58 - Preparando Davi

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- O senhor tem certeza de que é o que deve ser feito, seu Antonio? – Pergunta Rosilda, ajudando a vestir a camisa com a imagem do Homem-Aranha no pequeno Davi, junto com Antonio.

- Porque a dúvida, agora, Rosilda? O Paulo ficou tanto tempo lutando para que eu mudasse de ideia em relação a essa visita do Davi ao Centro Espírita.

- Ah... Sei não. Acho que eu tenho um pouco de medo dessas coisas de espírito.

- Ah Rosilda. Eu sou daqueles que tem mais receio dos vivos do que dos mortos. Mas ultimamente eu não tenho certeza de mais nada. Principalmente quando é algo referente ao Davi. Mas não posso perder a esperança de ver meu filho melhor. E se para isso, eu tiver que passar por cima das minhas crenças e do meu orgulho, pode ter certeza de que o Davi vai melhorar.

- Mas o senhor acredita que eles vão poder ajudar o Davi?

- Não sei, Rosilda. Mas tem acontecido algumas coincidências tão estranhas na minha vida que comecei a me questionar se não seriam mensagem de que eu estive errado em não permitir que meu filho tivesse uma oportunidade de ser ajudado pelo... mundo espiritual, digamos assim.

- Deus nos ajude, seu Paulo. – Fala Rosilda se benzendo.

- Prontinho. Aqui está a cadeira que aluguei para levar meu neto até o Centro. – Fala Paulo entrando no quarto de Davi empurrando uma cadeira de rodas com ferragens azul turquesa e assento cinza claro. – Bem moderna e nas cores que ele sempre gostou.

- Cadeira de rodas, seu Paulo? – Pergunta Antonio se levantando depois de cama depois de calçar o tênis de Davi.

- E como você acha que ele vai conseguir entrar no Centro, Antonio? Carregado?

- Tem razão. Desculpe. – Responde Antonio fechando os olhos sem acreditar no que falara antes. - É que às vezes esqueço as limitações do Davi. – Antonio dá um beijo na cabeça do filho e continua. – Desculpa filho. Acho que estou nervoso com toda essa estória.

- Nervoso com o quê? – Pergunta Andreia.

- Com nada. – Responde Paulo empurrando a cadeira para perto da cama de Davi. – Estamos todos prontos e felizes com o que pode acontecer, hoje.

- Pai, o senhor não acha que está muito esperançoso? Lembra do que aquele senhor nos falou. Eles não têm como garantir que o problema do Davi é realmente um problema espiritual.

- Mas também não descartaram a possibilidade de que seja. E, só isso, para mim, já me enche o coração de esperança, minha filha.

- Se Deus quiser vai ser o que vai curar meu Davizinho.

- Por favor, seu Paulo. – Fala Antonio pedindo calma à Paulo, com as mãos.

- Tem razão. Vocês dois tem razão. – Responde Paulo para Andreia e Antonio. – Todos já sofremos muito, principalmente o Davi. Vou me controlar para as coisas aconteçam como devem acontecer. No tempo de Deus.

- Obrigado, pai. – Responde Andreia dando um beijo na testade Paulo. – Agora, vamos colocar esse garotão nessa cadeira linda e vamos darum passeio.

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