocinha (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora