76 - A Resposta

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- Seu Luís? – Pergunta Hernan se aproximando de onde Luís está conversando com Eusébio, Pedro, Margot e Vitória. – A família do menino já chegou?

- Ainda não. – Responde Luís. – Estamos aguardando por eles.

- O trabalho para ajudar ao menino poderá ser realizado.

- Que bom, meu irmão.

- Mas eu gostaria de estar junto com vocês.

- Sem problema algum. O trabalho será com um pequeno grupo, mas sua ajuda será muito bem-vinda.

- Talvez seja melhor que façamos após o encerramento do trabalho aberto. – Sugere Hernan.

- Perfeito! – Fala Eusébio. - Era o que estávamos querendo.

- Que bom. Agora eu preciso voltar para que possamos começar nossa reunião.

- Muito obrigado pela cooperação. – Fala Luís, estendendo a mão para cumprimentar Hernan.

- Vamos fazer o que tem que ser feito. – Responde Hernan e depois caminha em direção ao salão.

- O que será que houve? – Pergunta Eusébio, olhando para Hernan que se afasta sem olhar para trás.

- Talvez um pouco do velho bom senso que ainda existe nele. – Responde Luís.

- Sem querer me meter na conversa, mas pelo que vocês falaram, acho que foi um belo trabalho da espiritualidade, isso sim. – Fala Vitória.

- Vitória! – Reclama Margot.

- Todo mundo pensou nisso. - Fala Vitória. - A diferença é que só eu tive coragem de falar.

- Desculpe minha sobrinha, Luís. – Fala Eusébio. – Ela sempre foi muito espontânea.

- Não se preocupe, amigo. Lembre-se que na espiritualidade não existem as máscaras que usamos no plano material.

- É verdade! - Complementa Eusébio.

- Com licença. Fala um jovem rapaz que se aproxima do grupo. – Com licença seu Eusébio, são vocês que estão aguardando um senhor chamado Paulo?

- É o avô do menino! – Fala Margot. – Eles chegaram.

- Vá recebê-los que vou ajudar a preparar um lugar onde eles possam ficar com um pouco mais de conforto. – Pede Eusébio à Margot.

- Siga com Eusébio, Pedro. – Convida Luís. – Você sabe que sua ajuda será muito importante esta noite.

- Claro! Vou sim. – Responde Pedro caminhando com Eusébio em direção ao salão principal do centro.

- Que bom que conseguiram vir. – Fala Margot para Andreia e Antonio que estão tirando Davi do banco traseiro do carro, enquanto Paulo chega com a cadeira de rodas que acabara de tirar do porta-malas.

- Boa noite! – Responde Andreia – Você deve ser...

- Margot, filha. – Interrompe Paulo. – Foi ela a moça que pela primeira vez me falou sobre a possibilidade de ser um problema espiritual com o Davi.

- Que por sinal está cada vez maior e mais pesado. – Fala Antônio, carregando Davi no colo para colocá-lo na cadeira de rodas. – Boa noite eu sou o pai do Davi.

- Você esteve naquela noite em que viemos com o Davi. – Fala Andreia. - A noite em que houve aquela manifestação. É assim que vocês chamam, não?

- Exatamente. Infelizmente naquela noite as coisas aconteceram de uma forma um pouco mais atribulada do que deveriam. Mas vai dar tudo certo e nada se repetirá. – Responde Margot. – Por favor, venham comigo. O seu Eusébio ia arrumar um bom local para podermos atender vocês e já está aguardando.

- É impressão minha ou ela está mais segura?

Comenta Vitória em voz alta enquanto Margot caminha com a família de Davi em direção aos bancos do centro.

- É por que não estaria, minha filha? – Responde Luís. – Tudo acontece no tempo de Deus. E ele permitiu que esse fosse o momento certo para ela se sentir mais segura.

- Que bom! – Responde Vitória. – Bem eu vou me sentar, também.

- Pode ir. Vou ficar mais um pouco por aqui. – Fala Luís que fica olhando Vitória caminhar em direção ao salão principal. E quando Vitória está um pouco mais afastada, ele se vira em direção à uma arvore que estava atrás deles e fala:

- Pronto! Podemos conversar, agora.

- O senhor sabia que eu estava aqui?

Fala Antonia que surge de trás da árvore, meio envergonhada.

- Já há algum tempo. – Responde Luís. – Mas preferi que os outros se afastassem para que pudéssemos falar mais tranquilos. Você ainda não me disse seu nome. Eu me chamo Luís. E você? Como é seu nome?

- Me desculpe. Fui tola em não me apresentar. Me chamo Antonia.

- Prazer Antonia. – Responde Luís com um leve aceno de cabeça. - Vamos caminhar um pouco pelo jardim e me diga como posso lhe ajudar?

- Meu filho está passando por muitos problemas, mas ele é um bom garoto. Vim aqui porque me disseram que aqui ele poderá ser ajudado.

- E que tipos de problemas são esses?

- Se eu começar a falar o senhor vai dizer que sou só uma mãe passando a mãe na cabeça de meu filho e perdoando os erros que ele cometeu.

- Antonia, Chico Xavier já disse que quando uma mãe faz uma prece pelo filho, ela arromba as portas do Céu.

Fique tranquila. Se essa for à vontade de Deus, ele receberá toda ajuda possível.

- Muito obrigado!

- Ele já está aqui?

- Ainda não. Mas espero que chegue a tempo do trabalho.

- Ele chegará a tempo. Vamos nos preparar para o trabalho. Escolha um bom lugar que tudo acontecerá conforme o desejo de Deus. – Fala Luís caminhando ao lado de Antonia.


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