Capítulo: 47

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Capítulo de hoje 8.11.22 ✓


Lu: Até ligo rsrs. Não dá pra ser só sexo assim tirando a parte da briga? Rsrs. Não conhecia esse lado seu, nunca tinha visto.

Tina: É só você ficar que você vai ver muito mais coisa Luiza! Quero tudo com você. - acariciando seu rosto-

Lu: Não pretendo ir a lugar nenhum.

* As duas se beijaram só que desta vez mais calmas apenas sentindo o momento, o beijo, o toque. As línguas bailavam em sintonia sem perder o toque uma da outra. Tina a abraçou pela cintura enquanto Luiza pôs suas mãos envolta do pescoço. " Perderam" um bom tempo ali até que se separam e resolvem ir comer, Luiza estava com fome, e até porque ainda voltariam pra casa no mesmo dia. Afinal já era domingo.

Depois do almoço.....

Lu: Tina a gente vai que horas?

Tina: Num sei lá pelas seis/ sete horas. Já são quatro, por quê?

Lu: Nada só pra saber até porque temos que arrumar as coisas né!

Tina: Ah Lu não tem quase nada pra arrumar, vai ser rapidinho. Depois a gente faz isso. Agora vem cá. - ela estava deitada na cama de barriga pra cima-

Lu: - deita ao seu lado só que de bruços- Hum...

Tina: Tá vermelhinha - passando os dedos no seu rosto, Luiza sorriu e fechou os olhos-, está uma gracinha.

Lu: Rs... tô cansada.

Tina: Ai tadinha do bebê, está cansadinha - fazendo voz de bebê e dando um selinho nela-

Lu: Você me cansou.

Tina: Ah eu? Hahaha.

Lu: Você. - fazendo bico-

Tina: Faz esse biquinho de novo faz....

Lu: Rs. - Luiza "caiu" na cama sorrindo, só que agora de barriga pra cima-

* Tina ficou com um braço de cada lado do corpo da morena meio que por cima dela, ficou a olhando sem falar nada e o sorriso que antes estampava o rosto de Luiza foi se esvaindo aos poucos. Seus olhos e seus olhares se cruzaram, Tina conseguia fazê-la se prender naquele olhar, era incrível. Quase nunca falhava. Ela percebeu que Tina não iria se mover nem fazer nada, então sem desviar os olhares falou.

Lu: Que foi?

Tina: Nunca pensei que um dia me sentiria assim.

Lu: Assim como?

Tina: - suspira- Completa Luiza. Completamente feliz, viva! Descobri coisas que eu nem sabia que era possível sentir.... Eu me sinto feliz só em acordar todo dia e poder ouvir sua voz, te ver, ver o seu sorriso - acariciando seu rosto- sentir seus beijos, seu cheiro, seu toque. Só em poder acordar pra te dizer...... eu te amo.

Os olhos dela brilharam e eu senti os meus quase marejarem, tive que me segurar e muito pra não chorar. Minha voz se saísse sairia embargada por isso não falei nada. A puxei pela nuca e a abracei, não queria beijar queria senti-la, fiquei fazendo carinho nos cabelos dela enquanto ela beijava meu pescoço e meu ombro. Limpei uma lágrima que teimou e desceu, espero que ela não tenha percebido, não queria chorar.... Como eu queria poder dizer o mesmo pra ela, como eu queria sentir o mesmo por ela. Por que não consigo? Por que volta e meia vem a Natalie na minha cabeça? As lágrimas rolavam silenciosas pelo meu rosto. Como seria melhor e mais fácil se eu me apaixonasse por você Valentina, como seria!!

Ela se afastou de mim e ficou me olhando, acho que não viu que chorei. Bom pelo menos se percebeu não falou nada.

Tina: Que foi bebê?

Lu: - sorri- Nada. Você realmente me ama tanto assim Tina?

Tina: Mais do que eu falei.

Luiza sorriu, um sorriso lindo por sinal, e me beijou. Me beijou muito carinhosamente, sua mão repousava no meu pescoço enquanto a outra acariciava minhas costas, e eu me apoiava nas mãos pra não fazer peso nela. A gente se beijava sem pressa, devagar. Ela em nenhum momento deixou de me fazer carinho durante o beijo e eu suspirava durante o beijo. Apesar de eu saber que a nossa situação não era a ideal não me importava, afinal eu estava com ela, e ela era só minha, minha namorada. Óbvio que eu queria ouvir um eu te amo de volta ou qualquer manifestação que fosse que desse a entender isso. Alguma coisa que denotasse algo além de carinho, tirando nossos momentos na cama que eu sei que não tinha nada de carinho e ela gostava, disso eu não tinha a menor dúvida.

Mas eu sabia que ela não sentia nada disso por mim, não ainda. Sim esperanças, eu tinha, tinha que ter né? Rsrs. Acho que era por isso que eu aguentava e não falava nada, e porque era ela. Por isso, só por isso!

* Ficaram mais um tempo assim na cama até cochilarem um pouco mas por pouco tempo, Tina volta e meia acordava. Foram despertas por um barulho de telefone ao longe, Luiza se mexeu na cama e a olhou.

Tina: Amor acho que é o seu.

Lu: Ahh tá onde?

Tina: Ali em cima. - Luiza se sentou na cama esfregou os olhos e se levantou pra atender. Nem olhou o visor, pôs direto no ouvido-

Lu: Alô. - ela estava encostada na mesinha de frente pra Tina que permanecia deitada na mesma posição- Ah oi.... é.

* Luiza usava palavras evasivas e volta e meia olhava pra Valentina que mordia o lábio inferior, abaixava a cabeça. Tina já estava achando aquilo meio estranho e estava incomodada com aquilo mas continuava lá na cama da mesma forma. Pra ela a gota d'água foi quando Luiza fez um sinal, de que iria lá fora, com as mãos. Apesar disso não fez nada, Luiza sai do quarto encostando a porta e deixando a loira lá sozinha.

A mente de Valentina começou a trabalhar a mil por hora, várias coisas passavam na sua cabeça. Com quem ela estaria falando? Por que saiu dali? Por que se esconder e não falar na sua frente? O que ela teria que esconder dela? Passavam vários pensamentos pela mente dela, a raiva e o ciúme foram tomando conta e ela começou a fazer alguma coisa pra não pensar mais merda, qualquer coisa que fosse estava valendo. Pareceram horas pra Valentina que Luiza estava ao telefone, chegou um momento que ela não aguentou mais e desceu passando por Luiza que continuava ao telefone. Ela nem a olhou pra fingir que estava nem aí mas a verdade é que estava doida pra saber o teor da conversa.

Valentina ficou fazendo mil coisas lá, foi na cozinha, lá pra fora. Na verdade ela tentava inventar porque não tinha nada mais o que fazer. Quando ela está voltando lá de fora, entrando na sala encontra com Luiza.

Lu: Ah você está aí - a abraçando pela cintura, de lado- estava te procurando. - tentou dar um beijo no seu rosto mas esta se esquivou e se soltou dela- Aonde você vai?- Tina saía da sala-

Tina: Vou lá pra cima.

* Luiza a seguiu até o quarto e lá Tina mexia em tudo, abria e fechava a porta do armário, abria e fechava as gavetas (nunca pegava nada), entrou e saiu do banheiro. Estava na cara que era só pra evita-la, Luiza percebeu e resolveu falar quando ela pôs a mala em cima da cama.

VALU  ✓ •Mɪɴʜᴀ ᴅᴏᴄᴇ Nᴇᴄᴇssɪᴅᴀᴅᴇ • ½ᴛOnde histórias criam vida. Descubra agora